Pergunta: - Porventura, somos culpados de ainda comermos carne, quando é a própria Natureza que nos condicionou, desde a Idade da Pedra, a essa forma de alimentação?
Ramatís: - Considerando-se que a Terra não é colônia de férias, mas escola de educação ou alfabetização espiritual do homem, a alimentação zoofágica ainda é justificável, quando ele ainda não passa de um aluno espiritualmente analfabeto. Mas é prejudicial à sua graduação superior comer carne dos seus irmãos inferiores, quando além de se reconhecer uma entidade imortal, ainda participa de movimentos espiritualistas.
É evidente que Deus não se ofende porque os seus filhos espiritualmente analfabetos ainda se rejubilam diante de um prato repleto de rebotalhos sangrentos provindos do massacre do infeliz animal. O fato de o homem libertar-se ou afundar-se ainda mais sob o jugo da vida inferior no mundo material é uma questão toda particular! Mas não podemos deixar de advertir aos que procuram cultuar uma vida de saúde espiritual, que pretender a angelização devorando os irmãos inferiores é o mesmo que "acender uma vela a Deus e outra ao Diabo!" O reino do Cristo é mansuetude, amor, pureza e piedade, enquanto o mundo de César sustenta-se pelos vícios, paixões e pelas impurezas e crueldades humanas!
Pergunta: - Não há possibilidade de o espírito atingir grandes desideratos espirituais e ainda prosseguir nas demais reencarnações, a comer carne indefinidamente?
Ramatís: - Há um prazo determinado para o espírito humano libertar-se espontaneamente do jugo ilusório da vida material e alçar-se aos mundos superiores! Quando ele persiste além desse prazo convencionado pela Lei Espiritual Evolutiva, e ainda se obstina como escravo das sensações animais da vida física retardando a sua ventura sideral, então desperta através de recursos compulsórios cármicos, pois como disse o Cristo Jesus: "Não se perderá uma só ovelha do rebanho do Senhor!" Em cada "Grande Plano" ou conhecido "Manvantara" da escolástica hindu, isto é, o período em que surgem e desaparecem os mundos físicos nos ciclos da "descida energética" até situar-se na forma de matéria, os espíritos destacados em Deus para adquirirem a sua consciência individual não podem ultrapassar o prazo previsto nessa simbólica fornada sideral no Cosmo!
A Lei Espiritual preceitua "a cada um segundo as suas obras" e apressa a marcha dos retardatários ainda fascinados pelas ilusões do mundo material.
Os alunos espirituais que são reprovados nos ciclos escolares planetários devem recuperar o tempo perdido noutro curso idêntico e intensivo, a fim de lograrem a aprovação e enquadrarem-se em tempo no processo do "Grande Plano" em realização. E o sofrimento então funciona como acelerador e retificador, que ajusta o espírito negligente ao roteiro certo de sua própria ventura espiritual!
RAMATÍS - A VIDA HUMANA E O ESPÍRITO IMORTAL
MÉDIUM: HERCÍLIO MAES
EDITORA DO CONHECIMENTO
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.