segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Amigo e servo




“Ninguém pode servir a dois senhores” Jesus (Mateus. 6: 24)
“Difunde, em torno de ti, com os socorros materiais, o amor de Deus, o amor do trabalho a amor do próximo. Coloca tuas riquezas sobre uma base que nunca lhes faltar á e que te trará grandes lucros: a das boas obras.” (Cap. 16; Item 11)


Consulta o dinheiro que encostaste por disponível e analisa-lhe a história por um instante!
É provável tenha passado pelos suplícios ocultos de um homem doente que se empenhou a gastá lo em medidas que não lhe aplacaram os sofrimentos; terá rolado em telheiros, onde mães desvalidas lhe disputaram a posse, nos encargos de servidão; na rua, foi visto por crianças menos felizes que o desejaram, em vão, pensando no estômago dolorido; e conquistado, talvez, por magro lavrador nas fadigas do campo, visitou lhe apressadamente a casa, sem resolver-lhe os problemas...
Entretanto, não teve o longo itinerário somente nisso. Certamente, foi compelido a escorar o ócio das pessoas inexperientes que desertaram da atividade, descendo aos sorvedouros da obsessão; custeou o artifício que impeliu alguém para a voragem de terríveis enganos; gratificou os entorpecentes que aniquilam existências preciosas; e remunerou o álcool que anestesia consciências respeitáveis, internando-as no crime.
Que farias de um lidador prestimoso, que te batesse à porta, solicitando emprego digno? De um cooperador humilhado por alheios abusos, que te rogasse conselho, a fim de reajustar-se e servir?
O dinheiro de sobra, que nada tem a ver com tuas necessidades reais, é esse colaborador que te procura pedindo orientação.
Não lhe congeles as possibilidades no frio da avareza, nem lhe esconda as energias no labirinto do monopólio.
Acata lhe a força e enobrece lhe os movimentos, na esfera de obrigações que o mundo te assinalou.
Hoje mesmo, ele pode obter, com teu patrocínio a autoridade moral do trabalho para o companheiro, impropriamente julgado inútil; o revigoramento do lar que a privação asfixia; o livro edificante que clareie as trilhas dos que se transviam sem apoio espiritual o alento aos enfermos desprotegidos; ou a tranquilidade para irmãos atenazados pelos aguilhões da penúria que, freqüentemente, lhes impõem o desequilíbrio ou a morte, antes mesmo de serem amparados no giro da mendicância.

Dinheiro de sobra é o amigo e servo que a Divina Providência te envia para substituir-te a presença, onde as tuas mãos, muitas vezes, não conseguiram chegar. Sim, é possível que, amanhã, outras criaturas venham a escravizá-lo sob intenções inferiores, mas ninguém apagará o clarão que acendeste com ele para a felicidade do próximo, porque, segundo as leis inderrogáveis que governam a vida, o bem que fizeste aos outros a ti mesmo fizeste. sem apoio espiritual o alento aos enfermos desprotegidos; ou a tranqüilidade para irmãos atenazados pelos aguilhões da penúria que, frequentemente, lhes impõem o desequilíbrio ou a morte, antes mesmo de serem amparados no giro da mendicância.
Dinheiro de sobra é o amigo e servo que a Divina Providência te envia para substituir-te a presença, onde as tuas mãos, muitas vezes, não conseguiram chegar. Sim, é possível que, amanhã, outras criaturas venham a escravizá-lo sob intenções inferiores, mas ninguém apagará o clarão que acendeste com ele para a felicidade do próximo, porque, segundo as leis inderrogáveis que governam a vida, o bem que fizeste aos outros a ti mesmo fizeste.

EMMANUEL – O LIVRO DA ESPERANÇA

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