segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

AS PESSOAS “TÓXICAS”




Esse texto tem o objetivo de conduzir-nos à reflexão sobre os nossos atos, as nossas ações e as nossas atitudes dentro de nosso lar e fora dele. Como nos comportamos e como somos vistos por nossos familiares? Será que somos amados ou detestados? Nos querem por perto ou preferem evitar nossa presença? Semeamos por onde passamos a alegria ou somos portadores das energias negativas ao extremo? O que somos e por que somos?
Essas e outras indagações serão tema de nosso modesto texto, no intuito sincero de fazer pensar e auxiliar aquele que lê, sem o julgamento antifraterno e a pretensão de estarmos certos ou de posse da verdade absoluta!

A pessoa tóxica é refratária a conselhos e a admoestações. Crê que é vítima do mundo e não de suas próprias ações. Vive a responsabilizar o tempo, a vida, o trânsito, o clima, os vizinhos, os parentes, o chefe, os colegas de trabalho e até a Deus, por sua infelicidade e “má sorte”.
Esse indivíduo prefere jogar nas costas dos outros a “culpa” por seus fracassos, do que encarar de frente a possibilidade de ser criatura falha como qualquer outra no mundo.
Dentro do lar quer ser o centro das atenções, é dominador e controlador e quando perde terreno, lança o doentio recurso da chantagem emocional.
Exige, mas quando é exigida não se submete.
Normalmente o mal humorado crônico, é aquele que vê a vida pela lente do pessimismo e enxerga as pessoas ao seu redor como prováveis inimigos. Totalmente oposto àquele que é suave no agir e no falar e sempre tem uma visão otimista e esperançosa do futuro.
Perseguem no âmbito familiar aqueles que o repelem. Exigem ser amados, mas não sabem o significado dessa palavra (amor) e tão pouco compreendem a dinâmica desse nobre sentimento.
A postura corporal é outro fator a se observar numa pessoa tóxica, anda olhando para baixo, ombros caídos e passos arrastados, olha para seus semelhantes de baixo para cima e não os consegue encarar nos olhos por muito tempo, principalmente quando o indivíduo com quem fala é altivo, alegre, inteligente, positivo e equilibrado.
Vestem-se com pouco capricho escolhendo cores que exteriorizarão o seu mundo interior conflituoso (normalmente cores pouco alegres, mais fechadas). Negligenciam os cuidados com o corpo (aparência, higiene), andam mal penteados e trazem estampadas na face as expressões de tristeza, sofrimento e raiva.
Nos históricos familiares são geralmente os mais difíceis de conviver, antipáticos, hostis e reclamões. São exímios chantagistas emocionais e manipuladores, mentem se for preciso para dar ênfase à suas causas particulares.
Os tóxicos de plantão são na verdade aqueles que se desviaram das oportunidades de melhoramento moral, no campo pessoal.
Tais oportunidades estão presentes no nosso cotidiano, nas relações familiares, marido e mulher, nas relações profissionais e em todas as que são enriquecedoras no campo da experiência.
Meus irmãos, conhecimento e experiência de vida ninguém pode nos tirar!
É no atrito diário das relações humanas que teremos a chance de ver-nos como somos e de observar o outro como ele realmente é. Nossas imperfeições, defeitos, problemas, traumas, manias, vícios, medos, serão na verdade sinalizados justamente nessas relações familiares, íntimas e profissionais e só nesse atrito constante que a vida nos oferece através dessas experiências íntimas e profissionais, é que podemos compreender o que precisa ser visto e revisto, analisado e trabalhado em nós positivamente, visando nosso crescimento e nossa educação no campo moral.
O amadurecimento só nos chega através das vicissitudes proporcionadas pelas experiências que temos no campo da vida. Ninguém consegue evoluir sem encarar suas fraquezas e, para isso, é preciso ser humilde, corajoso.
É preciso querer se auto conhecer!
O azedume, o mal humor, a irritação, a falta de paciência, as lamentações diárias, a raiva e o medo em excesso, são indicativos de que estamos sobrecarregados de energias mórbidas (negativismo).
Estas energias inferiores também são oriundas dos nossos pensamentos, da forma com que vemos os outros e a nós mesmos, portanto, se estamos internamente felizes, equilibrados psicologicamente e com a autoestima em alta, veremos o mundo pelas lentes do otimismo, mesmo quando tudo vai mal, ainda assim, iremos nos proporcionar um pensamento de alto teor vibratório que nos auxiliará a sermos fortes diante das vicissitudes e termos a corajosa capacidade de enfrentarmos e buscarmos meios inteligentes para resolver os problemas momentâneos.
Por que, meus caros irmãos de caminhada, sabemos das histórias de pessoas com todos os motivos para serem infelizes e as mesmas nos dão uma aula de otimismo e coragem diante do pesado fardo que carregam?
Por que muitos irmãos de caminhada depois de enfrentarem tragédias pessoais, partem para a “luta” adaptando-se às novas dificuldades e enormes desafios que se lhes surgem a frente, transformando positivamente o sofrimento em aprendizado de vida, redirecionando suas forças no forte desejo de evoluírem? Elas poderiam e teriam o justo direito de se lamentar pela má sorte que tiveram, teriam o direito de sofrerem a sua dor por mais tempo, justamente pela complexidade do problema que vivem ou pelo drama experimentado pelas enormes dificuldades enfrentadas, mas não! Preferem sair daquele estado de dor, buscando aperfeiçoarem-se e adaptarem-se o mais rápido possível à nova situação, experimentando um turbilhão de novos sentimentos e não menos complexos, no desejo de darem continuidade a suas vidas e aos seus projetos, fazendo isso com entusiasmo e com bom humor. Notem que pessoas que tem esse perfil não perdem tempo em meio a reclamações e revoltas, elas fazem uma escolha simples, mas profundamente transformadora, vivenciando desafios diários e adaptando-se de forma inteligente.
Já as pessoas tóxicas não vão sair do lugar até que seu sofrimento torne-se insuportável para elas. Mas até esse dia chegar vão persistir em suas opiniões ultrapassadas, preconceituosas e negativas. Irão continuar responsabilizando o outro por seus fracassos pessoais e  continuarão blindando-se em seu orgulho cego, esperando que alguém lhes tire do lamaceiro em que se meteram por sua própria vontade.
Ninguém pode ser culpado pelas escolhas dos outros ou pelo fracasso pessoal alheio!
A pessoa tóxica irá esperar que lhe “façam” feliz sem ao menos se dar conta de que a SUA FELICIDADE depende única e exclusivamente de suas escolhas pessoais.
A única forma de sairmos do atraso moral é olharmos para dentro de nós, fazermos a reforma íntima e nos educarmos em fontes seguras de conhecimento, buscando na religiosidade interna de cada um de nós, o Deus Vivo!
Reflitamos.
Namastê!
Letícia E. Gonçalves

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