quarta-feira, 30 de setembro de 2015

"O REINADO DA BESTA"


PERGUNTA: Gostaríamos que nos désseis melhores elementos para comprovarmos logicamente que se trata do instinto desregrado. Podeis fazê-lo?



RAMATÍS:  É um tanto estranhável a vossa pergunta, de vez que os vossos espíritos já se condicionaram de tal modo ao vocábulo "besta", como identificador do instinto animal, que considerais as mais baixas paixões e taras hereditárias como sendo consequentes da bestialidade humana. A "besta humana" tem sido o qualificativo máximo que aplicais aos autores de crimes monstruosos ou aos que demonstram perversidade sem propósitos justificáveis! Assim que o homem sentiu os primeiros bruxuleios da angelitude, que demarcou as fronteiras entre o animal e o espírito, escolheu a palavra "besta" para sinónimo de brutalidade. O profeta utilizasse ainda de outros vocábulos na sua revelação, empregando os de "dragão" ou de "serpente" como representativos das ações bestiais que se praticam no vosso mundo. A serpente — alusão ao espírito satanizado — quando no alegórico paraíso seduz Eva e a faz pecar, é o símbolo da sensualidade e dos indomáveis desejos do instinto inferior. Um dos importantes quadros alegóricos no hagiológio católico é o de São Jorge vencendo o dragão, ou seja a alma destemida e inspirada pelas energias superiores, a enfrentar o dragão do instinto inferior, que lhe vomita o fogo do desejo, e a lava da luxúria.

domingo, 27 de setembro de 2015

“Umbanda no solo dessa pátria chamada Brasil”.


PERGUNTA:  A Umbanda, enquanto expressão de religiosidade, como espiritualismo em que se pratica o intercâmbio mediúnico com desencarnados, só existe em solo brasileiro. Qual o motivo desse exclusivismo?



VOVÓ MARIA CONGA:  Essa situação é condizente com o carma coletivo do Brasil, pátria que abrigou em seu fértil solo grande parte dos espíritos ligados à Inquisição. Inquisidores vieram como escravos, e suas vítimas de outrora como" donos" da terra, como se retomassem a posse dos bens confiscados. Aliado a isso, o fato de a população indígena aqui presente, que também foi escravizada e "catequizada" pelo homem branco, juntamente com os ritos africanistas e a cultura católica dos colonizadores portugueses e espanhóis, e mais recentemente o Espiritismo provindo da França de Kardec, terem demarcado o sentimento de religiosidade dos brasileiros como se fosse uma grande colcha de retalhos.

sábado, 26 de setembro de 2015

Mas afinal, o que é felicidade?



Muitas são as definições sobre felicidade, cada um tem uma visão diferenciada, por isso falaremos despretensiosamente sobre o tema, no intuito de apresentar aqui, nossa humilde opinião, que é oriunda de reflexões pós traumáticas.
A verdadeira felicidade consiste em estar bem consigo mesmo e isso requer experiência no campo da reforma íntima. Todos nós erramos e o resultado desses erros são acúmulos de problemas das vidas pretéritas; culpa, medo, fobias, traumas, arrependimentos, solidão, depressões, baixa autoestima, sentimento de inferioridade, antipatias, ódios, inveja, recalques, etc.
Não é o outro quem nos fará feliz, mas nós mesmos. De que adianta o outro nos amar se nós não nos amamos? Milhares de pessoas pensam que ser feliz consiste em TER, mas nós acreditamos que SER é o mais importante.
A busca desenfreada pela felicidade artificial tem trazido para a humanidade prejuízos incalculáveis. Essa “felicidade” que é procurada do lado de fora de nós só ilude e maltrata, é fugaz e efêmera. Ficamos depois sós constatando tragicamente o vazio existencial que nos oprime a alma.  Ora, em quem vamos colocar a culpa por nossos fracassos pessoais? Tem quem jogue toda a responsabilidade para cima dessa nova geração do mundo competitivo e descartável... que respira tecnologia de ponta, veloz e egoísta que não sabe olhar para o menor necessitado, que não tem tempo para ajudar o oprimido e os menos favorecidos.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

O CURSO INICIÁTICO DE JESUS NA TERRA




PERGUNTA:  Como pôde Jesus assimilar tantos conhecimentos sobre o homem, sem um curso acadêmico ou disciplina filosófica do mundo, tão necessária para os mais abalisados pensadores?



