terça-feira, 15 de junho de 2021

A MÃO QUE BALANÇA O BERÇO PODE SER A MÃO DA MÃE COM TRANSTORNO DE PERSONALIDADE NARCISISTA!

 


Por Letícia Gonçalves

 Cuidado com suas palavras, com suas ações, com seus exemplos, pois se você é um (a) educador (a), se tem dentro de seu lar filhos biológicos ou adotados, preste bem atenção nos exemplos que dá e nas sementes que planta, elas crescerão e darão frutos para essa vida física e para a próxima. “O plantio é livre, mas a colheita é obrigatória!”

 

Esse singelo texto abordará o tema “mães narcisistas”, não pela ótica de um psicólogo ou analista, mas de forma despretensiosa pela ótica de quem tem certa experiência no tema. A ideia é ventilar um assunto delicado e difícil, mas recorrente em vários lares disfuncionais e, dentro do possível, nos solidarizar com os filhos que foram ou ainda são atuais vítimas dessas mães.

Para quem tem ou teve uma mãe equilibrada, carinhosa e que respeitou o espaço dos filhos é difícil compreender que há mães incapazes de amar, e de respeitar seus filhos.  E pior ainda, de que são capazes das mais atrozes ações para manipular, controlar, humilhar, diminuir e sabotá-los.

Existe pai com transtorno de personalidade narcisista, mas aqui abordaremos mais precisamente as características das genitoras porque é mais comum casos de mães que perseguem filhas.

Como sabemos a ligação entre mães e filhos é mais forte do que a dos filhos com os pais e há explicação plausível para isto, pois obviamente é a mulher quem gera, é quem amamenta e por isso naturalmente criam-se laços fortes quase que indestrutíveis com os filhos desde a gestação. Nos tempos atuais muitas mulheres trabalham fora de casa, ocupando posições de destaque nas empresas, atuando em várias funções e hoje em dia, muitas delas são chefes de família. Nesses casos por ficarem fora de casa muitas horas delegam “poderes” às babás e avós, na criação dos pequeninos enquanto está fora trabalhando, hoje em dia isso é perfeitamente aceitável, mas não podemos descartar que babás e avós são pessoas e podem também sofrer desse transtorno  (em alguns casos), tendo os traços da personalidade narcisista o que de forma alguma deve-se entender que isso seja regra geral, mas pode ocorrer em muitos casos.

O narcisismo é um transtorno e não é caracterizado como uma doença, mas como um jeito de ser. As pessoas têm filhos. Os psicopatas têm filhos, os sociopatas têm filhos, os narcisistas têm filhos, isso é natural... é da vida. Então, por exemplo, se um psicopata casa-se e tem filhos, será um pai psicopata. Se uma pessoa com transtornos de personalidade narcisista tiver filhos será pai ou mãe com esse transtorno, é muito simples! Entretanto, conviver com pais psicopatas ou narcisistas é muito difícil e acarreta enormes dificuldades e sofrimentos inimagináveis para esses filhos e para todos os que tiverem que conviver mais de perto com essas pessoas...

Afirmamos que a nossa intenção é a de mostrar algumas características da mãe com essa personalidade (transtorno), mas sem dúvida nenhuma, somente um profissional preparado pode realmente atestar com propriedade sobre esses casos, o mais importante a fazer é perceber no texto algumas das características, refletir, pesquisar mais em sites sérios, e buscar ajuda de profissionais competentes (especializados) que possam dar todo o suporte (psicólogo). 


Algumas características da mãe com transtorno de personalidade narcisista:

1.  A característica mais marcante da mãe narcisista é que ela não tem EMPATIA, é INCAPAZ de compreender a dor do outro, de se identificar com essa dor ou respeitar qualquer necessidade de seus filhos.

2.  Subestima a capacidade dos filhos e o mais interessante é que as filhas são muito mais atingidas (caso muito mais comum com filhas) do que os filhos homens, mas os filhos também sofrem com pais e mães assim.

3.  Arrogam-se de serem melhores que os outros, sentem-se superiores, acreditam estar sempre com a razão. Não admitem nunca estar erradas e quando questionadas caem no vitimismo.

4.  Há relatos de mães narcisistas violentas, agressivas, mas isso não é regra para todas as mães que sofrem desse transtorno, existem mães que não batem em seus filhos, mas deixam passar fome, fazem experiências (na infância do filho “bode expiatório”) que os levam ao sofrimento, ao desespero, ao medo, sem que eles consigam compreender o que se passa.

5.  Sabotam as filhas impedindo-as de seguirem com suas vidas ou de serem independentes, são controladoras, fazem chantagem emocional, algumas podem fingir doença, falsos desmaios só para fazer com que sua vítima sinta-se culpada.

 

6.  Falam mal do filho visado, costumam denigrir sua imagem perante os parentes e amigos mais próximos. Dentro do lar são “feras” frias e calculistas, perante a sociedade fazem-se passar por pessoas simpáticas, agradáveis e sociáveis, mães “amorosas”, são normalmente lá fora muito “encantadoras” e friamente conseguem disfarçar sua real personalidade.

