Quem nunca cismou pelo menos
uma vez na vida estar sendo vítima de um complô? Acredito eu que todos nós, uns mais outros
menos, mas o leitor amigo concordará comigo que temos nossos momentos de
insegurança e, eles se manifestam, em ocasiões onde psiquicamente estamos
fragilizados.
Quantos problemas temos e não
conseguimos identificar de pronto? Quantos dramas vivemos em silêncio e quanta
dor trazemos na alma, muitas acumuladas ao longo dos séculos?
Tudo que excede o seu limite é
preocupante e deve ser visto com atenção porque muitas vezes, estamos sob
pressão, stress e as “cismas” que vão e vem, mas passam. Outras vezes elas
permanecem e nos prejudicam sobremaneira, impedindo-nos de avançarmos pela
senda da evolução. Quando sofremos algum transtorno de personalidade, primeiro
passamos por mal bocados, fazemos os nossos entes mais próximos sofrerem e, quase
nunca, acreditamos no que dizem sobre nossos excessos.
Vejamos Maria, nossa personagem
fictícia...
Era sessão de pretos velhos, a
casa estava cheia e os trabalhadores se desdobravam para atender os consulentes
aflitos.
Maria estava sentada na última fileira de cadeiras, no cantinho esquerdo. Ouvia o palestrante, enquanto observava os circunstantes pela casa. Sem problemas para ela assentar-se num dos últimos lugares era cômodo, já que não gostava de ser observada pelas pessoas, estava sempre procurando esconder-se. Mas naquela noite estava pior! Veio de casa até o templo incomodando-se com o olhar das pessoas em sua direção, imaginem só, que ao entrar no ônibus percebeu que algumas mulheres olharam para ela e logo pensou: “Que droga! O que estão olhando? Não estou com a roupa do corpo rasgada, pois já me olhei (no espelho) em casa cinco vezes antes de sair... Já sei! Elas sabem algo a meu respeito, vai ver me conhecem não sei de onde, só pode! Ah! Algum vizinho meu falou mal de mim para elas (delírio). Elas pensam que eu não sei o que estão pensando a meu respeito. Mas... feias e gordas são elas!”
Maria estava sentada na última fileira de cadeiras, no cantinho esquerdo. Ouvia o palestrante, enquanto observava os circunstantes pela casa. Sem problemas para ela assentar-se num dos últimos lugares era cômodo, já que não gostava de ser observada pelas pessoas, estava sempre procurando esconder-se. Mas naquela noite estava pior! Veio de casa até o templo incomodando-se com o olhar das pessoas em sua direção, imaginem só, que ao entrar no ônibus percebeu que algumas mulheres olharam para ela e logo pensou: “Que droga! O que estão olhando? Não estou com a roupa do corpo rasgada, pois já me olhei (no espelho) em casa cinco vezes antes de sair... Já sei! Elas sabem algo a meu respeito, vai ver me conhecem não sei de onde, só pode! Ah! Algum vizinho meu falou mal de mim para elas (delírio). Elas pensam que eu não sei o que estão pensando a meu respeito. Mas... feias e gordas são elas!”
Maria foi chamada para receber
atendimento mediúnico caritativo... foi toda constrangida imaginando o quê as pessoas
estariam pensando sobre ela: “será que
eles sabem o que venho fazer aqui? Sabem sim e vão usar isso contra mim! Estão
rindo de mim por dentro, me achando fraca. Eu sinto que me olham com desdém... eles
sabem dos meus problemas, está na cara! Do contrário por que me olham assim com
essas caras fechadas? Ai que vergonha!”
Quando enfim, estava de frente
para um médium sob a vibração de uma entidade espiritual de luz, desabafou mais
que depressa, nem esperou a saudação, foi logo destravando a língua, falando
sem parar para respirar, agitadíssima, olhando para os lados com medo de que
alguém pudesse ouvir o que contava.
Ela: “Paisinho, não tenho paz na vida, lá em casa estão todos contra mim,
meu marido está conspirando eu sei... ele quer me abandonar! Meus filhos estão
cansados de mim, não me amam! Descobri que meu esposo vai pedir a separação e
todos vão morar com ele na nova casa, vão me deixar só ... me ajude!”
Entidade: Não será isso coisa da sua cabeça, minha
filha? Já procurou dialogar com seu esposo para esclarecer o “problema”? E com
seus filhos, será mesmo que não te amam? Ô minha filha, não está imaginando
coisas? Tem certeza de que estão “conspirando” contra si? Pense filha, amada.
Ela: Tenho “certeza”! Ninguém gosta de mim, eu sei. Ontem minhas vizinhas
de frente ao ver que me aproximava delas, pararam de falar e mudaram de
assunto... ah! Por que pararam? Se o fizeram foi porque falavam de mim e mal!
Elas me invejam, só pode ser isto. Estou cercada de gente falsa e perigosa por
todos os lados. Até nas ruas me olham com escárnio! No meu trabalho, meus
colegas não me toleram, tenho medo de que estejam tramando algo para me
prejudicar com o chefe! Preciso de sua ajuda, vovô! (não parou nem para respirar)
Outro dia, meu marido falava ao celular e quando me viu desconversou e
desligou o aparelho. Com certeza ele me criticava com alguém ou marcava
encontro com outra mulher, mas por quê me trai? Por que faz isto comigo? Se
parou assim que cheguei é porque não queria que eu ouvisse o que falava,
concorda comigo?
