A alma virtuosa, depois de haver vencido suas paixões,
depois de abandonar o corpo, miserável instrumento de dor e de glória, vai,
através da imensidade, juntar-se às suas irmãs do espaço. Atraída por uma força
irresistível, ela percorre regiões onde tudo é harmonia e esplendor; mas a
linguagem humana é muito pobre para descrever o que aí se passa.
Entretanto, que alívio, que deliciosa alegria então
experimenta, sentindo quebrada a pesada cadeia que a retinha à Terra, podendo
abraçar a imensidão, mergulhar no espaço sem limites, librar-se além dos
mundos. Não mais tem um corpo enfermo, sofredor e pesado como uma barra de
chumbo; não mais terá fardo material para arrastar penosamente... (continua)