PERGUNTA: Não há certa monotonia nessas
características físicas ou estados emotivos comuns a todos?
RAMATIS:
Essa monotonia é aparente, pois deixais de considerar os valores espirituais
que são profundamente opostos nos seres humanos. O mundo terreno já vos tem apresentado
criaturas xifópagas e quíntuplos gêmeos, cujo temperamento, intelecto e caráter
divergem bastante entre si, comprovando-se a existência de personalidades diferentes
e separadas por princípios ou ideias contrárias. Sem embargo da harmonia
física, a identidade geral dos marcianos no campo subjetivo cria-lhes estados
que vos parecem monótonos, mas, na realidade, eles vivem um mundo mais
vibrátil, mais intenso e rico de emoções, que vós não podeis avaliar tomando
como padrão as vossas paixões terrenas. Neles, as gamas de emotividade
espiritual superior multiplicam-se, afinam-lhes os recursos do intelecto e ampliam-lhes
todas as concepções cósmicas, tornando-os contemplativos e supersensíveis às emoções
estéticas. Seus estados psíquicos mais profundos encontram campo mais vasto
para a receptividade de emoções superiores, desconhecidas para vós e que os
tornam, individualmente, mais em intimidade com Deus.
A
monotonia emotiva a que vos referis é uma dedução afim às espécies inferiores e
não aos conjuntos ou humanidades evolvidas, como acontece em Marte. Se há um só
instinto ou emotividade nos cardumes ou nas alcateias, porque peixes e lobos
são espécies exclusivamente instintivas, já entre os cães, que são um grupo em
trânsito das fronteiras do instinto absoluto para as da sensibilidade psíquica,
verificais que começam a individualizar se, pois já sabem amar e morrer
heroicamente na defesa de seu dono. Assim, comparativamente, os recursos
emotivos e estéticos são mais apurados em Marte, e mais materializados na
Terra, porque estais mais próximos da inconsciência animal, dominados pelas
paixões inferiores que confundem grupos e raças.
PERGUNTA: Os marcianos são dotados de cabeleira e capilaridade idêntica às
dos habitantes da Terra?
RAMATIS:
Podeis obter ilações fáceis sobre esses detalhes, baseando-vos na
própria morfologia terrena, pois sabeis que o "primata", o hirsuto
habitante das cavernas, foi o ancestral peludo que deu origem aos tipos humanos
da atualidade. Depois, à medida que esse bruto
veio se refinando nas sucessivas gerações até à vossa civilização hodierna, ele
foi perdendo o seu aspecto, todo eriçado de pêlos. Por sua vez, a mulher, que
evolveu em sentimento mais rapidamente do que o homem, reduziu ainda mais cedo
o seu invólucro capilar, devido, justamente, à sua maior proximidade da figura
ou imagem angelical do futuro. Naturalmente que as modificações do meio,
tornando a Terra menos inóspita e de atmosfera mais saneada, também influíram
na quase extinção do espesso manto peludo. Igualmente, os vestuários, a
alimentação mais débil, a redução biológica da supra-renal que nutre os
capilares, atrofiaram ainda mais o crescimento dos pêlos no corpo. Por
conseguinte, é evidente que, à medida que o espírito da civilização avança, os corpos
se apuram em beleza e, naturalmente, a indumentária cabeluda dos seres tende a extinguir-se.
É fácil, então, compreender por que os marcianos são destituídos de excrescências
capilares e dotados de corpos cuja pele rivaliza com o aveludado das pétalas de
rosas. Seguindo, pois, a lei da genética espiritual, em que a figura admirável
do anjo, com seus cabelos soltos, poéticos e resplendentes, traduz beleza e
encanto sideral, também os marcianos cultivam a cabeleira como um ornamento de
estesia angélica. E sendo profundos conhecedores do metabolismo magnético que
regula o campo "químico-físico" do sistema endocrínico, isentaram seu
organismo das gorduras que sobrecarregam a circulação sanguínea dos terrícolas,
provocando-lhes os estados enfermiços de seborreia que lhes dá cabo dos
cabelos.
A
riqueza vital do sangue e a ausência de ingurgitamentos sebáceos no couro cabeludo,
tornaram os marcianos de tipo louro possuidores de cabelos semelhantes a fios
de seda dourada, translúcida; enquanto os amorenados apresentam cativantes
adornos de natureza aveludada. As expressões físicas dos marcianos já
estereotipam e denunciam os primeiros traços do futuro anjo das esferas
edênicas. Em suas fisionomias manifestam-se as primeiras expressões da
"criança divina"; e nos gestos os primeiros movimentos acolhedores dos
"gênios celestiais". O binômio "razão-sentimento" já se
revela em equilibrada sintonia.
Do livro: “A VIDA NO PLANETA
MARTE E OS DISCOS VOADORES” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.
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