PERGUNTA: Não há probabilidade de também falsearem os futuros cônjuges marcianos,
embora se submetam à rigorosa preliminar de auscultamento espiritual?
RAMATIS:
Não cremos que sejam prováveis tais acontecimentos decepcionantes,
após o enlace matrimonial, pela simples razão de que a união repousa sobre as
bases de uma realidade já conhecida. As desilusões são produtos de acontecimentos
inesperados, que em vez de corresponderem aos ideais ou projetos desejados,
contradizem estes e causam amarguras. Em virtude de os marcianos se unirem só
após o absoluto conhecimento de todas as virtudes e defeitos recíprocos, em
qualquer manifestação emotiva ou espiritual, não pode
haver
decepções, porque não ocorrerão fatos imprevistos, nem contrariedades
desconhecidas.
Conservando-se
voluntariamente acima das contingências carnais, baseando a ventura conjugal no
intercâmbio formoso das relações espirituais, isentam-se os esposos marcianos
da proverbial melancolia dos lares terrenos, em que, tanto o homem como a
mulher, que ardentemente se desejaram pela fascinação do corpo, declinam,
irremediavelmente, para a indiferença gradativa em proporção à velhice. O moço
marciano não firma a sua ventura no jogo transitório das configurações
sensuais; e a mulher não confia a sua felicidade à circunstância de casar-se
com um "galã" cinematográfico. Importa-lhes, em essência, o conhecimento
recíproco das qualidades espirituais que são duradouras, que sobrevivem à deformação
dos corpos e se aquecem continuamente sob o contato diário. Não havendo, como condição
primordial, a atração pelo corpo, mas sim, o reencontro de almas afins para a eternidade,
o lar marciano apresenta o delicado aspecto de uma escola de boa-vontade!
PERGUNTA: Quais as primeiras características do casamento?
RAMATIS:
Após o beneplácito oficial, isento das festividades ruidosas com
que, na Terra, os mais favorecidos afrontam os deserdados da sorte, a união é
consagrada em admirável reunião espiritual, com a presença do "guia da família",
vindo do Espaço, o qual traça as diretrizes psicológicas para os
futuros eventos ascensionais dos espíritos que se uniram para os
deveres conjugais. Quando, futuramente, o casal aceita a incumbência de admitir,
no seu lar, uma alma que deseja reencarnar, o mentor espiritual expõe os planos
da "concentração pré-gestativa", que, à míngua de vocábulos
específicos, chamaremos de "quarentena mental"!
PERGUNTA: Como poderíamos conceber a idéia dessa "quarentena
mental"?
RAMATIS:
Os jovens recém-casados iniciam uma fase de concentração mental,
com intervalos periódicos, que culmina em uma espécie de "retiro
mental", absoluto, como preparo de suas almas para essa missão sublimada.
Após a concepção, os cônjuges procuram, então, plasmar, no plano
"astroetéreo", a configuração daquele que virá habitar o seu lar.
Atuam em uníssono com o poder mental do "guia" doméstico, para que se
forme um "duplo-etérico" da mais perfeita contextura e equilíbrio
anatômico possível, auxiliando a alma que vai reencarnar no corpo em gestação.
Essa "descida" para o plano físico é feita, também, com a contribuição
do próprio espírito reencarnante, que une suas forças psíquicas aos demais, a
fim de atingir o melhor desiderato na configuração do molde perispiritual de
seu futuro corpo.
Conhecendo
profundamente as leis do mentalismo, os marcianos esforçam-se para desatar,
ainda no plano astral, os elementos que na "Mente Divina" podem tecer
com pureza a estesia do organismo em gestação. E o orientador desencarnado, de
comum acordo com o "médico-clarividente", que é o visitador periódico
da gestante, anota os progressos da configuração mental dos pais e do reencarnante
expondo as corrigendas necessárias e sugerindo os recursos mais apropriados para
o sucesso desejado.
Do livro: “A VIDA NO PLANETA
MARTE E OS DISCOS VOADORES” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.
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