A alegria sustenta o
bem-estar físico e propõe um entusiasmo na mesma dinâmica. Não obstante, carece
de ser purificada dia a dia, para não nos trazer aborrecimentos. Ela converge
de pontos sensíveis, de alta sintonia com coisas e fatos que apreciamos. A
temática da nossa conversa será júbilo cristão, se nos esforçarmos para que ele
floresça com toda a sua gama de bem-estar no coração dos homens. A satisfação
natural e pura nasce na alma, sob as mesmas leis da lavoura no mundo.
A semente tem de ser
entregue à terra fértil e tratada nos momentos adequados. A irrigação requer
cuidados permanentes da vigilância, companheira inseparável. Assim, os bons
pensamentos somente despontam nos horizontes da mente, no regime de grandes
esforços e ingentes sacrifícios, porém, compensam o trabalho de saneamento,
pois luta nenhuma, principalmente no bem, ficará em vão. A natureza nos
responderá com as qualidades de frutas inerentes às sementes que plantamos,
obedecendo à lei da justiça.
O amor é como um
presente de Deus às criaturas, é uma luz inextinguível que interliga todos os
espíritos, senão mundos e fluidos em um cântico de alegria. A mente é a matriz que
dá forma aos sentimentos em um plano mais rarefeito. Depois, a razão aprovará
ou não as ideias que deverão ser executadas, materializadas no mundo das formas
concretas. As que não são aprovadas pelo senso são jogadas em
canais excretores, ou marginalizadas em alguma área mental desprevenida.
esperando oportunidades de ressurgir. Foi nesses termos que Jesus aconselhou
seus discípulos a orar. mas que também não se esquecessem de vigiar.
O homem inteligente,
na expressão reta da palavra, mesmo que cometa alguns enganos, ou que seja
influenciado por sugestões inferiores, incompatíveis com o ambiente evangélico,
nunca deixa de se esforçar para sair dessas amarras da ignorância, pois é
nesses impulsos santos que lhe vem a ajuda dos benfeitores maiores. A mente é
uma caneta divina, com substâncias superiores em um automatismo sem
precedentes, regida pela alma, que escreve, sem cessar, no livro da
consciência. Se escrevemos coisas fora da lei, somente a borracha, talvez de
milénios, tem o poder mágico de limpar.
O aprazimento puro do
espírito depende da sua conexão com as normas do Criador, pois não existe
alegria verdadeira sem paz na consciência. Não podemos enflorar ninguém com os
dignos ideais, se não harmonizarmos, primeiramente, nossos sentimentos e obras.
A educação da mente é a nota chave que devemos tirar na harpa do instrumento
sagrado. Ainda poderemos comparar nossos sentimentos a potros bravios que devem
ser adestrados, e o trabalho é nosso.
O valor da alegria,
digna de ser chamada deste nome, é desconhecido ainda pelos homens. É o melhor
medicamento para todas as enfermidades, é a melhor companheira dos sofredores,
é uma grande solução para todos os problemas, pois ela aciona recursos onde
quer que seja, para tudo que nos possa ser útil, até mesmo em dimensões
espirituais que não percebemos. E como adquiri-la? É aí que estamos tentando
ajudar-vos. Nada no mundo nos é dado sem esforço próprio, e todo trabalho tem
seu correspondente. Esse estado de alma é adquirido.
Plantai-o bem em
todas as direções em que andais, porque de todas partem ramificações de alegria
que, algum dia, se tornarão em um todo nucleado as qualidades requeridas pela
vida direcionadas para a felicidade.
Concentrai-vos na
alegria quando estiverdes falando a alguém. Vibrai na alegria quando estiverdes
lendo coisas educativas para os outros. Pensai com alegria na saúde dos que
sofrem, que ela, essa companheira celestial, começará a fazer parte da vossa
vida.
Do livro: Horizontes Da Mente – Miramez/João Nunes Maia –
Fonte Viva.
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