domingo, 28 de junho de 2015

O Duplo Etérico - Kundalini


Kundalini

Como já vimos, Kundalini ou o Fogo Serpentino é uma das forças emanantes do Sol, inteiramente independente e distinta de Fohat e de prâna, e que, no estado atual dos nossos conhecimentos, acreditamos incapaz de ser convertido em qualquer dessas duas energias.
Kundalini recebeu nomes diversos: o Fogo Serpentino, o Poder ígneo, a Mãe do Mundo. Aparece ao clarividente, literalmente, como uma torrente de fogo líquido, percorrendo o corpo. Seu trajeto normal é uma espiral, semelhante às curvas de uma serpente; "Mãe do Mundo" é nome bastante apropriado, porque é por ela que podem ser vivificados nossos diversos veículos. 
Pode-se ver um antigo símbolo da coluna vertebral e de Kundalini, no tirso, bastão com uma ponta cuniforme na extremidade. Na índia encontramos o mesmo símbolo: o bastão é aí substituído por um bambu, com sete nós, que naturalmente representam os sete chakras ou centros de força.
Em certos mistérios, em lugar do tirso se empregava um tubo de ferro que se supunha conter fogo.
A insígnia dos barbeiros, símbolo certamente muito antigo, com suas faixas em espiral e a protuberância terminal, tem a mesma significação, segundo dizem, pois o barbeiro moderno é o sucessor dos antigos cirurgiões, que praticavam também a alquimia, ciência ou-trora mais espiritual do que material. Kundalini existe em todos os planos que conhecemos e parece apresentar igualmente sete camadas ou graus de potência.
O corpo astral era, na origem, uma espécie de massa quase inerte, sem a mais vaga consciência, sem nenhuma capacidade definida de ação e sem conhecimento preciso do mundo ambiente. Sobreveio depois o despertar de Kundalini no plano astral, no chakra correspondente as da base da espinha dorsal. Esta força se encaminhou então para o segundo centro, o umbigo e o vitalizou, acordando, assim, no corpo astral, a faculdade de sentir, de ser impressionado por todas as espécies de influências, porém sem lhe dar ainda a compreensão precisa.
Kundalini passa daí ao terceiro centro (esplênico), ao quarto (cardíaco), ao quinto (garganta), ao sexto (entre os supercílios) e ao sétimo (no alto da cabeça), despertando em cada um as diferentes faculdades descritas nos capítulos precedentes.
O mecanismo que nos dá a consciência do que se passa no astral é interessante e merece ser bem compreendido pelos estudantes. No corpo físico, possuimos órgãos especiais, localizados, cada um, em região fixa e particular: órgãos da vista, do ouvido, etc. Mas no corpo astral reina uma disposição completamente diferente, pois não há ahi necessidade de órgãos especializados para conseguir os resultados desejados.
A matéria do corpo astral está em constante movimento; as partículas deslisam e turbilhonam como as da águafervendo, e passam todas, sucessivamente, pelos centros de força. Por conseguinte, cada um! destes centros confere, às partículas do corpo astral, a faculdade de responder a determinada categoria .de vibrações, correspondentes ao que no mundo físico chamamos vibrações da luz, do som, do calor, etc.
Quando, pois, os centros astrais são vivificados e se põem a funcionar, conferem as diversas faculdades à matéria toda do corpo astral, de tal forma que este se torna capaz de exercer seus atributos em qualquer região. É por isto que o homem, aluando em seu corpo astral, pode ver tanto os objetos colocados à sua frente, como atrás, em cima e embaixo, sem precisar voltar a cabeça. Não se pode, pois, definar os chakras ou centros como órgãos sensórios, no -sentido vulgar do termo, embora proporcionem ao corpo astral faculdades sensoriais. Entretanto, mesmo quando estes centros astrais estão plenamente despertos, não resulta, de maneira alguma, que o homem possa transmitir ao corpo físico a menor consciência da ação dos mesmos.
Na realidade, em sua consciência física ele pode muito bem ignorar por completo essa ação. O único modo de transmitir ao cérebro físico a consciência das experiências astrais se dá pelo prévio despertar e ativamento dos centros etéricos correspondentes.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

A "quarentena mental" dos marcianos na formação física do corpo.