Entidade: _Não vejo o porquê de estar tão desconfiada
de todos.
Nesse momento Maria desconfiou
do guia.
Ela: _Eu preciso saber por que meus parentes me odeiam? (Continuou sem
pausas e já cismada com a entidade) Por que meus colegas de trabalho não se
simpatizam comigo? Sabe, pai velho, até
quando são gentis acho que no fundo desejam me prejudicar, a gentileza deles é
um disfarce mal intencionado.
Entidade: _Filha, não acha que está se preocupando
excessivamente sem motivos? Já procurou observar a fundo se as pessoas que
acusa de a perseguirem, realmente estão “mal intencionadas” como diz? Pode ser
que você esteja sofrendo de um mal psiquiátrico e não tenha percebido ainda.
Minha filha, nego velho gostaria de saber: por que acha que todos estão contra
você? Até seus filhos? Pare e pense! Você pode estar sofrendo de um transtorno
de personalidade, é bom procurar um médico da Terra.
Ela: _Eu não preciso de psicólogo, paisinho... a boca ficou seca e as
mãos suaram. _ eu preciso é ser amada,
compreendida e aceita pelas pessoas, também sou humana! Desabafou
Maria, completamente atordoada. Sei
que sou agressiva e desconfiada, mas as pessoas me dão motivos para isto. Lá em
casa todo mundo se afasta de mim, eles têm medo de conversar comigo, não sei
por que? Já que sou de “fácil acesso”... Hoje mesmo aqui na casa, muita gente
me olhou esquisito... com cara feia, com ar de desprezo, não sei bem o porquê...
Uns riram e não consegui identificar se era para mim ou de mim. Ai como sofro!
Maria ao fim do atendimento
retornou para sua casa cheia de conselhos do amoroso guia espiritual, que com
paciência e profundo amor paternal elucidou-lhe sobre a necessidade de se
autoconhecer.
Tempos depois nossa personagem
procurou um psicólogo e descobriu que sofria de transtorno de personalidade paranoide. E
compreendeu com o tempo que noventa por cento do que pensava era coisa da sua
cabeça e não a realidade. Descobriu que
suas desconfianças excessivas, a agressividade, o medo de ser sabotada pelos
colegas de trabalho, entre outros, era criação de sua mente desequilibrada
apenas, não se tratava da realidade.
A
maioria dos problemas que levamos aos templos umbandistas ou espiritualistas no
desejo de que sejam extirpados de nós, são criações nossas, alimentadas por nós
todos os dias. Dificuldades de ordem psiquiátrica que cegamente transferimos a
responsabilidade para o outro.
Por
isso é tão importante perguntarmo-nos primeiro se não somos nós mesmos, os mais
próximos e certos para descobrir e resolver nossos problemas, antes mesmo de
transferirmos esta responsabilidade para os médiuns e seus guias. A ajuda deles é imprescindível, mas o trabalho
é nosso!
Paz
e luz!
Letícia
Gonçalves.
·
Enganos. As pessoas com transtorno de personalidade paranóide
consideram que todos se aproveitam dela com intenções negativas. Estas suposições
não costumam ter fundamento algum na realidade, mas são consideradas por elas
com tal validez, que estão sempre preparadas para possíveis histórias ou
ataques contra ela.
·
Desconfiança. Os seus amigos, familiares, colegas e companheiros não escapam
desta suposição. A confiança e a lealdade das pessoas que a rodeiam está posta
em dúvida continuamente, embora não existam motivos reais para isso. Não confia
nas pessoas e quando alguém tem boas atitudes, considera que é uma emboscada.
·
Ocultamento. Considera que toda a informação que diga aos demais possa
ser utilizada contra ela, por essa razão, não costuma responder a perguntas
pessoais ou laborais que envolvam algum grau de responsabilidade. Normalmente,
interpreta ou suspeita de significados ocultos ou maliciosos em situações
quotidianas ou em fatos mais irrelevantes.
·
Rancores. Geralmente são muito rancorosas, não se esquecem facilmente do
que interpretam como insultos ou calúnias. Quando se sentem menosprezadas
costumam reagir com hostilidade, sentimento que perdura com o tempo. Sentem-se
continuamente atacadas pelos outros e geralmente respondem rapidamente a essa
percepção.
·
Ciúmes. Nos seus relacionamentos, costumam ser excessivamente ciumentas,
ao ponto de considerar que o seu parceiro o engana sem nenhum motivo.
Normalmente tentam ter o controle total dos seus parceiros, para deste modo,
evitar que o enganem. Acompanha de perto os passos do seu parceiro, tendo
registros dos seus horários, amizades, etc.
·
Relações interpessoais. É hostil e difícil de tratar, isto gera
dificuldades em estabelecer relações com as outras pessoas. Não confia por
completo nas pessoas, pelo que tem a necessidade de se mostrar auto-suficiente
e independente. Não aceita críticas, e muitas vezes, culpa os outros dos seus
próprios erros.
·
Transtornos associados. O transtorno de personalidade
paranóide pode estar acompanhado de um transtorno depressivo maior, de
agorafobia ou transtorno obsessivo-compulsivo. Também é comum, que nestes casos
haja abuso de álcool e outras substâncias
FONTE: saude.umcomo
FONTE: saude.umcomo
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