quarta-feira, 31 de maio de 2017

A ADOLESCÊNCIA

O desafio da adolescência, como em todos os estágios do crescimento, é encontrar o eu e permanecer-lhe fiel por todo o caos das mudanças físicas e emocionais, doces anseios e dolorosas rejeições.
À proporção que a criança se aproxima da puberdade, vastas mudanças começam a verificar-se em todo o corpo e no campo de energia circundante. Acrescenta-se mais verde à aura e ao espaço particular do individuo, que se impregna das vibrações dos amigos. À medida que se abre o chakra do coração para novos níveis de sentimentos, e o aurorescer de Eros e do amor emerge das profundezas da psique, a bela cor-de-rosa enche o campo. Ativa-se a pituitária (o chakra do terceiro olho), e o corpo começa a amadurecer para chegar ao corpo do adulto. Todos os chakras sofrem o influxo dessas mudanças.
As novas vibrações superiores são, por vezes, aceitas com entusiasmo pelo indivíduo e, outras vezes, detestadas por trazerem consigo novos anseios e nova vulnerabilidade, que o indivíduo ainda não experimentou. Às vezes, todo o campo se arrebenta e os chakras se desequilibram totalmente, ao passo que, em outras ocasiões, tudo flui na maior harmonia. Assim sendo, o indivíduo passa por grandes mudanças da realidade emocional, e seus atos expressam essa confusão. Num momento ele é criança e, no momento seguinte, adulto.
O indivíduo repete agora todas as fases de crescimento que experimentou, mas com uma diferença. As três primeiras envolviam o eu como centro do universo. Era eu, papai, mamãe, meus amigos, etc. Agora é um relacionamento eu-tu. O “eu” não existe sozinho e o bem-estar do “eu” depende de ajustamentos apropriados ao “não-eu". Isso é causado, em parte, pelo fato de já não “possuir” o indivíduo o objeto do amor, como o possuía no caso dos pais ou dos brinquedos. Seu bem-estar depende de uma equilibração de seus atos a fim de ‘‘convencer" o ser amado a amá lo ou, pelo menos, assim acredita ele. Isso faz pressão sobre a psique, levando-o a oscilar entre quem ele pensa que é e quem ele pensa que deve ser (de acordo com o que imagina que ela quer que ele seja, e vice-versa). claro que o mesmo já ocorria com os pais, mas é trazido à superfície porque, a qualquer momento, o ser amado pode escolher outro, e amiúde o faz, publicamente.


DO LIVRO: "MÃOS DE LUZ" BARBARA ANN BRENNAN - PENSAMENTO

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