 

7.  A mãe narcisista conhece a fundo os filhos, por isso usa contra eles as informações que tem para os humilhar, diminuir e traumatizar quando contrariadas. Revelam segredos para amigos e parentes numa tentativa  cruel de diminuí-lo e contam inverdades trazendo constrangimentos e inimizades para esses filhos.

 

8.  Se essa mãe tem mais de um filho, elegerá o “filho de ouro” e o filho que será o “bode expiatório”. O filho de ouro irá trata-lo bem, segundo seus interesses dedicando a ele seu pseudo amor. Fará  elogios e dará tratamento melhor e diferenciado, caso não seja contrariada. Por outro lado perseguirá cruelmente a filha (o) que ela elege como “bode expiatório”.

9.  Quando essa mãe não é confrontada, quando o filho vítima faz ou age exatamente de acordo com as expectativas dessa mãe, ela o subornará e o tratará “bem”, porque o que ela quer é ser o centro das atenções. Essa mãe narcisista quer sempre chamar atenção para si  e uma de suas características mais interessantes ou o que a revela uma mãe com transtorno de personalidade narcisista é a necessidade de  chamar a atenção para si.

10.     A mãe com transtorno de personalidade narcisista não assume nunca a responsabilidade, os erros cometidos e jamais dará aos filhos amor verdadeiro ou atenção de que realmente precisam se isto a ofuscar e jamais se responsabilizará pelo mal que causou a essa filha (o), ela sempre os acusará pelas próprias desditas e sempre se esquivará das críticas. A mãe narcisista nunca assumirá os próprios erros nem buscará ajuda de um psicólogo, já que se acha perfeita e não vê em si mesma nenhum problema, ao contrário, a mãe com esse transtorno acha-se a melhor mãe do mundo!

Mente muito! Para se safar de alguma situação que a coloque em cheque, falseia sem o menor pudor e arroga-se dos direitos e da autoridade de mãe punições e crueldades inomináveis para com suas vítimas.

 

11.     É capaz de jogar um filho contra o outro só pelo prazer de ver “o circo pegar fogo”. Não apoia o filho em suas decisões, não há incentivo, muitas vezes existem críticas, ofensas e xingamentos.  

O problema do narcisista é que sendo mãe ou pai ele não consegue enxergar seus erros, por isso se isenta de autocríticas, ou reformas íntimas justamente por não conseguir ver em si falhas.

É de suma importância  que fique bem claro que a maioria dos pais são protetores e generosos, são amorosos e bons instrutores para seus filhos. Há mães amorosas, cuidadosas com a educação da criança nutrindo-a com amor, respeito e com bons exemplos e educando-a dentro de excelentes padrões morais.

O transtorno de personalidade narcisista é um mal que assola milhares de mães em todo o planeta e a nossa cultura religiosa, infelizmente esmaga-nos com afirmações que nem sempre cabem a todos os pais e responsáveis, há uma falsa ideia de que pai e mãe são santos e que falar ou apontar o dedo para suas falhas e erros, abusos e maldades seja pecado ou ingratidão. No entanto, essa situação sempre existiu em todos os lares disfuncionais e em todas as épocas. Mas somente agora fala-se mais sobre esse delicado assunto separando-se dos pais amorosos e equilibrados àqueles que constituem famílias disfuncionais.

A sociedade nos ensina que toda mãe é sagrada e que devemos respeitar, honrar e acatar suas ordens. Não somos contra se respeitar os pais, mas até quando nos calar ou não sermos vistos como filhos de famílias que não deram certo, mais ainda, de pais e mães com transtornos de personalidade que despreparam para a vida milhares de seres humanos, que crescem cheios de traumas, sentindo-se inferiores, sem auto estima, sem amor, sem bons exemplos, etc.  Infelizmente nem sempre estamos cercados de mães cautelosas, amorosas ou preocupadas em educar com qualidade, mas de mães que vão sim, traumatizar seus filhos, espanca-los, assassina-los  e em muitos casos, tortura-los psicologicamente até que esse ser humano torne-se um cidadão infeliz, frustrado, irritadiço, desconfiado, com mania de perseguição, tímido, com dificuldades de aprendizado e com perturbações psíquicas de difícil solução.

É inegável que estamos diante de espíritos com os quais tivemos problemas em vidas passadas, nossos adversários e inimigos de outrora. Nada é por acaso  se hoje estamos vivenciado experiências difíceis com nossos entes é porque algo de errado  fizemos. Esses espíritos voltam como mães, pais, avós, tios, tias, irmãos, filhas (os), esposas, enfim, a constelação familiar com todas as cores fortes que marcam nossas vidas. Nada é por acaso!

O perdão e a auto cura, transformam e direcionam todas as almas para Deus.

 

Reflitamos

Namastê!


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