Pare de se fazer de vítima! Assuma quem você é, enfrente o mundo e seja você mesmo! As pessoas só vão respeitá-lo se perceberem a sua coragem e simplicidade no viver. O resto é seguir pedindo esmola por um pouco de atenção e de aceitação!
Aprendemos muitas
vezes a dissimular com nossos pais quando ainda somos pequenos e em muitos casos levamos isso para toda a vida,
mas irá depender de como fomos educados.
“A Grande Vítima”
é apenas um indicativo de que muitas
vezes escondemo-nos por de trás das máscaras do ego, a fim de não encararmos a
nós mesmos. Quando fugimos somos pegos em flagrante por nossa irmã consciência,
a culpa gerada no íntimo de cada consciência vai só acumulando. Mentimos,
negamos, inventamos desculpas, acusamos os outros por nossos erros, sabotamos...
Mas donde vem isso e
qual a origem em nossa história? Vem na
maioria das vezes da infância terrena, quando crianças por medo da repreensão
materna ou paterna, éramos “obrigados” a entregar o irmão bagunceiro para não
irmos para o castigo juntos. Ou em muitos casos, mentíamos num ato desesperado colocando
a nossa culpa no caçula visando escapar do castigo.
A grande maioria de
nós que assim agiu no passado se não fomos corrigidos a tempo, crescemos
aprendendo que mentir “poderia ser uma
saída” para escaparmos das punições de nossos pais. Entendiam os mais confusos
que dissimular para salvar a própria pele, poderia ser o gande pulo do gato, em
muitos casos. Manipular o pai, a mãe, os irmãos, os colegas da vizinhança, os
avós, no final nos dava uma sensação de “vantagem”.
Quando já adultos sem
abandonar essa mania, passamos muitas vezes a adotá-la nas pequeninas coisas do
nosso cotidiano no afã de escapar dos constrangimentos. Vamos adotando frases
que levam o outro a imaginar o o falso e nos tornamos bons atores com o passar
do tempo. Lamentavelmente, de acordo com
a necessidade de fugir da realidade sobre nós mesmos nem percebemos que
adoecemos moralmente, fugindo do enfrentamento e em muitos outros casos (mais
graves) da realidade.
Não
fui eu! Não foi bem assim... Eu posso explicar... Eu nunca minto!
Se tudo em nossa vida
fossem as pequeninas e “inocentes” mentiras, estaria tudo ótimo! Entretanto, fazemo-nos de vítimas
do mundo para que tenham por nós compaixão. Na maioria das vezes que assim agimos, desejamos mesmo
é nos livrar do lixo que produzimos e culpar o outro para aplicar-lhe uma falsa
lição. Desejamos fugir das nossas responsabilidades da forma mais infantil possível,
mas essa é uma estratégia pobre que um dia cai por si só.
Mas o que realmente
pensamos sobre os companheiros de caminhada que assim procedem? E o que
pensamos de nós mesmos?
Em muitos casos
passamos a perceber a fraqueza, o medo e a Incapacidade de assumirmos a própria
culpa.
Sem os julgamentos
antifraternos é preciso afirmar que as vítimas do mundo tornam-se pessoas
fracas. Passam a vida defendendo-se de tudo, deixando de assumir seus erros e,
lamentavelmente, criam uma péssima impressão.
Quando agimos assim,
falhamos no caráter, é preciso queiramos enfrentar a nós mesmos e para tanto é
sempre bom começarmos a rever conceitos...
Aqui na Terra não há
um só homem ou mulher que seja perfeito! Sendo assim, todos falhamos e é
admitindo nossos deslizes no campo das experiências humanas, que aprendemos a
contabilizar as faltas para corrigi-las.
O ato de assumir um
erro é sinal de maturidade espiritual e quem erra só o faz porque está
interagindo com a vida, quem precipita-se ao chão só o faz porque estava em
movimento! Não faz o menor sentido escondermo-nos de nós mesmos, pois o crescimento só acontece através
das ásperas experiências e o fracasso também faz parte.
As pessoas que detectam
em nós essa falha moral, muitas vezes esperam que tenhamos mais coragem.
O respeito e a
admiração nascem muitas vezes da constatação de que o outro falhou, mas com
naturalidade corrigiu-se. O que nos causa admiração nas pessoas de nosso
convívio muitas vezes, é a capacidade que elas têm de superar-se, de
mostrarem-se frágeis sem sentir por isso vergonha, já que a fragilidade é comum
na criatura humana.
E como não paramos de
evoluir e de caminhar pela estrada que conduz à evolução, necessária é a auto
correção.
Para quem acredita em
reencarnação, é muito importante nos conhecer cada vez mais e desenvolver em
nós humildade. Nas estradas da vida, quem não tem humildade passa por muitas
dificuldades.
Namastê!
Letícia E. Gonçalves
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