PERGUNTA: Há sempre necessidade dessa quarentena mental?
RAMATIS: Ela tem por essencial objetivo disciplinar o ritmo das forças criadoras, para que o corpo do futuro filho seja da conformação do tipo biológico marciano, sadio e mentalmente equilibrado. O espírito reencarnante, embora ainda no Espaço, já conhece os ascendentes biológicos e hereditários que irá desenvolver no organismo materno, a fim de auxiliar a edificação de sua veste carnal, nas mesmas disposições de garantia e perfeição que o "virtuose" exige para o instrumento intérprete de sua vontade.

PERGUNTA: Há necessidade de o espírito reencarnante coparticipar dessa quarentena?

RAMATIS: É um trabalho que comumente classificais de "equipe" no vosso mundo. As três almas ligadas espiritualmente, sob a direção de amoroso mentor, exercitam-se para a posse progressiva dos atributos que compõem a estrutura dos anjos criadores de mundos. Não há privilégios nem favores na escalada sideral; a alma é a principal tecelã das suas venturas gloriosas, que a aguardam nos planos de inconcebível Beleza e ilimitada Sabedoria. Através de mundos como a Terra, Marte e outros, em romagens no vestuário de carne, o espírito desenvolve as maravilhosas forças cósmicas que lhe dormitam na intimidade sideral, a fim de atingir a fase definitiva do estado angélico.

PERGUNTA: Conseqüentemente, essas obras esotéricas que existem em nosso mundo, nas quais se ensina o desenvolvimento mental e se fala muito em "mentalismo", representam esforços para a ascensão a mundos como Marte?

RAMATIS: Sois vós os artistas de vossos destinos, e, quanto mais vos entregardes ao desígnio de um bom destino, mais breve estareis em condições de emigrar para mundos mais evolvidos. Se em Marte é necessário o domínio mental para atender aos imperativos de uma vida mais "criadora", no futuro ainda indefinido, é óbvio que hoje ou mais tarde, sempre tereis que um dia iniciar essa disciplina de direção mental consciente.
O eloqüente orador que extasia o público hipnotizado ou o artista que inunda o salão de sinfonias arrebatadoras têm o seu curso na singeleza das primeiras letras do alfabeto e no solfejo das primeiras notas da pauta musical. O anjo planetário que orienta e alenta a humanidade de um mundo, como o vosso, cuja aura diáfana vos interpenetra na divina função "crística", também não se isentou do modesto curso dos compêndios do mentalismo iniciático nos mundos de formas. É Jesus ainda quem vos adverte: "E muitos há que têm olhos e não veem". E, também: "Cada um conforme suas obras".

terça-feira, 23 de junho de 2015

OS EXUS SÃO DEMÔNIOS?


