segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Um olhar sobre si mesmo




A forma como nos vemos por dentro, enxergamos o mundo a nossa volta. Se crescemos seguros, nos sentindo amados, se somos incentivados pelos nossos pais desde crianças a sermos independentes e felizes, vemos o mundo por um prisma positivo.
As pessoas que não se gostam, que sofrem com baixa autoestima, não têm condições de ver o mundo ou o seu semelhante com bons olhos, pois se não se amam como amar o seu próximo? Se não confiam em si mesmo, como confiar em seu semelhante? Se não se dão valor como valorizarão  os que estão a sua volta?
Na umbanda, os guias espirituais sabem que os problemas nossos de cada dia, estão ligados com a forma que lidamos com os outros. Os pretos velhos, por exemplo, são exímios psicólogos e conselheiros, sabem exatamente onde tocar, como falar... Estão cansados de saber que nós, quando adentramos estas casas de caridade e amor ao próximo, vamos na maioria dos casos pela dor e não por amor. São os problemas em casa com os cônjuges, filhos, pais, irmãos, vizinhos, colegas de trabalho, etc. Sabemos que as doenças são a manifestação de energias mórbidas em nossa alma, elas são drenadas para o corpo físico e assim vamos vivenciando nosso carma, enquanto nos “limpamos” através da dor e lembrando que Deus não quer ver nenhum de seus filhos no sofrimento, somos nós espíritos infantis que mergulhados no egoísmo, filho da ignorância, nos submetemos a isso.
Caminhos escolhidos, pé na estrada! Nossa bagagem moral nos acompanha e a cada “oportunidade” como encarnados, reagimos de acordo com nossa evolução espiritual, isto é, se mais adiantados e educados saberemos driblar os obstáculos e tudo o que não nos fará bem e se menos adiantados, corremos o risco de recair no erro, mas isso dependerá de um fator especial e importantíssimo, NOSSO DISCERNIMENTO, se o tivermos muito bom, se não...
Pessoas negativas olham para o mundo  com desconfiança, têm medo de arriscar, não confiam no outro. Pessoas medrosas ao extremo não arriscam, permanecem no mesmo lugar por anos, são inseguras por natureza e temem o futuro.
Pessoas com baixa autoestima não conseguem amar, vivem uma ilusão apenas, pois como dissemos alhures, como pode alguém que não se ama, amar o outro?
O olhar sobre si mesmo é importante, pois nos faz ver o que somos, se não gostamos do que vemos ou se a convivência consigo mesmo é frustrada, o melhor é procurar ajuda de um profissional da saúde (sério), porque a vida, esta que vivemos agora é a grande oportunidade para superarmos as nossas fraquezas, medos, traumas, etc. Ela é feita de estágios (encarnações) e em cada um estaremos mais evoluídos (ou ainda estacionados), o que importa é que precisamos resolver “as nossas  encrencas” como diz o médico e espiritualista Alberto Almeida.
O nosso olhar para o outro e para o mundo ao nosso redor não pode ser bom quando não nos sentimos felizes, seguros, amados, competentes, equilibrados e destemidos. Esses fatores são indispensáveis para uma vida produtiva, mesmo com seus altos e baixos.
Nenhum centro espírita pode fazer por nós o que é da nossa obrigação, as entidades não podem caminhar com nossas pernas, não existe mágica o que existe é bom senso e vontade de mudar.

Axé!
Letícia Gonçalves


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