PERGUNTA: Apesar dessas concepções elevadas a respeito das relações
sexuais, porventura não se faz necessário mantê-las para o equilíbrio
"psiconervoso"?
RAMATIS:
Os marcianos, quer mental ou fisiologicamente, não apresentam esse
imperativo biológico da "carência sexual", como elemento compensador
das ansiedades "psiconervosas". Tratando-se de espíritos equilibrados
na esfera emotiva e mental, governando perfeitamente toda série de emoções e
impulsos instintivos, absolutamente voltados para as ascensões de ordem
"extraterrena", têm suas ânsias voltadas para campos vibratórios mais
sutis e de voluptuosidade mais demorada, por ser mais pura. Espíritos de tal quilate,
harmônicos e sublimados, à procura constante da estesia divina, estão livres
dessas psicoses angustiosas que a vossa ciência classifica de histerias,
ninfomanias ou complexos freudianos. A sua rede nervosa basicamente vibrátil
aos estímulos de ordem espiritual e a sua mente afastada voluntariamente das
concepções impuras de sexo dispensam os recursos terapêuticos das relações
periódicas conjugais. Quando o desejo sexual se lhes manifesta como
necessidade, ambos pressentem, ou "escutam" na intimidade da alma, a
voz criadora que lhes solicita o concurso para a descida de outra alma interessada
na escola física. Não é, pois, o impulso "sexo-orgânico" que lhes
passa a dirigir o metabolismo, mas sim a mente submissa e equilibrada que
principia a tecer os fios sagrados para compor e ajustar o mecanismo à
necessidade do instante procriativo. Como o oleiro tranqüilo, que se entrega à composição
de rico vaso, qual artista que é escravo da beleza de sua obra, os pais
marcianos deliberam servir-se de todos os recursos divinos, para que o
chamamento do Alto seja cumprido sem ferir as diretrizes estéticas e sensatas
da Lei Suprema.
PERGUNTA: Na psicologia marciana, qual é o sentido exato que atribuem ao
sexo?
RAMATIS:
Consideram-no o recurso dinâmico que permite ao espírito sair do mundo
imponderável para se ligar à forma; o sagrado mecanismo das forças invisíveis
para a descida das almas ao campo material. Verdadeiro descenso
"luminoso" ao casulo de carne, para o retorno ascensional consciente,
o espírito serve-se desse mecanismo que o homem terreno tanto avilta, mas que é
o recurso "angélico-funcional" disposto no mundo de formas redentoras.
Enquanto não evidenciardes a consciência exata dos objetivos sagrados e
criadores do processo sexual; enquanto o respeito não vos guiar evitando que vos
avilteis no nível infra-humano das relações da carne, cremos que é inútil a volúpia
autocontemplativa de vos considerardes sábios cientistas, artistas ou
sacerdotes, na face da Terra, pois se falhais na consciência moral do
"elo-sexual", confundindo ou pervertendo o objetivo essencial do sexo,
não podereis vos considerar mais do que escravos de uma paixão inferior.
PERGUNTA: Devemos,
então, ver como ato desairoso o impulso natural do sexo, que é condição básica
de nossa vida?
RAMATIS:
De modo algum queremos vos tolher nas funções naturais do fenômeno genésico e
dos recursos arbitrados pela Natureza no mecanismo do sexo. Consideramos,
tão-somente, a inversão dos valores que atribuís ao processo e à sinal ética sexual,
tornando-o afrontoso, porque o vosso mundo é que o inferioriza. O imperativo
sexual não é fenômeno limitado às funcões fisiológicas ou Vós o encarais especialmente como um motivo
de sensação voluptuosa e de que abusais até à alucinação: mas vos equivocais,
considerando que o sexo seja absoluta distinção na estrutura do corpo físico,
ou apenas dois pólos diferenciadores denominados "masculino" e
"feminino". Perante as disposições divinas, o sexo masculino é
identificação de alma com disposições mais ativas, enquanto o sexo feminino
corresponde às entidades predominantemente passivas. Desde a posse instintiva
absoluta e natural dos agrupamentos primitivos, até ao objetivo sagrado na
sublimação do "amor divino", o sexo representa o curso natural e
puro, que, gradual e progressivamente, conduz o homem-animal até a contextura definitiva
do anjo eterno.
Do livro: “A VIDA NO PLANETA
MARTE E OS DISCOS VOADORES” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.
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