O Diabo e a sede do seu reinado - IV








Passados alguns segundos de silêncio, notava-se profundo pesar nas faces antes radiosas dos ouvintes. O velhinho convidou-os para se aproximarem da mesa e desdobrou o rolo de pergaminho, de onde separou um menor pondo-o ao seu lado.
Sabemos ser o Mal circunstancial e relativo, variando conforme as atitudes humanas. Não é oriundo especificamente de Deus. O Mal é condição transitória e resultante da nossa ignorância com referência à realidade da vida espiritual. Poderíamos compará-lo ao aluno que se recusa à alfabetização e porisso sofre a desventura de não saber ler quando adulto.
Nós também praticamos atos e fatos malignos, por força da ignorância e indisciplina.
Repelíamos o processo educativo e redentor do espírito, retardando-nos no percurso da ascenção angélica.
Apolônio parecia evocar reminiscências longínquas, antes de prosseguir em tom cordial: —Malgrado as atividades execráveis e vingativas dos réprobos nossos familiares, eles também são centelhas divinas dispersas pelo Infinito buscando a própria felicidade eterna.
Não importa se ainda percorrem sendas equívocas e censuráveis, porque só a ignorância da criatura pode levá-la a preferir o pior, por desconhecer o melhor! Aproxima-se o grande expurgo do "juízo final" na Terra, devendo emigrarem para um planeta inferior os espíritos cuja especificidade magnética não se coadune com o clima, vibratório previsto para o próximo milênio.
E num longo suspiro, onde extravasava o seu amor puro por alguém, Apolônio completou sua alocução:
— Os nossos onze pupilos não poderão escapar da próxima limpeza planetária da Terra. Caso não se redimam em tempo oportuno, serão exilados para viverem entre os seres primitivos do "astro intruso". (9) Ante a impossibilidade de nos encarnarmos num orbe tão primário, teremos de os esquecer até o retorno deles à Terra, depois da expiação cármica. Também, não poderemos ajudá-los no mundo de exílio pois o dispêndio energético, o sacrifício e os resultados insuficientes, não compensariam o tempo que teríamos de empregar nas atividades educativas e socorristas a favor de outros necessitados. Infelizmente, os "nossos anjos rebeldes" ou decaídos de outros orbes, cuja falência espiritual impressiona aos próprios "Senhores. do Carma", ainda são candidatos a um segundo exílio planetário!
Alguns minutos depois o espírito de uma senhora idosa, de olhos azuis esverdeados, rosto oval e belo, porte majestoso e envolta numa veste enfeitada por diversos véus multicores, lembrando uma sacerdotiza druida, assim se expressou:
Caro Apolônio, informe-nos quanto à possibilidade dos nossos amados trânsfugas aceitarem a desintoxicação perispiritual na carne, e conseqüente harmonização com o .comando angélico da Terra.
Seis deles se mostram fatigados da rebeldia maldosa, porquanto reagiram favoràvelmente à luz dos instrumentos psicotécnicos. Aliás, três vibraram satisfatoriamente em nossa direção, chegando a evocar impressões mentais de natureza angélica! Embora de um modo fugaz, a chama espiritual aflorou-lhes à periferia e eles se mostraram eufóricos sob essa condição incomum. Isso dá-nos grande esperança e anima-nos para tentarmos providências
benfeitoras a fim de os atrair às esferas replandescentes.
Enquanto o velhinho cessava de falar, volvendo o olhar terno e evocativo sobre os ouvintes, um espírito imponente e faceiro como um fidalgo romano do século IX, interferiu: — Bário foi meu pai diversas vezes, na Terra, e protegeu-me sempre, embora o fizesse mais por amor egocêntrico. Na Caldeia, sacrificou a vida atirando-se de um penhasco enlaçado com uma fera, a fim de facilitar a minha fuga para casa. Em Roma, deixou-se degolar como oficial pretoriano, para não trair o grupo de cristãos que eu chefiava. Noutras existências, ele foi irmão, amigo e familiar, não medindo sacrifícios para me proporcionar recursos para uma vida amena. Não importa se o fez somente por afeição consanguínea e egotista, pois era impiedoso e agressivo para com os outros. O certo é que lhe devo favores especiais e não hesitaria em descer às sombras terráqueas, se pudesse ajudá-lo em existência proveitosa.
Sesóstri, tirano e bárbaro, responsável pelo massacre de tantos seres desde os evos bíblicos, sempre foi generoso e leal para comigo, — clamou uma jovem belíssima, cujo perfil escultural de mulher grega era emoldurado por um manto azul celeste e pontilhado de estrelas miúdas sob reflexos prateados.
Não há dúvida, — interrompeu Apolônio, — todos nós estamos ligados afetivamente aos onze réprobos de nossa família espiritual. Sem dúvida, eles sempre foram nossos amigos na composição da família carnal, proporcionando-nos ensejos educativos e facilidades para a nossa ascése angélica, enquanto se comprometiam com a Lei Espiritual nas suas tropelias condenáveis e insaciáveis ambições de riqueza material. Indiretamente, eles financiaram os nossos propósitos superiores; mas, infelizmente, não podemos regenerá-los per controle remoto nem purificá-los miraculosamente. Em seguida aduziu, num tom significativo:
