sábado, 15 de abril de 2017

CUIDADO COM O QUE FALAS




O pensamento é a “ferramenta” mais poderosa do Universo. A fala é o seguimento do pensamento que se materializa em sons. As palavras têm energia.
Em nossa mente passa todo tipo de imagem e informação de acordo com nossas afinidades e gostos e cada ser humano é dotado de uma personalidade própria, pois somos o reflexo de nossas experiências passadas e presentes sejam elas positivas ou não, isto é, exteriorizamos nossa personalidade através também da nossa fala.  Manifestamos aos outros tudo aquilo o que sentimos; nossas ideias, afirmações, medos, anseios, alegrias, frustrações, até mesmo nossos sonhos não realizados se materializam através do verbo (através das lamentações) as reclamações, impropérios, etc.

A fala, portanto, é uma poderosa ferramenta da comunicação e que muitas vezes pode ser mal interpretada e/ou distorcida conforme a entonação que usamos.
Há um ditado muito conhecido: “falar é prata, ouvir é ouro”. No meu entendimento esse ditado popular me diz que aquece que sabe falar tem seus méritos, mas o que sabe ouvir possui uma grande virtude...
Esse texto singelo e despretensioso deseja atingir os amigos leitores que sofrem com as ofensas e que não conseguiram libertar-se das lembranças dolorosas, das tristezas acalentadas por “terem” tido seus sonhos frustrados, sabotados, estão magoados e não conseguiram ainda perdoar.
Cuidado com o que falas! Podemos matar nossos companheiros de jornada apenas com uma ofensa, com uma palavra ofensiva, endereçada com raiva e com a intenção de diminuir, de ofender e de ferir. Podemos muitas vezes com o que falamos sem saber, destruir um sonho, pois ninguém é igual, somos indivíduos e cada qual está num ponto evolutivo, mesmo que estejamos no mesmo barco planetário, encontrando-nos nos caminhos da vida, cada um de nós está num momento especial que diferencia-se do momento do irmão ao lado. Há os que são melindrosos, os sensíveis, os duros de coração, os fortes psiquicamente, os fracos, os otimistas, os pessimistas, os românticos, os cheios de “mimimi”, os que confiam cegamente, os que desconfiam de tudo! Há os malandros, os honestos, os tímidos, os introvertidos, os alegres, os cara-de-pau, os sempre bem humorados, os rancorosos, os mal agradecidos, os benevolentes, os agressivos, os religiosos, os descrentes, os científicos, os ignorantes, os mansos, os virtuosos, os preguiçosos, os astutos, os desonestos, os loucos, os psicopatas, os infelizes crônicos, os equilibrados... Tantas personalidades que nos perderíamos nesse texto só de mencionar. Mas tudo isso serve aqui para dizermos que cada um de nós é único no Universo, não há mais ninguém como nós em toda vasta criação Divina! O Pai Maior nos cria únicos e desde então, estamos em constante transformação  aperfeiçoando-nos  e crescendo de acordo com nossas encarnações.
As palavras devem ser pensadas e analisadas antes de saírem de nossa boca, pois uma vez pronunciadas nunca mais teremos controle sobre elas... “Eu te amo”, “eu te odeio”. Vejamos o peso das frases e o sentimento carregado que pode curar-nos uma tristeza ou acentua-la ainda mais.

Aos pais que desejam ser amados por seus filhos muito cuidado com certas palavras pejorativas, pois não se pode confundir as admoestações necessárias e importantes para a criança  que está em formação e precisa ser bem educada com as ofensas pesadas e destrutivas e que em nada contribuem para um crescimento saudável (questões emocionais).
Enquanto pronunciarmos palavras cheias de veneno aos outros, receberemos o mesmo tratamento e estaremos cada vez mais intoxicados. Toda vez que deixarmos de ser gentis, humanos, amáveis, delicados no trato com o nosso próximo, sinceros, respeitosos e carinhosos, receberemos de volta o mesmo tratamento, pois o Universo nos devolve tudo o que a ele enviamos.
Não podemos reclamar se não somos felizes, se nada em nossa vida acontece como desejamos, pois tudo o que nos atinge é o reflexo de nossos pensamentos e palavras mal ou bem pronunciadas, com ou sem a intenção de ferir, e das nossas ações no campo da vida. Se não nos sentimos amados é porque não demos amor e digo mais, o sentimento de amor verdadeiro cria em nós gratidão, quem não se sente amado é porque em algum momento da caminhada deixou de respeitar o seu semelhante, ofendeu, matou os sonhos de alguém com palavras que feriram ou fizeram com que sua vítima se sentisse diminuída, pequena ou pouco merecedora das coisas (sentimento de menos valia baixa autoestima).
Portanto, passemos a desejar que nossos pensamentos se materializem em palavras que possam incentivar curar, alegrar, engrandecer uma alma que se sente pequenina e infeliz e que carece de atenção e de amor, assim como cada um de nós em algum momento. Sejamos suaves com as pessoas no trato do dia-a-dia para que a vida seja mais fácil de ser vivida.
A benevolência pode se expressar também na forma de falar, de como falar, do cuidado para não nos arrependermos mais tarde de nossas atitudes... não agora, mais tarde, porque agora estamos cheios de certeza, de orgulho, de razão e mais tarde, veremos que fomos arrogantes e injustos, que não éramos vítimas de absolutamente ninguém, ao contrário, éramos os seus algozes!

Reflitamos.

Letícia E. Gonçalves

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