PERGUNTA: Vive muito tempo esse "rouxinol" marciano?
RAMATIS: A delicadeza de sua contextura, que denuncia ser adequada, especialmente, à função de "instrumento canoro da beleza divina", não lhe permite existência prolongada. A sua sobrevivência é produto do mais cuidadoso desvelo e alimentação especial, à base de néctares concentrados de flores.
Há, porém, um mistério nesta ave singular: Quando, em certo dia, seu canto se transmuda, inesperadamente, em maravilhoso poema harmônico, em que os "altos-relevos" do seu hino são notas dramáticas, vibrantes de profundo lamento e saudade, é que chegou o momento em que a "ave sagrada" assinala o seu "canto de cisne".
PERGUNTA: Porventura, o irmão já assistiu a um desses momentos supremos dessa ave paradisíaca?
RAMATIS: Assistimos. Logo que a sua garganta cristalina vibrou as primeiras notas
musicais, maravilhosa aura de lilás puro, entremeado de raios solferinos, começou a circundála; mais um pouco, e o seu contorno foi sendo polarizado de focos de luz azul-celeste, translúcido, a espargirem-se na tessitura aveludada do fundo lilás, agora, todo recamado de fios dourados. E, à medida que a ave imergia no seu "transe" melódico, o círculo de sua aura, reticulado de fios brilhantes, ampliava-se, refletindo em nossas vestes espirituais os mais soberbos matizes de cores, desconhecidas ao olho humano. Depois, quando ela atingiu o auge da sua sinfonia, imensa esfera de luzes policrômicas envolvia o ambiente astral em que nos encontrávamos. E de repente, quando a "ave sagrada" sonorizou a última estrofe do seu cântico angelical, a nossa visão ofuscou-se ante um jorro intenso de irradiações estelares
que, formando uma seta fulgurante, subiu ao alto, e se desprendeu em direção ao Éden sideral do PAI.
No cenário exterior, a multidão que assistia ao último cântico do pássaro "espiritual" tinha os olhos cintilantes de lágrimas. É que essa dádiva canora é um dos veículos mais propícios e sublimes para a transfusão do magnetismo divino aos mundos em que as almas já têm "ouvidos de ouvir" as sonoridades angélicas do plano astral.
PERGUNTA: Em Marte não utilizam os pássaros como ornamento vivo, nas residências, em viveiros amplos, que não reduzem os seus movimentos?
RAMATIS: Encarcerar as aves seria uma negação do grau evolutivo do marciano; pois se eles nem se interessam por essa inofensiva arte de beleza mórbida, que vos faz embalsamar e colecionar insetos e animais venenosos, quanto mais tolherem a liberdade da espécie alada, que eles cultuam como flores vivas que Deus lhes oferece para suavizar a melancolia do mundo material.
O homem terreno, infelizmente, ainda está gerando angustioso "carma" para as reencarnações futuras, em face da sua imprudência quanto à destruição de pássaros.
O homem terreno, infelizmente, ainda está gerando angustioso "carma" para as reencarnações futuras, em face da sua imprudência quanto à destruição de pássaros.
PERGUNTA: Como definirmos essa vossa advertência?
RAMATIS: Os que caçam ou destroem por razões esportivas ou para alimentação desnaturada, geram o carma terrível de perderem seus entes queridos em desastres, acidentes ou explosões e de eles próprios terminarem, igualmente, sob o cano fumegante de uma arma homicida. Algumas vezes, o caçador sofre o "choque de retorno" ainda na mesma existência em que exorbita das leis cósmicas da vida, quer acidentando-se com sua própria arma, quer sofrendo o efeito de um estranho disparo imprudente. Diariamente, em vosso mundo, sabeis de inúmeras criaturas, às quais um destino cruel convoca para os desastres de armas de fogo. Na realidade, em tais casos, é sempre o "ex-caçador" (desta ou de outra existência), que expia o tributo de sangue que ele mesmo provocou injustamente.
LIVRO: "A VIDA NO PLANETA MARTE E OS DISCOS VOADORES" RAMATÍS/HERCÍLIO MAES - EDITORA DO CONHECIMENTO.
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