Nesse texto queremos expor de forma respeitosa o tema espinhoso que é a vaidade,e é o que
faremos no tema proposto.
A finalidade é refletirmos sobre nossas mazelas e
imperfeições no campo da vida, principalmente entre médiuns e tarefeiros das
casas espiritualistas.
Sem a intenção da crítica antifraterna, desejamos levar aos
nossos leitores apenas o convite à reflexão, ao olhar voltado para nós mesmos.
A pergunta que os tarefeiros e médiuns jamais devem deixar de fazer: como tenho trabalhado
a minha vaidade ao longo dessa minha caminhada evolutiva?
Nas casas espiritualistas desde sempre nos deparamos com nossos
reflexos íntimos exteriorizados de diversas formas no dia-a-dia, no convívio
lado a lado com os companheiros de caminhada evolutiva, também conhecidos por
tarefeiros ou simplesmente médiuns.
Agimos e reagimos conforme somos estimulados. Sem que percebamos
muitas das vezes, nossas manias, costumes e atitudes estão em cada gesto ou
pensamento, no andar, no viver, em como nos comunicamos, etc. Não conseguimos
nos esconder por muito tempo do que somos de fato, não damos conta de disfarçar nossos maus hábitos, o mau
humor, a irritação por todo o tempo, mesmo porque, somos imperfeitos.
A vaidade, como tema central de nosso humilde texto irá
mostrar como somos infantis e como burlamos as ordens e orientações que nos são
dadas pelos nossos superiores hierárquicos do plano superior (mentores e guias)
sobre trabalharmos nossas imperfeições, afim de que possamos estar melhor
preparados para novas lições. A vaidade se expressa de formas muito
interessantes e variadas. Ela é o cálice
da ilusão e desvia-nos consideravelmente de nossa rota real, a evolução.
Os amigos leitores hão de concordar comigo que não existem
espíritos evoluídos e vaidosos ao mesmo tempo, ou um ou outro! Da mesma forma
que os vaidosos não conseguem
alcançar um nível de entendimento equilibrado, quando se deixam levar pelo
brilho falso das coisas.
Vamos pouco a pouco, alcançando o entendimento e aplicando em
nós o medicamento salutar que nada mais é do que o burilamento moral.
Todos falam e sabem da importância de se estudar e aplicar em
si os conhecimentos, afim de se despertar para uma realidade que envolve a
maioria de nós e que simplesmente negamos. A vaidade nua e crua.
O combate à vaidade é como se tivéssemos uma plantação de
muitos hectares e necessitássemos constantemente da aplicação de venenos para
combater as pragas, do bom cultivo das plantas, da vistoria insistente, de
arrancar as ervas daninhas saneando e ferindo a base de enxadadas a terra ao
redor. A plantação necessita de água, de adubos, de terra bem tratada, de mãos
firmes que vão arrancar as folhas velhas e recolher os frutos na época certa,
entre outros.
Assim precisamos agir com nosso ego que mascara e nega nossas
imperfeições, escondendo-se por de trás das desculpas esfarrapadas que damos
para nossos desvios.
Certa vez, numa casa espírita num bairro de Belo Horizonte, uma
respeitável tarefeira, responsável por organizar parte dos trabalhos daquele templo, soube que uma entidade “de luz”,
conhecida pela última encarnação em solo terreno como benfeitora e protetora
dos pobres, através de uma médium, informou que estaria ligada a esse templo
espírita para trabalhos no campo da caridade socorrista...
A agitação foi geral! Todos cheios de júbilo, de alegria e
mal contendo a vaidade aflorada por saberem que foram os “únicos escolhidos” para
um projeto caritativo, arquitetado pelo “Alto” para a construção em plano
físico do que seria mais uma obra de caridade voltada para os menos
favorecidos... A comoção foi geral! Um burburinho aqui outro ali...
A vaidade tomou conta das mentes em desequilíbrio, e se
deixaram envolver pelo brilho falso das coisas, como dito alhures. Tudo porque
um nome respeitável de uma criatura que fora famosa por sua humildade e bondade
na Terra e que já esteve entre nós, fora citado.
