Cabe distinguir que
a palavra Serenidade vem de uma abundância de virtudes vividas pelo santo, ou
seja, aquele que se santifica pela vivência de todas as qualidades ordenadas
por Jesus no Evangelho. Serenidade de consciência existe quando o ser humano ou
espiritual conquistou o celeiro do Amor e quando esse Amor faz parte integrante
da inteligência.
O Espírito dotado
da mansuetude permanente conheceu a verdade e, por ela, foi libertado dos
alinhavos da ignorância, predispondo o coração a grandes voos dentro do reino
da mente, com integração plena em todos os sentimentos da fraternidade. É nosso
dever buscar a brandura em todos os trabalhos empreendidos por nós e remover os
entulhos que nos dificultam a conquista da equidade.
Como é agradável
conversar com pessoas serenas, repletas de confiança em Deus e no que dizem,
seguras nas suas determinações, sem violentar consciências, mas expondo
caminhos valorosos para os que buscam a luz! Como é interessante
estar em companhia de irmãos que se mostram inalteráveis diante de todos os
assuntos, mesmo de problemas cruciantes por que a Humanidade passa e que eles,
por vezes, provam em seus caminhos, sem perderem o prazer de ajudar com os
valores espirituais do coração.
Meu filho, a
Serenidade é um talento que cresceu na área dos sentimentos e que assegura
outro tanto de virtudes inumeráveis a despertarem como soldados valentes na
legião do Bem. A suavidade no falar ajuda na aquisição de um ambiente
imperturbável em torno de quem fala, que agrada a quem ouve e que, certamente,
é transmitido aos que não puderam ouvir. Ela é vida que irradia vida sem
cessar. E se todas as qualidades nobres vêm de Deus, pelos canais de nossos
esforços, pedimos ao Senhor que nos ajude a conquistá-los.
Comecemos hoje, porque ao bom trabalhador não é negdo o seu salário. O Espírito desconhece os seus próprios valores. Ele é um
mundo cheio de talentos espirituais capazes de iluminar toda a constelação da
consciência. Para tanto, temos de sofrer várias cirurgias morais e o
especialista nesta arte de operar sem que encontremos outro para se lhe
igualar, somos nós mesmos. Sê médico da tua própria conduta, sê mestre das tuas
próprias necessidades. Sê tutor de ti mesmo, abre os braços para a eternidade e
dize: graças a Deus estou livre... porque conheci a mim mesmo... A bonança de
conhecimentos vem da libertação de todas as ignorâncias que antes empanavam
todas as nossas qualidades espirituais. Devemos compreender o valor da posição
dos outros ante as nossas e o respeito a todas as criaturas nos seus devidos
procedimentos.
Nós recebemos o que
doamos e refletimos aquilo que somos. Se alguém te fere com uma simples palavra
ainda não ficaste livre das enfermidades do orgulho e da vaidade, do egoísmo e
da vingança.
Aprende a discernir o que vem por trás das ofensas e as lições que
poderás receber delas. Se bem compreendidas, é Deus que Se faz presente e mais
visível em teu coração.
DO LIVRO: CIRURGIA MORAL – LANCELLIN/JOÃO NUNES MAIA – FONTE VIVA
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