Esse texto tem o
objetivo de conduzir-nos à reflexão sobre os nossos atos, as nossas ações e as
nossas atitudes dentro de nosso lar e fora dele. Como nos comportamos e como
somos vistos por nossos familiares? Será que somos amados ou detestados? Nos
querem por perto ou preferem evitar nossa presença? Semeamos por onde passamos
a alegria ou somos portadores das energias negativas ao extremo? O que somos e
por que somos?
Essas e outras
indagações serão tema de nosso modesto texto, no intuito sincero de fazer
pensar e auxiliar aquele que lê, sem o julgamento antifraterno e a pretensão de
estarmos certos ou de posse da verdade absoluta!
A pessoa tóxica é
refratária a conselhos e a admoestações. Crê que é vítima do mundo e não de
suas próprias ações. Vive a responsabilizar o tempo, a vida, o trânsito, o
clima, os vizinhos, os parentes, o chefe, os colegas de trabalho e até a Deus, por
sua infelicidade e “má sorte”.
Esse indivíduo prefere
jogar nas costas dos outros a “culpa” por seus fracassos, do que encarar de
frente a possibilidade de ser criatura falha como qualquer outra no mundo.
Dentro do lar quer
ser o centro das atenções, é dominador e controlador e quando perde terreno,
lança o doentio recurso da chantagem
emocional.
Exige, mas quando é
exigida não se submete.
Normalmente o mal
humorado crônico, é aquele que vê a vida pela lente do pessimismo e enxerga as
pessoas ao seu redor como prováveis inimigos. Totalmente oposto àquele que é
suave no agir e no falar e sempre tem uma visão otimista e esperançosa do
futuro.
Perseguem no âmbito familiar
aqueles que o repelem. Exigem ser
amados, mas não sabem o significado dessa palavra (amor) e tão pouco
compreendem a dinâmica desse nobre sentimento.
A postura corporal é
outro fator a se observar numa pessoa tóxica, anda olhando para baixo, ombros
caídos e passos arrastados, olha para seus semelhantes de baixo para cima e não
os consegue encarar nos olhos por muito tempo, principalmente quando o indivíduo
com quem fala é altivo, alegre, inteligente, positivo e equilibrado.
Vestem-se com pouco
capricho escolhendo cores que exteriorizarão o seu mundo interior conflituoso
(normalmente cores pouco alegres, mais fechadas). Negligenciam os cuidados com
o corpo (aparência, higiene), andam mal penteados e trazem estampadas na face
as expressões de tristeza, sofrimento e raiva.
Nos históricos
familiares são geralmente os mais difíceis de conviver, antipáticos, hostis e
reclamões. São exímios chantagistas emocionais e manipuladores, mentem se for
preciso para dar ênfase à suas causas particulares.
Os tóxicos de plantão
são na verdade aqueles que se desviaram das oportunidades de melhoramento
moral, no campo pessoal.
Tais oportunidades
estão presentes no nosso cotidiano, nas relações familiares, marido e mulher,
nas relações profissionais e em todas as que são enriquecedoras no campo da experiência.
Meus irmãos,
conhecimento e experiência de vida ninguém pode nos tirar!
É no atrito diário
das relações humanas que teremos a chance de ver-nos como somos e de observar o
outro como ele realmente é. Nossas imperfeições, defeitos, problemas, traumas,
manias, vícios, medos, serão na verdade sinalizados justamente nessas relações
familiares, íntimas e profissionais e só nesse atrito constante que a vida nos
oferece através dessas experiências íntimas e profissionais, é que podemos compreender
o que precisa ser visto e revisto, analisado e trabalhado em nós positivamente,
visando nosso crescimento e nossa educação no campo moral.
O amadurecimento só nos
chega através das vicissitudes proporcionadas pelas experiências que temos no
campo da vida. Ninguém consegue evoluir sem encarar suas fraquezas e, para isso,
é preciso ser humilde, corajoso.
É preciso querer se
auto conhecer!
O azedume, o mal
humor, a irritação, a falta de paciência, as lamentações diárias, a raiva e o
medo em excesso, são indicativos de que estamos sobrecarregados de energias mórbidas (negativismo).
Estas energias
inferiores também são oriundas dos nossos pensamentos, da forma com que vemos
os outros e a nós mesmos, portanto, se estamos internamente felizes, equilibrados
psicologicamente e com a autoestima em alta, veremos o mundo pelas lentes do
otimismo, mesmo quando tudo vai mal, ainda assim, iremos nos proporcionar um
pensamento de alto teor vibratório
que nos auxiliará a sermos fortes diante das vicissitudes e termos a corajosa capacidade
de enfrentarmos e buscarmos meios inteligentes para resolver os problemas
momentâneos.
Por que, meus caros
irmãos de caminhada, sabemos das histórias de pessoas com todos os motivos para
serem infelizes e as mesmas nos dão uma aula
de otimismo e coragem diante do pesado fardo que carregam?
Por que muitos irmãos
de caminhada depois de enfrentarem tragédias pessoais, partem para a “luta” adaptando-se às novas dificuldades
e enormes desafios que se lhes surgem a frente, transformando positivamente o
sofrimento em aprendizado de vida, redirecionando suas forças no forte desejo de
evoluírem? Elas poderiam e teriam o justo direito de se lamentar pela má sorte
que tiveram, teriam o direito de sofrerem a sua dor por mais tempo, justamente pela
complexidade do problema que vivem ou pelo drama experimentado pelas enormes
dificuldades enfrentadas, mas não! Preferem sair daquele estado de dor,
buscando aperfeiçoarem-se e adaptarem-se o mais rápido possível à nova situação,
experimentando um turbilhão de novos sentimentos e não menos complexos, no
desejo de darem continuidade a suas vidas e aos seus projetos, fazendo isso com
entusiasmo e com bom humor. Notem que pessoas que tem esse perfil não perdem
tempo em meio a reclamações e revoltas, elas fazem uma escolha simples, mas
profundamente transformadora, vivenciando desafios diários e adaptando-se de
forma inteligente.
Já as pessoas tóxicas
não vão sair do lugar até que seu sofrimento torne-se insuportável para elas.
Mas até esse dia chegar vão persistir em suas opiniões ultrapassadas, preconceituosas
e negativas. Irão continuar responsabilizando o outro por seus fracassos
pessoais e continuarão blindando-se em seu
orgulho cego, esperando que alguém lhes tire do lamaceiro em que se meteram por sua própria vontade.
Ninguém pode ser
culpado pelas escolhas dos outros ou pelo fracasso pessoal alheio!
A pessoa tóxica irá esperar
que lhe “façam” feliz sem ao menos se dar conta de que a SUA FELICIDADE depende
única e exclusivamente de suas escolhas pessoais.
A única forma de sairmos
do atraso moral é olharmos para dentro de nós, fazermos a reforma íntima e nos
educarmos em fontes seguras de conhecimento, buscando na religiosidade interna
de cada um de nós, o Deus Vivo!
Reflitamos.
Namastê!
Letícia E. Gonçalves
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