sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

ESPÉCIES ALADAS NO PLANETA MARTE.

PERGUNTA: Existem espécies aladas em Marte?

RAMATIS:
Seria formal desmentido à poesia e beleza que atribuímos a Deus, a inexistência de aves nos planos mais evolvidos do que a Terra. Se em vosso mundo sombrio, onde a dor e a angústia fizeram morada, o homem foi agraciado com a presença do beija-flor, no seu voo irisado de filigranas coloridas e, também, com o encanto da majestade que fulge no condor cruzando a amplidão, belezas que cantais em estrofes melodiosas, por que em Marte, onde o amor e a poesia são ritmo predominante da vida, não haveria a dádiva sublime das aves? Se o homem terreno, atido ainda a paixões inferiores, vibra, extasiado, diante dos bandos de avezitas multicores, que enfeitam os jardins e entoam cânticos maviosos, nas manhãs jubilosas, em que o solo úmido recebe os raios do Sol, por que o marciano, cidadão de porte celestial, seria privado do encantamento proporcionado pelas aves?
Os marcianos consideram a existência das aves, no seu ambiente, como uma bênção do Pai e as protegem com as maiores demonstrações de amor. No ambiente inofensivo e pacífico de Marte, as aves são intensamente festivas, jubilosas e irrequietas. Não se afastam dos agrupamentos humanos, nem temem alguém. Arrulham em bandos, semelhando "confetes" vivos e coloridos, esvoaçando em torno das cúpulas luminosas dos edifícios, dos templos e residências; e, por vezes, entram e adejam, suavemente, no interior dos lares. As florestas, os bosques,
jardins e parques públicos, à aproximação da aurora, tornam-se álacres, com cânticos e melodias inebriantes, onde a beleza divina se expressa na linguagem poética e maviosa dos gorjeios da passarada. Não há em vosso mundo espetáculo comparável à sedução que se evola desses concertos de alegria e ternura, orquestrados em sinfonias canoras.


PERGUNTA: Poderia descrever as características dessas aves?

RAMATIS:
Conforme acontece no setor das flores, também muitas aves de Marte apresentam acentuadas semelhanças com a maioria da sua espécie terrena. As suas configurações, tessituras, plumagens e cores, inclusive o voo anatômico, lembram muitos
pássaros do vosso mundo. Há, no entanto, diversos outros exemplares que são diferentes, tanto na forma e no porte como na contextura, lembrando alguns deles uma espécie de "arraias-voadoras", com o corpo revestido de escamas e estrugindo gritos agudos e longos, quais sonidos de barras de ferro vibrando no ar. Esse tipo de ave pode manter-se dias sem alimento, graças à sua disposição anatômica de bolsas-reservatórios. Está sendo domesticada e adaptada ao clima de Marte, pois trata-se de espécime gigantesco, cuja capacidade de voo lhe permite vir de satélites vizinhos.

PERGUNTA: Quais as características canoras das aves próprias de Marte?

RAMATIS:
Seu canto é melódico e com extensa frase musical; não tem os longos hiatos dos cânticos comuns dos vossos pássaros. Esses cânticos, que alcançam maviosidades semelhantes à vossa harmônica, revelam sempre a graça delicada, peculiar da alma dos marcianos. Certas melodias recortadas de filigranas sonoras, imprevistas, prenunciam as modificações climáticas. Quando a sensibilidade dessas aves manifesta certa aflição melancólica nos seus poemas canoros, sabe-se que invisíveis "lençóis magnéticos", inferiores, estão se aproximando do orbe. As próprias conjunções no zodíaco, repercutindo pela atmosfera etérica, modificam os padrões tradicionais do cântico desses pássaros. Os cientistas puderam já comprovar que as aves marcianas atuam, por vezes, nos dois planos fronteiros: o físico e o astral.

PERGUNTA: O nosso rouxinol, tão festejado pelos poetas e pelos grandesiamorosos, não oferece canto digno de ser lisonjeado pelos marcianos?

RAMATIS:
O símile de vosso rouxinol em Marte é a famosa ave do "cântico espiritual". Ela executa sentida página musical, de sonoridade algo religiosa. São frases tecidas
de sons graves e solenes, lembrando a nostalgia do espírito desterrado do seu "habitat" celestial. É a única ave que consegue despertar alguma tristeza e melancolia no coração festivo do homem marciano. É uma espécie de "ave sagrada", que os cientistas afirmam poder sentir o próprio magnetismo divino, irradiado pelo anjo planetário que alimenta e controla a atmosfera de Marte.
Em nossas observações espirituais, verificamos que esse pássaro, de aspecto angélico e misterioso, cuja plumagem é um floco vivo de matizes luminosos, canta em um estado de verdadeiro "transe" hipnótico. Achamo-lo divinamente belo, dando-nos a idéia exótica de um cristal vivo e policromo, a desferir melodias vibrantes de profundo sentimento e amor.
Notamos que esse pássaro se entrega ao holocausto da harmonia, em poemas de virtuosidade espiritual tão sublimes, que impõe silêncio e devoção àqueles que o escutam, deslumbrados.
O êxtase que ele provoca nos seres humanos, é de unção verdadeiramente celestial...

DO LIVRO: "A VIDA NO PLANETA MARTE E OS DISCOS VOADORES" RAMATÍS/HERCÍLIO MAES - EDITORA DO CONHECIMENTO.

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