RAMATÍS:   A humanidade profana ainda ignora o curso iniciático da vida de Jesus em que José de Arimatéia foi o seu cicerone dedicado e fiel. O jovem Jesus, além das intuições do muito que a sua própria alma já aprendera, rebuscou todos os movimentos espiritualistas e iniciáticos da época, na Judéia, e nações circunvizinhas; motivo porque a sua vida é cheia de hiatos e períodos desconhecidos dos seus mais fiéis biógrafos. Ele investigava e inquiria sobre todas as práticas da velha iniciação habitual na índia, no Egito e na Grécia, e seu espírito assimilava, com incrível rapidez, todo o conteúdo iniciático de cada escola. Descobria com facilidade as raízes fundamentais do ritualismo simbólico; e, embora jovem, os seus conceitos já valiam tanto quanto a palavra de muitos Mestres de sua época. Entre os essênios, ele se distinguia pelo profundo respeito a todos os credos e movimentos espiritualistas; a sua apreciação ao trabalho religioso no mundo era de absoluta universalidade. Os velhos anciãos dos santuários situados nas grutas dos montes Horeb, Carmelo, Moab e Tabor afirmavam que se tratava de um jovem destinado a alguma extraordinária e importante missão entre os homens. E opinavam que ele deveria entregar-se a uma tarefa de esclarecimento das multidões. No entanto, o jovem Jesus, quer pela sua humildade ou porque achava prematura qualquer decisão em tal sentido, preferia silenciar a respeito. Algumas vezes, quando se fazia maior a insistência dos mestres essênios, então respondia-lhes que "se for da vontade do Pai que está nos céus, Ele me indicará a hora de minha missão!" Não se considerava um ente superior nem o melhor de todos, mas apenas uma criatura incendida por um ideal que era incomum à maioria dos homens.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Passado no presente



Quase todo o presente é ligado a ações anteriores, só que se apresentam por reações, frutos dos quais nos amoldamos na conjuntura familiar e social, dentro da comunidade. Notam-se grandes dificuldades, no tocante a problemas individuais e, às vezes, coletivos, para que a solução estabeleça a paz. E não é outra coisa senão a força do passado cumprindo a lei da justiça ou seja, o carma, na sua valiosa função de nos educar. O livre arbítrio desaparece em determinados prismas, porque já foi usado anteriormente, sem que no presente possa interferir. 
É bom que na chamada livre escolha, meditemos com mais interesse, para atingirmos o espírito da letra. A sutilidade do livre arbítrio individual é grande demais para os estudantes ainda trôpegos na área da ciência do espírito, junto da lei. A vontade da alma, quando certa, alinha-se paralelamente à vontade de Deus. 
O Senhor já era consciente do que deveríamos fazer, para o nosso bem. Assim, a liberdade nossa é escolher o que realmente a lei nos indica, e toda escolha certa é fruto de grandes experiências, oferecidas a nós pela dor, problemas e sacrifícios.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

SEMEAR ALEGRIA


A alegria é conquista reservada somente aos homens, no distrito da Terra. Nos animais, ela se manifesta no seu princípio rudimentar, sem a beleza e o conforto que se expressa no coração humano.
A alegria é um dom grandioso, é uma semente de luz que Deus depositou nos sentimentos dos seres humanos, deixando meios para que Seus filhos dessem crescimento a essa virtude que tanto nos agrada. Vamos colocar a alegria como uma semente e fazê-la crescer na nossa lavoura interna.
A criatura que não faz uso da alegria está sujeita a ver a tristeza invadir seu peito e desfazer os mais renomados valores da vida. Esse bem-estar de que falamos está, de certa forma, ligado às coisas espirituais. Certamente que esse prazer é um dom marcadamente do espírito; no entanto, ele é crescente ao infinito, tem variados degraus para subir na sua escala interminável.
Estamos fazendo um esforço ingente para levar aos nossos irmãos encarnados alguns traços de iniciação nos tesouros da alma. A nossa maior intenção é que tu entres na senda do aprimoramento espiritual e que, pelo conhecimento, possas subir mais depressa pela rampa da vida, da vida perfeita, realizando o trabalho destinado a ti.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

CARMA INDIVIDUAL E COLETIVO




PERGUNTA - Poderíeis explicar-nos melhor essa questão de carma individual, de um povo, ou de um planeta?

RAMATÍS - Repetimos: há o carma do indivíduo e, depois, o carma da família, que se constitui na soma do ativo e passivo de todos os espíritos ali congregados para compor o grupo doméstico. Igualmente, há o carma de uma cidade, que compreende o carma dos membros de todas as famílias ali residentes. A soma do carma das cidades, então, é a do país, e a soma do carma de todos os países é o resultante do continente, até que a soma do carma de todos os continentes é a do próprio orbe. 

terça-feira, 15 de setembro de 2015

A NATUREZA DAS CULPAS OU PECADOS DE VIDAS ANTERIORES...




