Direitos todos temos, no pentagrama das nossas existências. Em
confronto com o que existe à nossa retaguarda, somos privilegiados pelas
conquistas que o tempo nos premiou na ascensão da vida. Porém, não podemos nos
esquecer dos deveres a cumprir diante dos outros, que viajam conosco no mesmo
comboio planetário. Compete a nós respeitar os que nos ajudam a viver, para que
o próprio respeito nos garanta a tranquilidade. Temos competência de fazer o
que desejarmos que seja feito. No entanto, podemos assumir com isso dívidas
para com os nossos irmãos, se os nossos feitos não compartilharem com a
harmonia da criação.
O nosso direito é ser honesto e o nosso dever é respeitar a vida
que o semelhante leva, de modo que o tempo seja gasto somente na educação que
nos compete adquirir.
O nosso direito é a honra onde quer que andemos e o nosso dever é
o encargo de trabalhar em silêncio nos moldes do exemplo, para ajudar quem
ainda não percebeu os valores das virtudes espirituais. O nosso direito é nos
interessar pelo autoaprimoramento e a nossa incumbência é trabalhar
constantemente pela paz de todas as criaturas de Deus.
A condição nossa, de Espírito que já despertou para a luz, é o
imperativo sagrado de ajudar a quem quer que seja, sem exigências descabidas,
que possam nos levar ao orgulho e à vaidade. Autoridade devemos ter, e é justo
que a exercitemos nos domínios das nossas emoções inferiores, porque, aí, a
nossa missão se engrandece diante de todas as criaturas que vivem conosco.
Alistemo-nos no exército da salvação de nós mesmos, e entremos na lição. Vamos
lutar! Essa é uma guerra e não podemos fugir dos objetivos a que nos
propusemos.
É uma conquista altamente valiosa, a conquista de nós mesmos.
Estamos enfermos e tão enfermos, que somente a cirurgia
pode nos aliviar, a cirurgia moral. O terapeuta, quando chega às portas da
perfeição, trata somente dele mesmo, porque só ele se conhece bem, e sabe,
depois de Deus, os meios corretos da cura completa. Só ele mesmo conhece os segredos
da sua própria natureza e aplica os medicamentos correspondentes às suas
necessidades.
Meu irmão, já analisaste todos os dias, se respeitas os direitos
alheios, pelos pensamentos, palavras e ações? Se não, faze isso e começa a
trabalhar dentro de ti mesmo.
Planta e cuida da terra, que o crescimento pertence ao Senhor, que
nunca faltará com o Seu amor e a Sua bondade. A prerrogativa de todos os seres
é viver bem consigo mesmo.
Entretanto, temos grandes atribuições para com o próximo, que não
pode sofrer com custo para a nossa felicidade. Vigia a tua palavra, pois ela,
sem a devida harmonia, incomoda quem te ouve e desinquieta quem te acompanha.
Somos responsáveis pelo que somos e fazemos. Recebemos de volta o
que damos em todas as dimensões da vida. O comportamento da alma pode ser luz
ou treva nos teus próprios caminhos. Em tudo o que fizeres, lembra-te desta
palavra: Respeito? Que os teus direitos serão resguardados pela lei, que nada
esquece.
Lancellin – “Cirurgia Moral” Fonte Viva.
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