quarta-feira, 30 de abril de 2014

Nossos ídolos..... preferem o quê?


Hercilio Maes viveu toda sua vida tentando mostrar a verdadeira realidade da alimentação carnívora, a violência cometida para com os animais, e faleceu no dia 24 de setembro de 1993 na esperança de que a humanidade em curto prazo começasse despertar gradualmente e se conscientizar de tal aberração; no entanto, quando vemos hoje Tony Ramos, um artista global, culto, inteligente, oferecer sua imagem e popularidade em troca de retribuição financeira para favorecer a “indústria da morte”, como se esses seres inferiores pudessem ser comparados a mercadorias, quase perdemos a esperança de que o ser humano um dia desperte para esses valores. Será que esse cidadão visitou o setor


de abate do seu cliente ou simplesmente decorou o texto por ele fornecido?
Será que teria coragem suficiente de levar sua família para saber a forma cruel e violenta aplicada para se conseguir uma suposta qualidade nos produtos animais?
Logo em seguida aparece o “rei” Roberto Carlos, predestinado ao sucesso, fadado à realização de grandes coisas, que veio a este mundo com um talento a mais. Passou por momentos difíceis, teve algumas perdas irreparáveis, mas apoiado pela Espiritualidade tudo acabou dando certo em sua vida. Criou uma imagem de um ser humano sensível, suas musicas falam de amor, clamam
JESUS CRISTO, JESUS CRISTO,
JESUS CRISTO EU ESTOU AQUI
(o amado Mestre sabe que ele está aqui, certamente esperando que ele realize algo de bom). Repete o nome de Jesus e dentro de seu livre arbítrio resolve participar de uma campanha onde simula estar deixando de ser vegetariano (na verdade nunca foi, apenas não comia carne vermelha) pelo deslumbre de ver no prato um pedaço de seu irmão menor, assassinado violentamente, desfazendo aquela imagem de um ser sensível, humano. Tudo isso em troca de dinheiro. Será que ele precisa disso?
Acredito, sim, que todos nós temos uma missão a ser desenvolvida nesta passagem pela vida terrena. Cabe a cada um de nós usar do livre arbítrio para melhor desenvolvê-la e não levar a vida pensando apenas nesta nossa passagem, e fazer algo útil ao nosso semelhante.
 Vemos também uma apresentadora de TV defender o amor aos animais e ter como principal  atividade a criação de bovinos para o abate. Parece que os valores são avaliados de conformidade com as necessidades do individuo, e se algo proporcionar lucro fecha-se os olhos para a realidade.
Nossa Fernanda Montenegro, meiga, inteligente, junto com sua filha, Fernanda Torres, descem do pedestal da glória em que se encontram, entram numa verdadeira cena  circo mambembe; conseguem se ridicularizar e estender o ridículo para a oferta de produtos de origem animal.
E assim os nossos ídolos começam a aparecer de forma inusitada. Fátima Bernardes, simpática, meiga, dirigindo um programa inteligente, ocupando um espaço enorme pelas manhãs em quase todos os lares brasileiros, acompanha a onda do momento, procurando realçar o fato de que os seres vivos usados para confecção de seus produtos são tratados cuidadosamente com produtos orgânicos que certamente não irão fazer mal aos consumidores, como sendo uma vantagem sobre os outros.
Os ídolos: atletas, cantores, artistas – diferentes a cada geração - acabam exercendo uma imensa influência no comportamento, no modo de vestir e de pensar dos jovens daquela determinada época. Na atualidade, em que a imagem é uma característica determinante, a influência dos ídolos no estilo de vida da juventude, na forma de pensar e agir é cada vez maior, seja essa influência positiva ou negativa.
Quem de nós nunca nutriu uma admiração especial por algum cantor ou ator de que gostasse? O ato de idolatrar alguém por quem sentimos admiração é natural, principalmente na juventude, quando desenvolvemos nosso senso crítico e construímos uma identidade; é por isso que esses ídolos deveriam fazer uma análise previa do que estarão oferecendo.
Será que se um dia a maconha for liberada no Brasil, teremos ídolos recomendando essa ou aquela como a melhor opção, a embalagem mais chamativa, o efeito mais rápido? Há um tempo atrás, Paulo Goulart e Nicete Bruno, contratados por financeiras, anunciavam com certo entusiasmo o empréstimo a juros baratos de até 40% da mísera aposentadoria dos idosos, para pagamento em até 36 meses, e assim poderiam comprar tudo aquilo que quisessem. Isso causou um mal-estar e inúmeros problemas para quem tinha sob sua responsabilidade pessoas idosas aposentadas, que não se conformavam de não aproveitar aquilo que era ofertado pelos seus ídolos.
Parabéns, Pelé, por ter se re cusado a fazer propaganda de bebida alcoólica como jogador de futebol!
Mas nem tudo esta perdido. Na contramão aparecem seres iluminados que contrariam com ações concretas tudo o que a maioria prefere não enxergar.
O que faz com que Paul McCartney publique um vídeo com o titulo “Se as paredes dos frigoríficos fossem de vidro ninguém comeria carne”, ou mesmo Albert Einstein afirmar que “Nada beneficiará tanto a saúde humana e aumentará as chances de sobrevivência da vida na terra quanto à evolução para uma dieta vegetariana”.
Abraham Lincoln • “Não me interessa nenhuma religião cujos princípios não melhoram nem tomam em consideração as condições dos animais”.
Thomas Jefferson • “Eu temo pela minha espécie quando penso que Deus é justo”. Leonardo da Vinci • “Chegará um dia em que o homem conhecerá o íntimo de um animal, e nesse dia, ele verá que todo crime contra o animal será um crime contra a própria humanidade”.
“A ordem de vida vegetariana, por seus efeitos físicos, influenciará o temperamento dos homens de tal maneira que melhorará em muito o destino da humanidade.”
 