Já descemos diversas vezes à Crosta, em corpo físico e cascão para os ajudar e submetemo-nos às provas sacrificiais sem qualquer êxito benfeitor, não é assim?
Todos os presentes fitaram o velhinho e acenaram a cabeça em unânime concordância às suas palavras. Em seguida, ele se curvou para a mesa e apontando o extenso pergaminho à sua frente, pôs-se a explicar:
Conforme o exame seletivo feito pelos técnicos do "Departamento de Planejamento Cármico" de nossa comunidade sideral, Bário, Sesóstri, Kalin, Moriam, Hatusil, Shiran, Senuret e Ichtar, fichados sideralmente sob o prefixo MBOW, da série 110.808 a 110.921 da terminologia sideral de "Estrela Branca", (10) são espíritos que se mostraram mais receptivos às provas de redenção na Crosta, em vésperas do expurgo de "fim de tempos". Os outros três, Othan, Sumareji e El Zorian, ainda vibram sob o padrão integral de anjos decaídos e se mostram insensíveis a qualquer sugestão liberativa da carne e abandono às empreitadas diabólicas. Eles, ainda, consumirão alguns dias siderais na crosta de planetas primários de exílio, para, então, higienizar a "túnica nupcial" e retornar à casa paterna participando do "banquete divino". (11) Sabemos que o próprio Maioral (12) pretende agregar Sesóstri e Senuret ao seu ministério sombrio, cujo fato nos aconselha providências imediatas, para os dissuadir desse tenebroso convite de retardamento à ascese espiritual.
E num arremate veemente, em que apesar do seu júbilo traía um sentimento de comiseração, Apolônio acrescentou: - Como não há inversão das leis nos processos evolutivo e da harmonia do Universo, o delinqüente não pode angelizar-se antes do benfeitor, nem este pode viver indeterminadamente junto do primeiro. Em conseqüência, os réprobos ficarão afastados de nós por muitos dias siderais, caso percam o ensejo benéfico de sua redenção entre os hebreus. Todos se entreolharam, preocupados, e a belíssima jovem grega levou a mão ao seio, tentando disfarçar alguma emoção:
Por quê, irmão Apolônio, disse ela, numa voz onde a magnitude do espírito casava-se à hesitação humana, — a Divindade desperta em nosso coração amor tão puro e profundo, além do tempo e do espaço, por espíritos que ainda se demoram no barbarismo e na crueldade? Por quê preferimos deixar o Paraíso para compartilharmos com eles, na carne efêmera, das mesmas estultícias, ambições, vaidades e despotismos aliados ao sofrimento?
Enquanto ela curvava a cabeça, entristecida, Apolônio replicava, comovido: E se assim não Vira, querida Cíntia, qual seria o impulso capaz de fazer o anjo abandonar a resplandescência do Paraíso, para arrebatar das sombras da desventura e da mentira o objeto do seu amor incomensurável? Porventura a nossa felicidade não se alimenta na magnitude do Bem e do Amor, proporcionado ao próximo? O nosso júbilo cresce  à medida que somos responsáveis pela felicidade alheia, pois o Amor é o combustível de Deus alimentando a vida das almas! Jesus, o Príncipe Sideral, não deixa a mansão refulgente conformando-se com a milenária descida vibratória (13) sob as emanações deletérias do mundo material, para nos socorrer? Infelizmente, nós ainda estamos preocupados com a salvação dos réprobos de nossa família espiritual, enquanto o Cristo-Jesus sacrificou-se por todos os homens.
Embora usufruindo dos bens da bem aventurança no mundo espiritual, amo Sesóstri, querido irmão Apolônio, e sinto-me inquieta e aflita pelas suas futuras dores em mundos bárbaros de regeneração. Queria tê-lo comigo na abençoada escola terrena do porvir! Cíntia, reconheço-lhe o amor intenso por Sesóstri e aparentemente inexplicável pelo seu grau sideral; mas, na realidade, isso é perfeitamente lógico, porque ele também possui no âmago da alma a mesma cota de luz sublime que existe em você! Ajude-o, para adquirir maior refulgência no seu perispírito em breve. Sesóstri é o mendigo sujo e esfarrapado à porta do banquete angélico. Precisa barbear-se, mudar de traje e tomar banho odorífero,
para então ser digno das insígnias da Luz! O "anjo rebelde", na verdade, é o próprio anjo sublime em potencial, porém hipnotizado pelo culto vaidoso à personalidade humana transitória, que tenta compensar a frustração de exilado na desforra contra as hostes angélicas do Cristo!
Depois de um hiato compreensivo, Apolônio voltou-se para Cíntia, dizendo-lhe, amorosamente:
Oxalá, Sesóstri aceite o derradeiro ensejo de expurgar o conteúdo tóxico sedimentado no seu perispírito, para se livrar de outro exílio planetário de "juízo final" e gozar das condições vibratórias favoráveis para viver com você nos planos superiores do Espírito Imortal!
Cíntia baixou os olhos, dominada por dolorosas reflexões e replicou:
Conseguirei convertê-lo, Apolônio?
Talvez, Cíntia. Se ele puder compreender que há de perder no exílio planetário o seu amor tão puro e generoso. Tente demonstrar-lhe o júbilo da vida angélica sôbre a glória efêmera do mundo ilusório da carne. A reunião prosseguiu com os presentes a examinarem o programa de provas cármicas adequadas à redenção dos onze espíritos.
Meus amigos e irmãos! — acentuou Apolônio, analisemos o "carma coletivo" dos hebreus programado para o próximo século terrícola, onde tentaremos...

