sábado, 23 de novembro de 2013

A necessidade da reencarnação segundo Ramatís

PERGUNTA: Há alguma razão ou justificação para o velho costume do Oriente de os sultões possuírem haréns com dezenas de mulheres e, alguns, com centenas de filhos? Não seria isso um abuso da prática sexual?

RAMATÍS:  Nas adjacências do planeta Terra, em zonas astralinas de convergência para a superfície física, existem mais de 10 bilhões de espíritos desencarnados e com problemas aflitivos, ansiosos para conseguir um organismo carnal e assim apagai; ou pelo menos atenuar, as lembranças dolorosas de seus desacertos e indisciplinas espirituais anteriores.

Em conseqüência, um "organismo carnal" é a mais preciosa dádiva que se lhes oferece, como meio para transitar no mundo físico, a fim de não só reparar faltas pretéritas, como ainda aumentar o índice de consciência sob um novo aprendizado terrícola. Há, nessa espera, desde almas cujas culpas são bem mais leves e, por isso, não sofrem tanta angústia pela expectativa de sua materialização terrena, até, em maior porcentagem, espíritos cujo desespero os leva a aceitar qualquer tipo de organismo carnal, em qualquer latitude geográfica, numa descendência aristocrática ou marginalizada, rica ou pobre, sadia ou enferma, culta ou inculta. Não lhes importam as convenções do mundo físico, quanto à condição de filho legítimo ou espúrio, de uma progenitora venerável, ou meretriz, de uma família amiga ou carmicamente adversa. A solução do seu problema aflitivo é reencarnar-se, de qualquer modo e de qualquer forma, e, assim, ocultar, sob o véu do esquecimento, a sua consciência culpada ou o remorso inquietante, e para apagar temporariamente da memória perispiritual o passado. Os mais desesperados e descrentes tomam-se almas impiedosas, clamando por vingança contra sua mãe, se, sob qualquer pretexto social, financeiro ou comodidade, ela resolve abortar, impedindo o reencarnante de aliviar suas dores e acalmar o remorso numa organização carnal.
Infeliz da mulher que por coincidência, pratica o aborto desnecessário quando já se aninhava no útero materno para renascer, uma alma ainda embrutecida, feroz e capaz de todas as perversidades, numa vingança deliberada e esmagadora. Seria difícil o escritor mais melodramático descrever os acontecimentos postos em movimento no mundo oculto contra a infeliz abortadeira. O resto de sua existência física será um calvário de dores, quando lhe faltar assistência espiritual superior, até desligar-se do corpo físico e ir, desamparada, ao encontro do verdugo impiedoso e satanicamente feliz de castigar a sua vítima.
Em face dessa necessidade de organismos carnais para atender o excesso de almas ainda com fortes tendências encarnatórias, os tradicionais haréns do Oriente tornaram-se berços coletivos para os renascimentos, uma vez que os sultões, e mesmo os seus descendentes, numa poligamia sem limites, procriavam e procriam às dezenas, ou mesmo às centenas de filhos. Malgrado se verifique uma forte sensualidade, ainda em tal caso, a Lei funciona buscando o equilíbrio devido à exigüidade de filhos no regime monogâmico, para melhor solução das necessidades dos desencarnados no Além-Túmulo; enquanto os renascidos pouco se importam com a sua descendência, mas com a dádiva de um corpo.
Também não podemos esquecer as tradições sociais da poligamia milenar, entre velhos patriarcas bíblicos.

Do livro: “Sob A Luz Do Espiritismo” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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