Os maus pensamentos
demonstram desequilíbrio psíquico, senão processos dolorosos da evolução da
alma. pois assim como o progresso do espírito é norma irretorquível de Deus,
também atinge a área biológica, para que o instrumento carnal se afine em
escalada maior e redunde em harmonia com a chispa divina. A enfermidade mais
comum, na atualidade, constatará a verdade de que o sistema nervoso está
passando por desequilíbrios inenarráveis, cujas causas a própria medicina
desconhece, tanto que se esforça para aliviar os sofredores, atacando os efeitos,
por desconhecer as origens em que se fundamentam os processos evolutivos das
criaturas.
As doenças de fundo
nervoso, com o passar dos anos, dotam a criatura de maior sensibilidade. De
certo modo, são valores físicos a entrarem no campo da hereditariedade; e a
geração do terceiro milénio, por conquista, já recebe, como bênção de Deus, um
corpo de alta sensibilidade, de sorte a servir-lhe, com mais eficiência, no
desempenho de altas funções espirituais. Pensamentos fixos são como fogo
purificador, levando as condições mentais para alta temperatura, de modo a
refratar o espírito contra quaisquer investidas do meio" ambiente do
futuro, porquanto é sofrendo que nós outros armazenamos
experiências na
profundidade da vida, desde quando a dor surja sem a nossa participação direta,
direcionada pelo tempo e configurada com as leis imortais do Criador.
A inércia da alma
desfigura, por sua vez, a sensibilidade mental, incapacitando-a de circular
todos os pensamentos em favor do seu equilíbrio. E estes, como estantes, se
ajustam na tela mental, perturbando parte da consciência, para que a razão
busque, mesmo na inconsciência, os meios indispensáveis - sem levar em conta o
tempo - para a verdadeira saúde.
Todas as enfermidades
são meios e recursos da natureza para elevar as almas mais além, tanto quanto
os outros reinos, em todas as escalas da criação. Ninguém sobe sem sacrifício,
nem sorri antes de chorar. Tudo isso passamos até aprendermos a amar uns aos
outros, porque o amor está inconexo com o ódio e o egoísmo, pairando acima das
nossas inferioridades. É certo que o bem depende de sucessivas fixações de
todas as virtudes na consciência profunda. No entanto, essa escrita em nós
mesmos, somente traz a felicidade, ao passo que, ao contrário, a influência do
meio ambiente inferior programa condições para pensamentos fixos corrosivos e
fornece fluidos adequados para dormentes ideias, que desajustam a oficina da
mente.
O regime de urgência
da nossa parte é lutar. Mas nunca devemos fazê-lo sem condições apropriadas de
enfrentar os inimigos internos que, por vezes, dominam grande região dos nossos
sentimentos. E essa batalha começa na mente.
Montemos o nosso
quartel-general nesta imensa planura onde floresce o joio com abundância e
cultivemos o trigo sem desânimo, que o tempo nos mostrará o quanto vale o
esforço próprio. Comecemos logo a valorizar as mínimas coisas agradáveis;
empenhemo-nos, com interesse, no bem-estar das criaturas, sem exigências,
favorecendo, no que pudermos, a cultura dos semelhantes e a educação das
pessoas.
Nas conversações que
tivermos diariamente, policiemos os pensamentos, para não escaparem alguns que
possam aborrecer os companheiros. Alegremos o ambiente em que tomarmos parte
com o humorismo sadio e proporcionemos, dentro das nossas forças, oportunidades
de trabalho aos irmãos que nos procuram. Não deixemos que ninguém volte vazio
de esperanças na confiança que depositaram em nossos corações. Introjetemos, em
nós, a fixação de servir como instrumento de Deus para o bem de toda a
humanidade e ocupemo-nos de fixar, em nossos corações, o amor cada vez mais
puro, pois ele é o solo que nos alimenta do grande suprimento da vida: Deus.
Do livro: Horizontes Da Mente – Miramez/João Nunes Maia –
Fonte Viva.
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