sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Crista da Inteligência.


O saber se aninha na cúpula das qualidades enobrecedoras da alma. Ele deixa extravasar a essência da vida, falando mesmo nos seus rudimentos, da existência de Deus.
A inteligência é a faculdade de executar as ordens do raciocínio e, quando iluminada pelo amor, obedece à vigilância do coração. A ciência terrena, há milhares de anos, procura a inteligência nas secreções da matéria. Não encontrando, até hoje, recusa-se a busca-la em outras fontes. A natureza divina reserva para o futuro a revelação oficial, aos homens de saber, de onde vem a inteligência. Nesse momento, as portas se abrirão rumo a outras conquistas, interligadas por afinidades a essa verdade.
O mundo caminha pela força do progresso. A coletividade avança nos mesmos paralelos, não havendo regressão. Somente esperamos o melhor, por ser Deus a suprema majestade da justiça e do amor. Os conhecimentos de um espírito são frutos de longos evos na noite da eternidade. O desabrochar da alma deu-se com a garantia de milênios sem conta, e o alvorecer do dia eterno, que jamais terá sombra, se aproxima, para a felicidade de quem o conquistou, sob a égide de Deus.
Somos herdeiros de tudo e de todo o bem. dependendo da chancela do tempo e dos intervalos do espaço que nos faz compreender o valor da vida, o porquê dos problemas, da dor e dos sacrifícios. Avancemos, homens e espíritos livres da carne, pertencentes à Terra. Somos os mesmos em faixas diferentes, uns ajudando os outros para que completemos os nossos ideais diante dos nossos compromissos. É falsa a ideia de que, ao desencarnarmos, ingressamos no paraíso, na orquestração dos anjos. Só não é falsa quando a conquistamos pela consciência, na arte prodigiosa da maturidade espiritual. O céu é verdadeiro quando, em primeiro lugar, vigora intimamente, como lei eletrostática que atrai o semelhante por frequências iguais.
A inteligência é um acervo de qualidades inerentes à alma, que já passou por variados processos evolutivos. É uma explosão racional da criatura para analisar a criação. E o homem inteligente não tem tempo a perder com ilusões por demais passageiras. Busca a autoeducação das forças mentais, corrige os impulsos que não favorecem as tendências do Evangelho, e não descansa enquanto a disciplina não fizer parte da família dos valores imortais do coração.
As vezes, parece-nos exagerada a filosofia das mensagens que nos levam à educação. Por ventura não seria melhor, mas bem melhor, mais praticarmos do que falarmos e escrevermos? Certamente que sim. Contudo, a própria natureza nos deixa crer, pela força da lei, que a teoria tem preferência na construção de todo e qualquer empreendimento e, para nós, a maior construção na Terra é a reforma do homem. A teoria é o princípio de toda a criação da inteligência, para depois passarmos por outras vias de consolidação.
Escutando, vendo e lendo é que o raciocínio se aperfeiçoa, selecionando o que deve ou não fazer, o que precisa ou não aceitar. Colidindo com as dificuldades, é que nós nos lembramos das teorias referentes a elas, e armamo-nos de esperanças para vence-las. Quando somos atacados pela maldade, nos apoiamos naquilo que já ouvimos no trato com o perdão e alegramo-nos com a ideia de esquecermos as faltas. Perseguidos pelo ódio, é que vamos atrás da filosofia do amor, refratada nos sentimentos, pois ela, em si, assegura a felicidade.
Teoria e prática estão alinhavadas, como edifício e base. Uma depende da outra. A crista da inteligência é o esplendor das virtudes, é a conquista do homem no terreno das emoções, é a luz de Cristo que já expulsou todas as trevas da razão e as sombras da sensibilidade. Vós que estais lendo esta mensagem, esforçai-vos para fazê-lo, como, se estivésseis expelindo radiações de otimismo, pelos condutos do verbo. Vós que estais ouvindo, fazei como se respirásseis o ar mais puro do ambiente que vos envolve, alimentando, com expressão de alegria, todo o cosmo orgânico faminto de paz e de luz.
Exercitai e vereis como é bom usar a inteligência aliada à teoria, no enriquecimento da própria vida.

Do livro: “Horizontes da Mente” Miramez/João Nunes Maia – Fonte Viva.

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