PERGUNTA: Poderíeis exemplificar-nos quanto à natureza das culpas ou pecados de vidas anteriores, que agrupam espíritos afins às provas semelhantes na mesma família?



RAMATÍS: Comumente, uma família, cujos membros sofrem acidentes ou se extinguem sob armas de fogo, às vezes de modo surpreendente, morrendo aparentemente sem culpa, atingidos por uma bala sem rumo, ou por examinar uma pistola ou fuzil, trata-se de um conjunto de espíritos em prova semelhante e provavelmente de ex-caçadores, que no passado divertiam-se em acabar com os pássaros nas florestas. Há o carma de vários componentes de um agrupamento familiar, e que coincidem de morrer de câncer. Isso constitui um enigma para a ciência profana, no entanto, são comparsas que operaram em desfavor do próximo por ações negativas de magia, maledicência, calúnias, prejuízos ou extrema inveja. Em outros eventos, verifica-se que os descendentes de certa família desencarnam por afogamento, cumprindo o carma de pirataria, quando lançavam ao mar os tripulantes dos barcos apreendidos. Outras vezes, pais infelizes curtem a desdita angustiosa de só gerarem filhos retardados, mongolóides, hidrocéfalos ou esquizofrênicos, ignorando que foram responsáveis pelo vício da cocaína, morfina ou ópio, nos espíritos dos seus próprios descendentes atuais.
Enquanto a Humanidade ignorar o conceito evangélico de que "a cada um será dado segundo as suas obras", jamais o homem alcançará a ventura de uma existência tranqüila.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Natureza da Mediunidade





Chama-se mediunidade, o conjunto de faculdades que permitem ao ser humano comunicar-se com o Mundo Invisível.
O médium desfruta, por antecipação, dos meios de percepção e de sensação que pertencem mais a vida do espirito que a do homem, por isso tem o privilegio de servir de traço de união entre eles.
Temos que ver nesse estado o resultado da lei de evolução e não um efeito regressivo, uma tara, como creem certos fisiologistas, que comparam os médiuns a histéricos e enfermos. Esse equivoco provem do fato de a grande sensibilidade e a impressionabilidade de certos médiuns provocar em seu organismo físico perturbações sensoriais e nervosas; mas esses casos são exceções, que seria errado generalizar, porque a maioria dos médiuns possui boa saúde e um perfeito equilíbrio mental.
Toda extensão das percepções da alma e uma preparação para uma vida mais ampla e mais elevada, uma saída aberta a um horizonte mais vasto. Sob este ponto de vista, as mediunidades, em conjunto, representam uma fase transitória entre a vida terrestre e a vida livre do espaço.
O primeiro fenômeno desse gênero, que chamou a atenção dos homens, foi o da visão. Por ela se revelaram, desde a origem dos tempos, a existência do mundo do Além e a intervenção, entre nos, das almas dos mortos. Estas manifestações, ao se repetirem, deram nascimento ao culto dos espíritos, ponto de partida e base de todas as religiões. Depois, as relações entre os habitantes da Terra e do Espaço se estabeleceram das mais diversas e variadas formas, que se foram desenvolvendo através dos tempos, sob diferentes nomes, mas todas partem de um único principio.
Por meio da mediunidade sempre existiu um laco entre ambos os mundos, uma via traçada pela qual a alma humana recebia revelações, gradualmente mais elevadas, acerca do bem e do dever, luzes cada vez mais vivas sobre seus destinos imortais.
Os grandes espíritos, por motivo de sua evolução, adquirem conhecimentos progressivamente mais amplos e se convertem em instrutores, em guias dos humanos cativos na matéria. A autoridade e o prestigio de seus ensinamentos ficam realçados ainda mais pelas profecias, pelas previsões que os precedem ou os acompanham.
Em outra parte estudamos, detalhadamente, os diferentes gêneros de mediunidade e os fenômenos que produzem.5
Então pode-se ver como se estabeleceu a comunicação dos vivos e dos mortos; como se constitui essa fronteira ideal onde as duas humanidades, uma visível e a outra invisível, entram em contato; como, graças a essa penetração, se estende e se esclarece nosso conhecimento da vida futura, a noção que possuímos das leis morais que a regem, com todas as suas consequências e suas sanções.
Por todos os procedimentos medi anímicos, os espíritos superiores se esforçam em trazer a alma humana das profundidades da matéria para as altas e sublimes verdades que regem o Universo, para que se revistam dos altos fins da vida e encarem a morte sem terror, para que aprendam a desprender-se dos bens passageiros da Terra e prefiram os bens imperecíveis do espírito.

sábado, 5 de setembro de 2015

Por que isso foi acontecer justamente comigo?





