domingo, 8 de setembro de 2019

CRENÇAS LIMITANTES



O que na verdade significa crença limitante? É algo em que acreditamos e mantemos “fixo” em nosso pensamento por anos e anos até que ela se cristalize e então passamos a agir como acreditamos ser o certo. Mas por que dizemos “limitante”? Porque nos mantém estacionados em conceitos ortodoxos, já ultrapassados e, na maioria das vezes, negativos acerca de nós mesmos.
Isso se inicia em nossa infância através do que nossos pais nos diziam sobre as coisas e a respeito das pessoas, formávamos então, em nossa imaginação as ideias baseadas nos medos das narrativas de nossos entes mais próximos. Isso tanto podia trazer-nos benefícios como podia “aprisionar-nos” em verdadeira “teia gigante” pegajosa que se formava em nossa mente infantil e sonhadora, direcionando-nos à uma caminhada limitada e cheia de obstáculos criados por nós mesmos.
E essa “erva daninha” crescida em nossa mente foi aos poucos ganhando raízes fortes e tornando-se um “prasita” de alto poder destrutivo, obviamente que alimentada por nossa mente, originária da visão de mundo que tínhamos e muitas vezes baseada nas tradições de família, na cultura da época, sob o olhar de uma sociedade hipócrita e preconceituosa. O que obrigatoriamente herdávamos a cada época dos conceitos de moda, comportamento, etc. O que nos obriga a dizer aqui que as máscaras do ego iam sendo “esculpidas” para que conseguíssemos sobreviver numa sociedade por vezes injusta. Íamos  aasim tornamo-nos adultos inseguros, descrentes nos poderes divinos ou fanatizados  por eles, fracos mentalmente e com  sérios problemas de auto-estima, na grande maioria   autoritários, arrogantes,  subversivos ou seguindo com a “manada”, de acordo com as convenções. Mas é necessário ressaltar que nossa crença limitante não deriva somente do que nossos pais nos diziam na nossa infância e juventude, ela é constituída também sobre nossa perpectiva particular e fortalecida através das nossas decepções, quedas morais, traumas e do convívio com outros grupos sociais.
Se a nossa base familiar não foi bem estruturada, as complicações nesse campo são maiores e a nossa capacidade de discernimento diminui, ao passo que, as crenças limitantes aumentam de acordo com as más experiências. 
Esse quesito, o discernimento, obviamente nos vem através das experiências no campo da vida, dos estudos, das leituras edificantes. Aprendemos a distinguir o certo do errado justamente com as experiências dolorosas e assim aprendemos também  a nos defender, seguir por outros caminhos,  a fazer escolhas. Com isso, as adversidades no final das contas ficam como grandes lições.  Logo, essas experiências tornam-se fundamentais para a nossa construção moral e ética, fortalecendo-nos a cada tempo nos caminhos tortuosos e ajudando-nos a desviar dos obstáculos que se colocam a nossa frente, o nome disso é experiência! E só se ganha experiência nos embates, nas batalhas do Eu superior contra o ego inferior!
Ninguém evolui sem sofrer e ninguém chega a onde deseja sem passar por dificuldades. A crença limitante faz com que as humanas criaturas se mantenham desacreditadas quanto à sua capacidade de obter sucesso.  Em muitos casos vemos como mentes completamente estagnadas em ideias errôneas a respeito de si mesmas, derrapam na curva e por medo de falhar ou a crença de não ter a capacidade para superar as dificuldades paralisam temerosas e cheias de dúvidas. Infelizmente isso nos conduz à um estado emocional de constantes dores e frustrações, onde os embates necessários são evitados covardemente e procrastinamos mais em nome do medo do que da preguiça.
E concluímos que algumas pessoas por não se conhecerem profundamente permanecem estacionadas em crenças sufocantes, que as mantém num estado de coma espiritual e é urgente que despertemos para a nossa realidade de cidadãos do mundo. A vida nos deseja experimentar e Deus aguarda que despertemos desse estado de crenças engessantes e falsas para a realidade sobre nossa fantástica capacidade co-criadora.
A primeira ideia que se deve ter é a de que podemos mudar nossa má realidade mudando primeiro o que está dentro de nós. E é justamente a reforma íntima despida de dogmas religiosos, conceitos oriundos das mais diversas religiões, mas sim direcionada para a descoberta do que somos enquanto espíritos. Trava-se então o combate ferrenho aos sentimentos negativos, aos vícios de pensamentos tão arraigados atacando-se as culpas e traumas e, buscando-se, a verdade sobre os fatos, construiremos crenças positivas e edificantes.
A vida e sem o enfrentamento corajoso de nós mesmos é um permanecer desnecessário em “areia movediça” que impede-nos a movimentação rápida e libertadora em nossa existência enquanto espíritos encarnados. Cremos que não há possibilidade de crescermos sem os combates e sem mudar em nós essas crenças que nos impedem de termos uma vida próspera espiritualmente falando.
A crença limitante nos impede de irmos em frente  com os nossos projetos e sonhos.

Reflitamos

Letícia Gonçalves


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