“Não julgueis
e não sereis julgados; não condeneis e não sereis
condenados; soltai e soltarvosão.” J esus (Lucas, 6:37)
“Não esqueçais, meus quer idos
filhos, que o amor aproxima de Deus a criatura e o ódio a distancia dele.” (Cap. 12, Item 10)
Perante o companheiro que te parece
malfeitor, silencia e ampara sempre.
Assim como existem pessoas, aparentemente
sadias, carregando enfermidades que apenas no futuro se fardo evidentes para a
intervenção necessária, há criaturas supostamente normais, portadoras de
estranhos desequilíbrios, aos quais se lhes debitam os gestos menos edificantes.
Compadece te, pois, e estende os braços; para a
obra do auxilio.
Muitos daqueles que tombaram na indisciplina e na
violência, acabando segregados; nas casas de tratamento moral, guardam consigo
os braseiros de angústia que lhes foram impostos, em dolorosos processos
obsessivos, pelas mãos imponderáveis dos adversários desencarnados de outras
existências... E quase todos os que esmoreceram, no caminho das próprias obrigações,
rendendo-se ao assalto da crueldade e do desespero, sustentaram, por tempo
enorme, na intimidade do próprio ser, a agoniada tensão da resistência às
forcas do mal, sucumbindo, muitas vezes, à míngua de compreensão e de amor...
Para todos eles, os nossos irmãos caídos em delinquência,
volvamos, assim, pensamento e ação tocados de simpatia, recordando Jesus, que não
cogita de nossas imperfeições para sustentar-nos, e certos de que também nós,
pela extensão das próprias fraquezas, não conseguimos, em verdade, saber em que
obstáculos do caminho os nossos pés tropeçarão.
O
Livro Da Esperança - Emmanuel
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