Era a pergunta que fazia, entre lágrimas, uma mãe desesperançada, ajoelhada aos pés da médium incorporada. Os cabelos desalinhados demonstravam pouco caso com o corpo físico, contrariando a mulher que fora algum tempo atrás, quando a vaidade era ponto preponderante em sua personalidade. Os anéis que enchiam seus dedos já não tinham o brilho da jóia cara, pois haviam perdido o valor que sempre dera e eles. Estava ali depois de ter passado por muitos lugares, mas em nenhum encontrara a resposta para aquela pergunta.
A dor terrível da perda ainda lhe corroia o coração. Fazia mais de dois anos que seu único filho havia desencarnado com apenas três anos de idade. Carregava com ela uma foto do principezinho de olhos azuis. Desde a perda, sentia corno se lhe tivessem arrancado um braço, deixando se esvair por ali parte de sua energia vital e todo o seu prazer pela vida.
A preta velha escutava pacientemente os lamentos daquela mãe, enquanto buscava, usando seu adestrado poder mental clarividente, realizar em outro nível, fora do plano físico, a transmutação das formas-pensamento plasmadas e vivificadas por aquele espírito em desequilíbrio.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

OBSESSORES DA ENERGIA VITAL


 
Armínia não quer se olhar, não deseja mudar-se, o mudar significar esforço e isso ela não quer! Ela não quer sair da zona de conforto, prefere entediar-se e culpar os outros pelo próprio fracasso que é sua existência atual.
A cada ano que passa se deixa envolver mais pelo desânimo, já que Deus não lhe deu o que tanto pediu.
A consciência não dói o suficiente para fazê-la levantar da cama e ir viver sua própria vida... que pena.
O melindre tomou conta a ponto de irritar-se profundamente com qualquer ruído de crítica construtiva.
A impaciência tomou o lugar da razão e ela não se constrange em fugir de qualquer assunto que mostre o quanto está apática e preguiçosa. Irrita-se com tudo, vive mal humorada e reclama da sorte, da vida, dos outros, de Deus...

terça-feira, 1 de setembro de 2015

BAIXA AUTOESTIMA




Todos sofremos de algum mal.
Sem a pretensão de parecermos certos, falaremos com simplicidade sobre este tema que assola milhares de almas pelo mundo, no intuito de refletirmos sobre nosso Eu.
Estamos a todo tempo fazendo uma avaliação sobre nós mesmos, positiva ou negativa e acontece automaticamente. Nos auto avaliamos, nos sentimos capazes ou não (autoconfiança), podemos estar satisfeitos ou não  com quem somos (autoimagem). Ainda nessa vertente, aprendemos desde cedo a analisar e julgar nossas capacidades, talentos, competências e conhecimentos, sempre nos comparando com o outro.
O mais recomendado é não seguirmos além de nossos limites o “padrão” tão exigido pela sociedade, mas sim buscarmos nos sentir na medida do possível satisfeitos com quem somos e com o que temos, é claro que sempre nos reciclando nos estudos atualizando-nos para a vida.  Infelizmente não é assim que a maioria de nós faz, pois desde pequeninos aprendemos com nossos familiares que para sermos aceitos dentro de um grupo social e até mesmo familiar devemos buscar meios e afinidades, deixando de lado o que gostamos e desejamos ser para transformarmo-nos no que querem que sejamos, ou seja, temos que criar um estereótipo que ganhe a aceitação e aprovação de quem amamos. O diferente quase nunca  é bem vindo.
Também aprendemos desde cedo que o feio é algo “ruim” e o belo é algo “bom” (padrões). Que ter é mais importante do que ser e que precisamos nos encaixar perfeitamente aos rigorosos padrões criados pelos outros senão seremos vítimas do preconceito, subjugados e ridicularizados.
Crianças obesas sofrem bullying em silêncio por fugirem do estereótipo.
Meninos muito magros são rejeitados pelas garotas porque fogem ao “padrão” de beleza masculino. Crianças com déficit de atenção com hiperatividade são normalmente encaradas como um problema nas escolas, são segregadas da turma, sofrem punições por parte dos professores, etc.
A opção sexual que foge aos conceitos de “normalidade” dentro de uma sociedade preconceituosa como a nossa, é posta em segundo plano com sérios prejuízos morais para os que são “diferentes”.
Os negros ainda são vistos como pessoas inferiores e incapazes.
Os obesos mórbidos, tão incompreendidos pela sociedade sofrem rejeições, são vítimas do escárnio e do preconceito públicos e a acessibilidade ainda é um projeto de gaveta.