domingo, 24 de janeiro de 2016

O EVANGELHO E AS LEIS SOCIAIS DO MUNDO.

Evangelho é a própria lei social do mundo? Mas não é de senso comum que isso só será possível quando também se verificar um estado moral superior entre os homens. Não é assim?


RAMATÍS: - As leis sociais evoluem conforme os costumes, temperamento, latitude geográfica, cultura dos povos, necessidades biológicas e, inclusive, quanto ao progresso técnico e os eventos científicos, que amparam e estimulam o crescimento demográfico.
Assim, a lei social dos homens das cavernas é primaríssim e falha na sua aplicação psicológica humana, mesmo em comparação às próprias regras ainda anacrônicas da Idade
Média. Que se dirá, então, das leis dos trogloditas, em confronto com os princípios morais modernos? Em conseqüência qual seria o resultado de compararmos também as leis mais avançadas de vossa humanidade atual, apreciadas e examinadas sob os preceitos sociais mais evoluídos de outras humanidades planetárias superiores? Possivelmente, o mesmo hiato diferencial entre a lei do homem das cavernas e a legislação moderna terrícola há de se positivar, confrontando-se os princípios superiores de outras moradias habitadas.

Inúmeras regras e disposições sociais, que no passado já foram de alto gabarito social, hoje são fórmulas passadiças e criticáveis, que se desfazem ante os eventos modernos e nas relações entre os homens do século atual. 
O Evangelho, no entanto, embora pareça na atualidade um conceito social demasiadamente prematuro para a vossa humanidade, a qual ainda vive sedenta de ambições, poderes e vãs riquezas é, no entanto, o organograma mais avançado na face da Terra. Imutável no tempo e no espaço, serviu há dois mil anos para plasmar os inimitáveis e inesquecíveis apóstolos e discípulos do Cristo na Judéia, assim como já santificou milhares de homens até a vossa época. Malgrado alguns pensadores e psicólogos modernos tacharem o Evangelho de contexto primário, ingênuo e impraticável no seio da humanidade terrena, considerada tão objetiva e cientista, nenhum filósofo ou moralista já conseguiu elaborar Código de Moral tão elevado, correto e ainda atual, capaz de aliviar e dirimir os complexos problemas da humanidade. Embora alguns intelectos epicuristíscos considerem excessivamente místicos e improdutivos os temas evangélicos como "amai-vos uns aos outros" ou "não vos preocupeis com os tesouros que as traças roem e a ferrugem come", o certo é que tais princípios singelos jamais produziram tipos como Átila, Gêngis Khan, Tibério, Nero ou Hitler. No seio da ferocidade humana, cada vez mais acicatada pela ganância da fortuna fácil, que ativa a impiedade e a pilhagem inescrupulosa, os conceitos ingênuos do Evangelho de Jesus é que caldearam as figuras heróicas e sublimes de Paulo de Tarso, João, Pedro, Francisco de Assis, Teresinha de Jesus, Vicente de Paulo, Padre Damião, Francisco Xavier e Maria de Magdala.
Os princípios evangélicos ainda modelaram homens do mais alto nível do mundo nos diversos setores da vida humana, como científicos, filosóficos, ou mesmo políticos, porque eles procediam em seus atos em perfeita harmonia com os ensinos do Cristo-Jesus. 
O equilíbrio, a paz e a confraternização humana só serão exeqüíveis depois de o homem integrar-se, incondicionalmente, ao Evangelho. Não há dúvida de que já são decorridos alguns milênios de civilização terrícola e fracassaram todos os códigos morais, sistemas políticos e doutrinas sociais, no sentido de estabelecer a paz e fraternidade entre os homens.
Ainda grassam na Terra a perversidade, hipocrisia, vilania, avareza, gula, luxúria, cobiça, inveja, vigarice e o ódio, que ensangüentam os campos e as cidades terrícolas. Os homens vestem-se de finos tecidos, residem em palácios luxuosos e desgastam-se em festivais nababescos, conduzem veículos luxuosos e fumam em epicurísticas piteiras, mas sedentos de desejos não respeitam a mulher do mais íntimo amigo. Em verdade, ainda são os mesmos trogloditas que não evoluíram, mas apenas mudaram de traje e de veículo. Que importa se alguns pensadores e pressupostos gênios terrícolas ainda subestimam o Evangelho, à guisa de código moral excessivamente místico e impraticável no turbilhão da vida física, onde os homens sangram para nutrir-se, vestir-se e lograr o descanso do corpo fatigado? Porventura, tais filósofos e moralistas lograram descobrir tratado mais completo, capaz de extinguir as torpezas, crueldades e insânias da humanidade terrena?

DO LIVRO: “O EVANGELHO À LUZ DO COSMO” RAMATÍS/HERCÍLIO MAES – EDITORA DO CONHECIMENTO.






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