domingo, 17 de novembro de 2013

Cartão de visita


                                                   Reunião pública de 8/1/60
                                                                             Questão nº 7



Em qualquer estudo da mediunidade, não podemos esquecer que o pensamento vige na base de todos os fenômenos de sintonia na esfera da alma. Analisando-o, palidamente, tomemos a imagem da vela acesa, apesar de imprópria para as nossas anotações.
A vela acesa arroja de si fótons ou força luminosa. O cérebro exterioriza princípios inteligentes ou energia mental.
Na primeira, temos a chama. No segundo, identificamos a ideia.
Uma e outro possuem campos característicos de atuação, que é tanto mais vigorosa quanto mais se mostre perto do fulcro emissor. No fundo, os agentes a que nos referimos são neutros em si. Imaginemos, no entanto, o lume conduzido. Tanto pode revelar o caminho de um santuário, quanto a trilha de um pântano.
Tanto ajuda os braços do malfeitor na execução de um crime, quanto auxilia as mãos do benfeitor no levantamento das boas obras.
Verificamos, no símile, que a energia mental, inelutavelmente ligada à consciência que a produz, obedece à vontade. E, compreendendo-se no pensamento a primeira estação de abordagem magnética, em nossas relações uns com os outros, seja qual for a mediunidade de alguém, é na vida íntima que palpita a condução de todo o recurso psíquico.
Observa, pois, os próprios impulsos.

Desejando, sentes.
Sentindo, pensas.
Pensando, realizas.
Realizando, atrais.
Atraindo, refletes.

E, refletindo, estendes a própria influência, acrescida dos fatores de indução do grupo com que te afinas.
O pensamento é, portanto, nosso cartão de visita. Com ele, representamos ao pé dos outros, conforme nossos próprios desejos, a harmonia ou a perturbação, a saúde ou a doença, a intolerância ou o entendimento, a luz dos construtores do bem ou a sombra dos carregadores do mal.


 Emmanuel

Francisco Cândido Xavier
"Seara dos Médiuns" Estudos e dissertações em torno da obra “O Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec.



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