PERGUNTA
- Mas o avanço científico e o progresso técnico do mundo não poderiam
transformar a Terra num planeta mais confortável e ameno, proporcionando
aos homens uma vivência agradável e equilibrada?
RAMATÍS -
Assim como o homem canceroso não recupera a saúde, só em mudar da
choupana miserável para o hospital especializado, nem o inquilino se
torna mais inteligente ou sensato, trocando de apartamento, os espíritos
dos terrícolas não se convertem em criaturas pacíficas e benfeitoras,
unicamente pelo fato de a ciência e técnica transformarem o seu orbe num
mundo confortável e agradável. Da mesma forma, o requinte técnico, a
modernização e o luxo aplicado na escola primária não extinguem a
estultícia, ignorância, rebeldia e maldade dos alunos ignorantes.
Os alunos incultos, instintivos, daninhos e irresponsáveis continuariam a rasgar o veludo "chiffon" das poltronas modernas estofadas, romper as canetas-tinteiro sofisticadas, rasgar os livros de papel acetinado, borrar as paredes plásticas decoradas caprichosamente, quebrar os sanitários de porcelana colorida, arruinar as torneiras cromadas e sujar os uniformes limpíssimos, tudo isso no seio da mesma algazarra bulhenta, indisciplina e cinismo contra os professores selecionados da melhor safra de educadores modernos.
O mesmo fenômeno ocorre no vosso orbe, pois, malgrado o triunfo da técnica e da ciência, que iluminam feericamente as cidades modernas, descobriram o "radar", criaram o "computador" e mantêm o controle remoto dos jatos supersônicos e da descida na Lua, os terrícolas continuam na mesma ignorância, impiedade, belicosidade e índole fratricida que herdaram da idade da pedra. Embora o homem tenha pousado na Lua, ainda não conseguiu penetrar um centímetro dentro de si mesmo; malgrado o triunfo de circundar o seu orbe com satélites artificiais, ainda não domina, evangelicamente, os passos em redor do seu próprio lar. Trajando requintados figurinos e surpreendentemente motorizado, televisionado, eletrificado e completamente cientificista, o homem terreno ainda continua a praticar os mesmos atos de vandalismo próprios da era das cavernas, variando tão-somente em sua perversidade, quanto aos recursos de destruição proporcionados pela ciência moderna...
Os alunos incultos, instintivos, daninhos e irresponsáveis continuariam a rasgar o veludo "chiffon" das poltronas modernas estofadas, romper as canetas-tinteiro sofisticadas, rasgar os livros de papel acetinado, borrar as paredes plásticas decoradas caprichosamente, quebrar os sanitários de porcelana colorida, arruinar as torneiras cromadas e sujar os uniformes limpíssimos, tudo isso no seio da mesma algazarra bulhenta, indisciplina e cinismo contra os professores selecionados da melhor safra de educadores modernos.
O mesmo fenômeno ocorre no vosso orbe, pois, malgrado o triunfo da técnica e da ciência, que iluminam feericamente as cidades modernas, descobriram o "radar", criaram o "computador" e mantêm o controle remoto dos jatos supersônicos e da descida na Lua, os terrícolas continuam na mesma ignorância, impiedade, belicosidade e índole fratricida que herdaram da idade da pedra. Embora o homem tenha pousado na Lua, ainda não conseguiu penetrar um centímetro dentro de si mesmo; malgrado o triunfo de circundar o seu orbe com satélites artificiais, ainda não domina, evangelicamente, os passos em redor do seu próprio lar. Trajando requintados figurinos e surpreendentemente motorizado, televisionado, eletrificado e completamente cientificista, o homem terreno ainda continua a praticar os mesmos atos de vandalismo próprios da era das cavernas, variando tão-somente em sua perversidade, quanto aos recursos de destruição proporcionados pela ciência moderna...
Antigamente
habitava grutas de pedras; hoje, civilizado, prefere os estreitos
canudos de cimento conhecidos por "arranha-céus"; antes, liquidava os
adversários com porretes e pedras, atualmente, mata de modo elegante com
artísticas pistolas eletrônicas; na época do "sílex" ele arrastava a
companheira do vizinho pelos cabelos, através dos campos, a fim de
satisfazer os instintos animais; agora, pratica o mesmo ato traiçoeiro e
ignóbil, mas o faz de maneira louvável, conduzindo a vizinha num
"Galaxie" ou "Corcel", para os lugares convenientes. É indiscutível que,
se não mudou na sua categoria moral, pelo menos progrediu nos processos
usados.
O
caboclo, outrora, viajava um mês, a cavalo, na intenção de cravar a
faca no ventre do desafeto ou inimigo político que o havia ludibriado;
hoje, graças aos triunfos científicos e técnicos do mundo, o homem
civilizado faz o seu "desjejum" em New York, apanha um avião a jato,
almoça em Lisboa e, à tarde, alcança o sucesso de assassinar o seu
adversário em Paris, com um excelente tiro eletrônico.
DO LIVRO: "O EVANGELHO À LUZ DO COSMO" RAMATÍS/HERCÍLIO MAES - EDITORA DO CONHECIMENTO.
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