Claro! Para cada um de nós é especial quando somos vistos,
lembrados e citados pela espiritualidade do Alto, mas será? Será que uma
entidade que alcançou luz e conhecimento sabendo da nossa fraqueza infantil crônica, se apresentaria como tal? Duvido!
Apenas os vaidosos assim procedem! (espíritos galhofeiros,
obsessores, zombeteiros, etc.) Então podemos supor que espíritos desencarnados,
vaidosos se aproximaram de médiuns incautos para disseminar a ilusão, a vaidade
e, possivelmente a inveja! Os equilibrados irmãos já iluminados pelo
conhecimento e que estão despojados do corpo físico, sabem que revelar nomes
importantes no passado e que ainda ecoam fortes no presente é um sério perigo àqueles
que se deixam levar pela imagem, pelos nomes pomposos, que se engrandecem
diante dos outros irmãos como sendo os escolhidos entre os escolhidos...
(orgulho e vaidade) só porque são a ponte ou o elo que ligam esses nobres
irmãos ao plano físico...
Meus irmãos, os espíritos verdadeiramente humildes e
iluminados, fazem segredo sobre suas encarnações anteriores, quando sabem que
seus médiuns podem falir! Usam nomes “insignificantes” diante do brilho e da
fama dos nomes que fizeram parte da história de nosso planeta. Tudo isso para
nos ensinar a humildade e nos incentivar ao burilamento moral.
Eles são iluminados sim
e estão em constante contato conosco (anjo da guarda), mas todavia, ocultam-se por trás de nomes
próprios sem muita significância, tudo para que possam apenas serem ouvidos e que suas
mensagens sejam lidas e estudadas, aplicadas com amor! Eles sabem que somos
vaidosos e que ainda engatinhamos no campo do equilíbrio psíquico, estão
cientes que podemos cair, fracassar a qualquer momento, justamente porque ainda
não eliminamos de nossa alma as nódoas da imperfeição e por justamente sermos
ainda muito orgulhosos.
A vaidade faz um médium cair mais que o próprio sentimento de
ódio!
A vaidade faz com que fracassem os médiuns mais experientes.
A Vaidade cega aos poucos e corrompe os que se deixam levar
por ela sem o trabalho árduo e constante da auto transformação.
A Vaidade nos médiuns e trabalhadores das casas espíritas
abre portas para a obsessão espiritual.
A Vaidade afasta os bons espíritos de perto dos seus médiuns.
A vaidade seduz os que se julgam equilibrados, mas estão
distraídos de si mesmos.
A vaidade leva o médium a psicografar para espíritos galhofeiros
tão vaidosos quanto ele.
A Vaidade confunde-se com a falsa modéstia.
A Vaidade tira do foco o medianeiro comprometido, mas
incauto.
A vaidade contamina o
médium que passa a trilhar pelo caminho da dúvida.
A vaidade é prima da mentira.
O médium vaidoso não é humilde nem precavido.
O médium vaidoso não estudou
direito a doutrina espírita entre outros livros didáticos tão importantes
quanto.
O médium de psicografia vaidoso, é portador de falsas mensagens e médium de espíritos desequilibrados.
O tarefeiro dos templos espíritas que é vaidoso é mais um necessitado de orientação no campo do autoconhecimento.
O tarefeiro da casa espírita que é vaidoso, é como o ser orgulhoso que gaba-se e enche-se de
júbilo falso destoando dos demais na tarefa do amor com o Cristo.
O tarefeiro da casa espírita que é vaidoso, carrega consigo pesado
saco contendo o ouro de tolo!
O tarefeiro e o médium
humilde, são disciplinados e se autoconhecem. Estudam e
aplicam o conhecimento em si mesmos, se vigiam e sabem que são imperfeitos, por
isso mesmo são humildes e Desses irmãos
os bons espíritos se acercam, garantindo que a mensagem chegue a todo aquele que
tem sede de conhecimento e de paz!
Namastê!
Letícia E. Gonçalves
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