Do livro: “A Sobrevivência do Espírito” Ramatís – Atanagildo/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

sábado, 20 de junho de 2015

ELUCIDAÇÕES DE RAMATÍS SOBRE O ASTRO INTRUSO E SUA INFLUÊNCIA SOBRE A TERRA




PERGUNTA:  Essa atração será violenta? (*) Nota do autor espiritual: — Convém não esquecer que a ação mais importante do planeta "higienizador" é no mundo oculto; a sua aura magnética, em fusão com a aura terrena, então proporcionará o ensejo para a emigração coletiva de "Juízo Final".

RAMATÍS:  Não avalieis as soluções siderais com a pobreza do vosso calendário, porquanto já estais vivendo essa atração. Gradativamente ela se exerce
em correspondência com o estado vibratório de cada espírito. Muitos malvados, que têm sido verdadeiros demônios para a civilização terrena, já denunciam em suas almas aflitas e desesperadas o apelo implacável do planeta higienizador da Terra! Legiões de criaturas adversas aos princípios cristãos sentem-se acionadas em seu psiquismo inferior e rompem as algemas convencionais da moral humana, lançando-se à corrupção, à devassidão, ao roubo organizado e ao caos da cobiça. É o momento profético das definições milenárias; todo o conteúdo subvertido do espírito virá à tona, excitado pelo magnetismo primitivo do planeta intruso! É
necessário que todos tenham a sua oportunidade derradeira; revelarem-se à direita ou à esquerda do Cristo! E a profética figura da "Besta" do Apocalipse se fará visível, na soma das paixões humanas que hão de explodir sob o estímulo vigoroso desse astro elementar. E, como a Lei é imutável e justa, cada um será julgado conforme as suas obras, pois a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.

PERGUNTA:  Muitos que têm lido as vossas comunicações avulsas alegam que é um absurdo o volume de 3.200 vezes maior do que a Terra, que atribuístes ao planeta intruso. A passagem desse astro junto ao nosso planeta, e com tal volume, acarretaria talvez uma catástrofe em todo o sistema solar?
RAMATÍS: É que ao captardes o nosso pensamento confundistes o volume áurico do planeta com o seu volume material. Esse volume de 3.200 vezes maior do que a Terra não é referente à massa rígida daquele orbe, cujo núcleo resfriado é um pouco maior que a crosta terráquea. Estamos tratando da sua natureza etéreo-astral, do seu campo radiante e radiativo, que é o fundamento principal de todos os acontecimentos no "fim dos tempos". É o volume do seu conteúdo energético, inacessível à percepção da instrumentação astronômica terrestre, mas conhecido e até fotografado pelos observatórios de Marte, de Júpiter e de Saturno, cujas cartas sidéreas registram principalmente a natureza e o volume das auras dos mundos observados.