 No entanto, para nosso espanto, é comum vermos dirigentes religiosos dedicarem horas do seu tempo em cima de um palco, de um púlpito, falando no amor, repetindo varias vezes o nome de Jesus Cristo e após terminarem suas pregações vão participar de suculentas churrascadas nos fundos do templo.
Que tipo de amor é esse? Jesus Cristo defendeu o amor incondicional, a todos os seres e não somente àqueles que nos causam satisfações, que nos aplaudem.
Todos os anos, no mês de dezembro, os viventes da Terra ficam eufóricos pela aproximação da data em que se comemora o seu nascimento. Sobre a mesa posta guarnecida de alva toalha, entre flores perfumadas, se enfileiram as mais variadas bebidas. Sobressaindo nas louças, um necrotério onde os cadáveres de variadas espécies animais são enfileirados, para serem devorados pelos seres humanos presentes, pseudo-inteligentes, refinados.
Somos considerados um povo solidário, altruísta; basta ver pela resposta imediata nas campanhas após acontecimentos trágicos. Mas fomos acostumados a encarar a carne como um produto natural e típico da nossa alimentação cotidiana e não se procura saber a sua origem, a maneira como é conseguida, a sua trajetória até chegar aos supermercados embrulhados em embalagens atraentes, cuidadosamente projetadas para despertar o interesse publico. 
Você tem idéia de que forma é conseguido aquele pedaço de carne apresentado pelo cantor no comercial?
 A criação de vitelas é conhecida como um dos mais imorais e repulsivos mercados de animais no mundo todo.
Como não há no Brasil lei específica que proíba essa prática - como na Europa - o jeito é conscientizar as pessoas sobre a questão. A carne de vitela é muito apreciada por ser tenra, clara e macia.O que pouca gente sabe é que o alimento vem de muito sofrimento do bezerro macho, que desde o primeiro dia de vida é afastado da mãe e trancado num compartimento sem espaço para se movimentar.
Esse procedimento é para que o filhote não crie músculos e a carne se mantenha macia. “Baby beef”, é o termo que designa a carne de filhotes ainda não desmamados.

 O mercado de vitelas nasceu como subproduto da indústria de laticínios, que não aproveitava grande parte dos bezerros nascidos das vacas leiteiras.
Veja como é obtido esse “produto”:
Assim que os filhotes nascem, são separados de suas mães, que permanecem por semanas mugindo por suas crias. Após serem removidos, os filhotes são confinados em estábulos com dimensões reduzidíssimas onde permanecerão por meses em sistema de ganho de peso - alimentação que consiste de substituto do leite materno.
 
carne branca e macia, além da imobilização total do animal para que não crie músculos, é a retirada do mineral ferro da sua alimentação, deixando somente a quantidade ecessária para que não morra até o abate. tornando-o anêmico. A falta de ferro é tão sentida pelos animais, que nada no estábulo pode ser feito de metal ferruginoso, pois eles entram em desespero para lamber esse tipo de material.
Embora sejam animais com aversão natural à sujeira, a falta do mineral faz com que muitos comam seus próprios excrementos em busca de resíduos desse mineral.
Alguns produtores contornam esse problema colocando os filhotes sobre um ripado de madeira, onde os excrementos possam cair num um piso de concreto ao qual os animais não tenham acesso.
A alimentação fornecida é líquida e altamente calórica, para que a maciez da carne seja mantida e os animais engordem rapidamente.
Para que sejam forçados a comer o máximo possível, nenhuma outra fonte de líquido é fornecida, fazendo com que comam mesmo quando têm apenas sede.
Com o uso dessas técnicas, verificou-se que muitos filhotes entravam em desespero, criando úlceras pela sua agitação e descontrole no espaço reduzido.