O pensamento é uma
manifestação de vida inteligente na criatura, visto que, na sua trajetória,
apresenta a mais elevada posição no que concerne â existência, na Terra e fora
dela. Pensar realmente é viver. As transmissões das ideias, de pessoas a nós e
de nós a elas, sáo atos divinos, estruturados pela natureza há milénios.
O corpo constitui uma
harpa de luz que o espírito afina tocando a mais bela canção, marcando notas
que, por vezes, extasiam até os santos e, acompanhando a música, segue-se a
mensagem de que a alma é portadora para a outra. A velocidade do pensamento é
relativa ao grau espiritual do emissor. Se a luz nos assusta com trezentos mil
quilómetros por segundo, o pensamento poderá atingir bilhões de quilómetros em
fração de segundos, dependendo da mente que o emitiu e ainda faz uma
transmissão de mensagem perfeita como se estivesse a um metro de
distância.
Quanto mais a alma
evolui, melhor encontrará recursos favoráveis para sua conversa à distância.
Eis por que o espírito superior esta sempre presente, onde quer que seja. Já
dizia o Mestre aos seus discípulos: "Onde se reunirem duas ou mais pessoas
em meu nome, aí estarei entre elas". Pois, quando nos reunimos em nome de
determinada pessoa, lembramo-nos dessa criatura e, ao nos lembrarmos, emitimos
ondas em direçâó a ela. O Cristo, com a Sua estrutura espiritual, haverá de
perceber essas ondas, que serão transmitidas com todo fervor, com toda a fé e,
de onde estiver, responderá com a Sua potente vontade, carregada de magnetismo
celestial, e quem estiver reunido em nome d'Ele sentirá a Sua magnânima
presença.
No entanto, para se
reunir em nome de Jesus, faz-se necessário sentir o que Ele ensinou, viver um
pouco do Evangelho, estruturar os pensamentos nos moldes dos conceitos
cristãos, porque, de outra forma, não entraremos em sintonia com amente do
Divino Amigo.
Os nossos pensamentos
consorciam-se com pensamentos idênticos, fazendo um todo que invade o nosso ser
e estimula mais força em nós, do mesmo quilate.
Pensar, realmente, é
viver, e pensar, com dignidade cristã, é viver feliz.
A força mental que
nós desprendemos em todas as direções são páginas escritas com letras sagradas,
que nos custaram muito trabalho e sacrifício. Não é justo que desperdicemos
essa oportunidade de pensar, por tanto tempo. É hora de darmos as mãos,
encarnados e desencarnados, convictos de que, no aprimoramento das nossas
ideias, seremos muito, mas muito mais felizes. Não mais se ajusta em nossos
pratos mentais a discórdia, pois ela entrava a amizade, retardando o crescimento
da fraternidade, árvore de luz que se apoia no coração. Não mais se ajusta em
nossa conduta a vingança, pois ela é um corrosivo que deixa o espírito estropiado
às margens do caminho, assistindo os de boa vontade passarem no carro luzente
do progresso. É conveniente assegurarmo-nos do perdão, associado ao amor, de
forma a embelezar a própria vida.
Busquemos trabalhar,
sem que o cansaço se apodere de nós, livrando-nos dos extremos, para que o
centro nos atraia e, com ele, firmemos compromissos em todos os rumos da vida.
Não queirais ser anjo de um dia para outro. O tempo é o roteiro indispensável
para andar-mos. Todavia, não confieis somente no tempo, sem ajustar seu esforço
ao dele.
Adestrai vosso
pensamento em todos os sentidos, começando como faz a professora, no primeiro
dia de aula, em relação às crianças, que pela primeira vez frequentam a escola:
bom ânimo, paciência e persistência. Lembrai-vos de que, de vez em quando, a
vossa natureza inferior revoltar-se-á com essa vossa disposição de melhorar.
Lutai com ela, que vencereis.
Falai aos outros com
carinho. Transmiti aos vossos colegas bom ânimo. Vibrai, nas horas em que vos
dispuserdes a isso, amor para toda a humanidade, e acostumai-vos a viver
alegre, em todas as circunstâncias, que, assim, ireis pensar para viver, e
viver para pensar, com a consciência tranquila de um cidadão universal.
Do Livro: “Horizontes da Mente” Miramez/João Nunes Maia –
Editora Fonte Viva.
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