domingo, 14 de junho de 2015

Perispírito

O perispírito é um corpo fluídico de alta sensibilidade, capaz de comandar bilhões de células em perfeita harmonia, em conexão com o espírito, do qual é escravo. O corpo físico é uma duplicata do perispírito. As graves enfermidades, por vezes, vêm da organização perispiritual, que impõe à matéria que se transforme, favorecendo ambiente para a proliferação de variados tipos de vírus, causadores de inúmeras doenças. A mente, com as grandes emoções, prepara o carimbo a que o corpo espiritual se sujeita, recarimbando o corpo de carne, que o obedece, como foi obediente ao espírito.
O perispírito tem associações profundas com as glândulas de secreção interna, através de seus centros de forças. Elas são como duplos deles, e eles da mente, de onde parte todo o comando central do espírito. É por isso que a obstinação da mente, em visualizações inferiores, desprevine-a da ética espiritual, abrindo portas para que o inferno se faça presente no céu da inteligência.
O estudo dessa organização que chamais de perispírito, ou corpo espiritual, no dizer de Paulo de Tarso, é realmente fascinante. Se gostais da biologia, associada à química e física, podeis ter uma ideia aproximada do corpo fluídico, considerando-se que sua perfeição é muito maior que a do corpo fisiológico, pois ele é o seu senhor, como o espírito é o seu dono. Todos os corpos não passam de simples vestes do espírito imortais de consciência permanentemente viva. 
E certo que o mundo espiritual vai revelar aos homens a engrenagem^do corpo bioplástico da alma. Entretanto, essa hora ainda não chegou . Por enquanto, deixamos transparecer nos nossos escritos alguns traços da sua engenhosa feitura. As leis que ele obedece são as mesmas que regem o corpo físico, donde se crer que é uma matéria fluídica, com poderes mais ou menos relevantes, de acordo com o espírito que o toma.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Casamento em Marte.





PERGUNTA: Não há probabilidade de também falsearem os futuros cônjuges marcianos, embora se submetam à rigorosa preliminar de auscultamento espiritual?



RAMATIS: Não cremos que sejam prováveis tais acontecimentos decepcionantes, após o enlace matrimonial, pela simples razão de que a união repousa sobre as bases de uma realidade já conhecida. As desilusões são produtos de acontecimentos inesperados, que em vez de corresponderem aos ideais ou projetos desejados, contradizem estes e causam amarguras. Em virtude de os marcianos se unirem só após o absoluto conhecimento de todas as virtudes e defeitos recíprocos, em qualquer manifestação emotiva ou espiritual, não pode

haver decepções, porque não ocorrerão fatos imprevistos, nem contrariedades desconhecidas.

Conservando-se voluntariamente acima das contingências carnais, baseando a ventura conjugal no intercâmbio formoso das relações espirituais, isentam-se os esposos marcianos da proverbial melancolia dos lares terrenos, em que, tanto o homem como a mulher, que ardentemente se desejaram pela fascinação do corpo, declinam, irremediavelmente, para a indiferença gradativa em proporção à velhice. O moço marciano não firma a sua ventura no jogo transitório das configurações sensuais; e a mulher não confia a sua felicidade à circunstância de casar-se com um "galã" cinematográfico. Importa-lhes, em essência, o conhecimento recíproco das qualidades espirituais que são duradouras, que sobrevivem à deformação dos corpos e se aquecem continuamente sob o contato diário. Não havendo, como condição primordial, a atração pelo corpo, mas sim, o reencontro de almas afins para a eternidade, o lar marciano apresenta o delicado aspecto de uma escola de boa-vontade!

domingo, 7 de junho de 2015

Amor próprio, ter ou não ter? Eis a questão.





