A forma como nos vemos por dentro, enxergamos o mundo a nossa
volta. Se crescemos seguros, nos sentindo amados, se somos incentivados pelos
nossos pais desde crianças a sermos independentes e felizes, vemos o mundo por um prisma positivo.
As pessoas que não se gostam, que sofrem com baixa
autoestima, não têm condições de ver o mundo ou o seu semelhante com bons
olhos, pois se não se amam como amar o seu próximo? Se não confiam em si mesmo,
como confiar em seu semelhante? Se não se dão valor como valorizarão os que estão a sua volta?
Na umbanda, os guias espirituais sabem que os problemas
nossos de cada dia, estão ligados com a forma que lidamos com os outros. Os
pretos velhos, por exemplo, são exímios psicólogos e conselheiros, sabem
exatamente onde tocar, como falar... Estão cansados de saber que nós, quando
adentramos estas casas de caridade e amor ao próximo, vamos na maioria dos
casos pela dor e não por amor. São os problemas em casa com os cônjuges, filhos,
pais, irmãos, vizinhos, colegas de trabalho, etc. Sabemos que as doenças são a
manifestação de energias mórbidas em nossa alma, elas são drenadas para o corpo
físico e assim vamos vivenciando nosso carma, enquanto nos “limpamos” através
da dor e lembrando que Deus não quer ver nenhum de seus filhos no sofrimento,
somos nós espíritos infantis que mergulhados no egoísmo, filho da ignorância,
nos submetemos a isso.
Caminhos escolhidos, pé na estrada! Nossa bagagem moral nos
acompanha e a cada “oportunidade” como encarnados, reagimos de acordo com nossa
evolução espiritual, isto é, se mais adiantados e educados saberemos driblar os
obstáculos e tudo o que não nos fará bem e se menos adiantados, corremos o
risco de recair no erro, mas isso dependerá de um fator especial e importantíssimo,
NOSSO DISCERNIMENTO, se o tivermos muito bom, se não...
Pessoas negativas olham para o mundo com desconfiança, têm medo de arriscar, não
confiam no outro. Pessoas medrosas ao extremo não arriscam, permanecem no mesmo
lugar por anos, são inseguras por natureza e temem o futuro.
Pessoas com baixa autoestima não conseguem amar, vivem uma
ilusão apenas, pois como dissemos alhures, como pode alguém que não se ama,
amar o outro?
O olhar sobre si mesmo é importante, pois nos faz ver o que
somos, se não gostamos do que vemos ou se a convivência consigo mesmo é
frustrada, o melhor é procurar ajuda de um profissional da saúde (sério),
porque a vida, esta que vivemos agora é a grande oportunidade para superarmos as
nossas fraquezas, medos, traumas, etc. Ela é feita de estágios (encarnações) e em
cada um estaremos mais evoluídos (ou ainda estacionados), o que importa é que
precisamos resolver “as nossas encrencas”
como diz o médico e espiritualista Alberto Almeida.
O nosso olhar para o outro e para o mundo ao nosso redor não
pode ser bom quando não nos sentimos felizes, seguros, amados, competentes,
equilibrados e destemidos. Esses fatores são indispensáveis para uma vida
produtiva, mesmo com seus altos e baixos.
Nenhum centro espírita pode fazer por nós o que é da
nossa obrigação, as entidades não podem caminhar com nossas pernas, não existe
mágica o que existe é bom senso e vontade de mudar.
Axé!
Letícia Gonçalves
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