No estudo da psique
humana, eram bastante utilizados, como símbolos, os quatro elementos da
natureza: a terra, o ar, o fogo e a água, que eram tomados por base e colocados
em contraposição dualista, como forma de entendimento da alma e como introdução
ao conhecimento ocultista das formas energéticas da natureza, ou elementais.
A
terra simbolizava o homem racional, previsível e "pé no chão", em
comparação com o ar, o homem filosófico, contemplativo e algo melancólico. O
fogo, significando as paixões, os desejos ardentes e a exigência de satisfação
imediata, em oposição à água, a serenidade, o domínio de si e a sensibilidade
do feminino.
Esta é apenas uma pálida idéia dos ensinamentos esotéricos, que,
na verdade, eram muito mais profundos e demandavam tempo para sua assimilação.
Mostrava-se a coexistência de dois princípios irredutíveis e de posições
opostas, em qualquer ordem de ideias. O exemplo exposto, refere-se à alma e ao
corpo, ao bem e ao mal, à matéria e ao espírito. Como modelo comparativo, a
terra e o fogo estariam mais para os ocidentais e o ar e a água mais para os
orientais. Nenhum é melhor que o outro e todos são iguais perante o Pai.
Da
amálgama desses elementos opostos, surgirá o homem do Terceiro Milênio, mais
espiritualizado, muito mais mental. O aprendizado, a assimilação dos
conhecimentos, sem objetos comparativos exteriores, é processo mental que
demora a acontecer na evolução do homem. As antigas fraternidades iniciáticas
utilizavam-se muito do simbolismo associado a elementos externos para a fixação
mental, como foi demonstrado.
Poderia o homem atual tornar-se, de repente,
puramente mental e prescindir dessas associações? Não! O maior mentalismo que
se avizinha, como todas as ocorrências na natureza e no Cosmo, não acontecerá
de maneira abrupta e será gradativo e quase que imperceptível.
Trecho do livro Chama
Crística.
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