Era inverno, as temperaturas despencavam e  aquele templo de umbanda recebia naquela noite poucas pessoas.
Marcelina estava na primeira fileira no salão principal, preparando-se para a reunião daquela sexta-feira. Poucas pessoas faziam parte do grupo de consulentes, muitos haviam ficado em seus lares devido ao frio intenso. Os médiuns também estavam em um grupo pequeno, a maioria faltou...
Após as preces de abertura dos trabalhos daquela noite e o início da palestra, os consulentes foram chamados para receber o passe magnético. Marcelina foi uma das primeiras e durante o passe despertou no médium maior atenção sobre ela. Como se tratava de um trabalhador experiente, sensível e atencioso, ao fim do tratamento a convidou para se aconselhar com preto velho e, Marcelina ansiosa e agradecida, aceitou.
Já diante do médium que já estava sob a vibração da entidade amorosa, respeitosamente ela o saudou: _ Boa noite, paisinho... salve!
Durante dois minutos fez-se um silêncio absurdo entre eles, a entidade auscultava a encarnada, enquanto baforava a fumaça do cachimbo enquanto nossa personagem aguardava o momento para DESPEJAR todo seu arsenal de perguntas descabidas em cima do médium incorporado! 
Preto velho: _Salve Zin fia! Ê, ê! Nego veio vê que a fia tá muito carregada, uma tristeza sem fim, uma energia pesada e de coloração escura e densa... por que, zin fia? 
Marcelina: _ Paisinho... estou muito só, carente que dói... sinto falta de um alguém na minha vida. Preciso de alguém para me amar! Como vou me sentir valorizada e realizada se não tenho meu coração aquecido pelo amor? Se o moço certo aparecesse em minha vida para me amar e me fazer feliz, eu seria a mulher mais feliz do mundo!
A entidade ouvia com paciência cada lamúria. O médium que servia de ponte para a entidade espiritual, aproveitava para aprender mais sobre a problemática do “amor”. Instruído pelo guia a conhecer mais sobre a alma humana, sem julgamentos, sentia a energia da consulente, sua irmã de caminhada e auxiliava no que podia.
A moça “falava” como uma matraca sem se ouvir, esperava  da entidade espiritual um estalar de dedos e “tudo resolvido”! Mas não foi bem assim que aconteceu. 
Marcelina: _O senhor poderia me dar uma ajudinha para eu arrumar o meu príncipe encantado, preciso me sentir amada! 
Preto velho: _A filha chegou no ponto que nego veio queria... sabe moça, eu fico aqui pensando o seguinte... por suposição se seu te abrir os caminhos para que encontres o tão desejado “príncipe encantado”, um moço que te dê amor e que “te aqueça o coração”, que realize teus desejos mais íntimos... e se um dia ele falhar, o que fará? Se ele em algum momento deixar de te desejar, como reagirá? Suponhamos que este homem seja como a grande maioria dos que já estão por aí, tão egoístas e também à procura de quem realize seus desejos mais íntimos, que se encantam e se desencantam por uma mulher, com a velocidade do pensamento? Fia, se esse tal príncipe te decepcionar um dia e se ele for uma idealização sua, como fará?
A moça assustou-se com as perguntas da entidade, seus pensamentos se atropelavam e ela não conseguia raciocinar de forma organizada.  Aquela entidade espiritual havia lhe tocado na ferida mais dolorida sem ao menos lhe dar aviso prévio! Marcelina ficou atônita, caiu em si despertando para uma realidade cruel. O que pensar diante de tais questionamentos? O que dizer? O que a entidade queria? Porque fazia aquilo, desafiando-a a pensar? Por que ao invés de resolver seus problemas e de lhe dar respostas prontas, estava a lhe “complicar” mais ainda a vida? Por que?

Um suor frio lhe molhou a face e ela respirou fundo tentando juntar saliva para aplacar a secura da boca. Apertou as delicadas mãos, frias e molhadas, iniciando novo diálogo com fortes sinais de desapontamento.  A voz em tom grave e mais baixo do que o normal pronunciou frases desconexas e trêmulas... enfim, ela despertou e compreendeu o erro (envergonhada),  mas disfarçou.  
Marcelina: _Não compreendi, o senhor poderia me explicar melhor? 
Aquele preto velho amoroso, psicólogo de almas, lançou um olhar cheio de amor e bondade àquela mulher sofrida. Procurou a melhor forma de lhe ajudar a compreender sua real situação.

sábado, 6 de junho de 2015

O Vale dos Espíritas - Atanagildo/ Sávio Mnedonça



Sinopse: Espíritos superiores não cessam de trabalhar, pois consideram o labor uma grande ventura. Estão sempre em busca de parceiros empenhados na reforma íntima, e, quando encontram condições favoráveis, é por meio deles que passam a disseminar o resultado de suas obras. É por essa via que Atanagildo retorna à literatura, convidando espíritas, espiritualistas, umbandistas e irmãos ligados a diversas correntes religiosas, a realizar uma profunda revisão de seus valores morais e de sua responsabilidade para com o trabalho espiritual. O Vale dos Espíritas é resultado de longas pesquisas sobre a origem cármica de dramas vividos por irmãos ligados às paixões inferiores, narrados por vários personagens que, embora possuíssem conhecimento intelectual, oratória impecável, desenvoltura mediúnica e assiduidade na casa espírita, chegaram ao Astral em estado lastimável, por terem negligenciado o entendimento dos conceitos básicos da doutrina espírita, bem como a própria reforma de seus sentimentos e ações. Para eles, o trabalho de autoconhecimento valia apenas para os outros, irritando-se quando alguém lhes ressaltava isso. Iludidos por suas convicções equivocadas, pelo apego ao orgulho, à vaidade, ao sexo, ao egocentrismo, e acima de tudo ao dinheiro, esperavam encontrar no Além as mesmas regalias adquiridas na Terra. Quantos espíritas há que pregam belas lições em púbico, e até na mídia, e ao serem contrariados em seus interesses pessoais revelam a sua verdadeira face?! Atanagildo vem expor todas as mazelas alimentadas na intimidade desses irmãos, alertando que não cabe mais protelar o trabalho de reforma íntima e a caridade desinteressada. Especialista na análise de jornadas existenciais que visam a futuras encarnações retificadoras, ele revela o triste percurso dos que levam sua carga mental-emocional deletéria para o Além, vagando pelo descampado do Vale ou servindo para terríveis obsessões. Este livro é para todos, mas especialmente para aqueles que têm sob sua tutela o percurso de muitas almas.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Espíritos que se podem evocar.


274. Todos os Espíritos, qualquer que seja o grau em que se encontrem na escala espiritual, podem ser evocados: assim os bons, como os maus, tanto os que deixaram a vida de pouco, como os que viveram nas épocas mais remotas, os que foram homens ilustres, como os mais obscuros, os nossos parentes e amigos, como os que nos são indiferentes. Isto, porém, não quer dizer que eles sempre queiram ou possam responder ao nosso chamado. Independente da própria vontade, ou da permissão, que lhes pode ser recusada por uma potência superior, é possível se achem impedidos de o fazer, por motivos que nem sempre nos é dado conhecer. Queremos dizer que não há impedimento absoluto que se oponha às comunicações, salvo o que dentro em pouco diremos. Os obstáculos capazes de impedir que um Espírito se manifeste são quase sempre individuais e derivam das circunstâncias.

275. Entre as causas que podem impedir a manifestação de um Espírito, umas lhe são pessoais e outras, estranhas. Entre as primeiras, devem colocar-se as ocupações ou as missões que esteja desempenhando e das quais não pode afastar-se, para ceder aos nossos desejos. Neste caso, sua visita apenas fica adiada.

Há também a sua própria situação. Se bem que o estado de encarnação não constitua obstáculo absoluto, pode representar um impedimento, em certas ocasiões, sobretudo quando aquela se dá nos mundos inferiores e quando o próprio Espírito está pouco desmaterializado. Nos mundos superiores, naqueles em que os laços entre o Espírito e a matéria são muito fracos, a manifestação é quase tão fácil quanto no estado errante, mais fácil, em todo caso, do que nos mundos onde a matéria corpórea é mais compacta.

As causas estranhas residem principalmente na natureza do médium, na da pessoa que evoca, no meio em que se faz a evocação, enfim, no objetivo que se tem em vista. Alguns médiuns recebem mais particularmente comunicações de seus Espíritos familiares, que podem ser mais ou menos elevados; outros se mostram aptos a servir de intermediários a todos os Espíritos, dependendo isto da simpatia ou da antipatia, da atração ou da repulsão que o Espírito pessoal do médium exerce sobre o Espírito chamado, o qual pode tomá-lo por intérprete, com prazer, ou com repugnância.