Meus queridos irmãos, o tema escolhido será exposto de forma singela e
despretensiosa, pois nosso intuito sincero é o de descomplicar enquanto expomos
e dividimos nossa opinião com outros leitores.
Para quem participa como médium das reuniões de desobsessão em grupos
espiritualistas, sabe que é muito difícil obter-se pleno êxito nas
psicoterapias com os espíritos desencarnados, empedernidos no mal e por que? Porque
estão com ideia fixa em destruir, prejudicar, humilhar e aniquilar o inimigo
encarnado. Convenhamos que muitos desses desencarnados sofrem há séculos porque
não conseguem desvencilhar-se da mágoa que petrificou-se na alma, portanto, não
será com dez minutos de conversa que irão mudar de opinião, não é mesmo?
Ora, sabemos que as obsessões espirituais oriundam da ideia de vingança
de um espírito malfeitor e desequilibrado, é o inimigo de outras vidas que nos descobre
encarnados, reconhecendo-nos na nova roupagem física pela nossa vibração.
Quando os obsessores são chamados a um diálogo esclarecedor nos centros
espíritas ou espiritualistas, nas reuniões de desobsessão, o êxito do benéfico
propósito só se dará se o grupo encarnado estiver unido e forte com Jesus,
pois, só assim os espíritos benevolentes darão suporte e o devido auxílio aos
médiuns.
Tudo bem, já sabemos disso, mas... e daí?
Uma triste realidade paira pesada sobre oitenta por cento dos grupos de
médiuns que atuam nas reuniões de desobsessão, não interessando se são
umbandistas, kardecistas, candomblecistas, etc. É a mania terrível que temos de
tratar os espíritos como imbecis! De lhes falar como se eles não soubessem que
estão “mortos”, de lhes explicar os seus próprios dramas e os de suas vítimas
como se os eles não soubessem e o pior de todos os erros (por ignorância, falta
de sensibilidade e de conhecimento por parte dos médiuns) que é o de lhes
tratar como se os amássemos, o que não é verdade!
Conta-nos o médium Robson Pinheiro em uma de suas palestras gravadas em
vídeo, que o erro acontece justamente por falta de informação e de conhecimento
dos psicoterapeutas (médiuns), que não se reciclam e não estudam mais, buscando
outros autores e novos professores. Concordamos sinceramente com tudo, pois o
que ouvimos muitas vezes são palavras vazias e sem força, pronunciadas pelos
lábios daqueles que não sabem direito o que fazem e não buscam através do
conhecimento a sabedoria para verdadeiramente poderem ser úteis.
Muitos médiuns nas ditas reuniões, nas psicoterapias tratam os obsessores
desencarnados por “irmãozinho”. Ora, sabemos nós que quando assim falamos não é
na maioria das vezes porque nos sentimos seus irmãos, mas sim porque isso nos
dá o verniz ou a máscara de que somos “bonzinhos e caridosos”, isso é mentira!
Não podemos considerar realmente um estranho nosso irmão, eles sabem que é
falsidade nossa.
Outro erro terrível em nossa modesta opinião é quando lidamos com
obsessores pertinazes e cruéis, discípulos dos magos negros, como se estes
fossem seres estúpidos... “Meu irmãozinho, você está fazendo tudo errado...
Você está morto, sabia disso?
Isto é falta de caridade... é pecado, meu irmão... perdoa fulano de tal?! É óbvio
que eles sabem o que é certo e o que não é!
Outro: “Meu irmãozinho nós te amamos!” Como disse o médium
mineiro Robson Pinheiro, estas atitudes não atingem o objetivo visado com êxito,
visto que o inimigo obsessor é inteligente, sabe o que está fazendo e tem consciência
de que não o amamos. E pior! Os magos das trevas, os seus comandados e os
cientistas do plano inferior sabem que em grande maioria não damos conta de
resolver nem os nossos problemas de ordem moral, quanto mais tentar solucionar
sem fé inteligente, sinceridade e humildade, os problemas dos outros.
Sejamos mais honestos e sinceros, buscando pelo estudo sério e tonrando-nos
criaturas humildes e sabedoras de nosso lugar. O estudo nos mostra a vistas
largas” como deixar cair por terra nossa arrogância e falta de amor, dando
espaço para a verdade sobre nós mesmos. Deixemos claro que nossa intenção mais
uma vez não é a de julgar, mas convidar à meditação sobre como estamos indo em
nossos trabalhos caritativos dentro dos grupos de desobsessão.
Os
espíritos mais evoluídos e amorosos nos instruem a sermos simples, humildes e inteligentes! Infelizmente fazemos
tudo ao contrário, primeiro porque muitas vezes julgamos que o obsessor
desencarnado é um “pobre coitado”, que não sabe de nada e que nem sabe que está
“morto”! Julgamos intimamente que ele é o pecador, como se nós também não o fôssemos
só pelo simples fato de que estamos no físico e ele não. O condemanos
intimamente e não adianta dizer que não é verdade porque “prestamos” a
caridade e ele não, porque estamos com Jesus e ele não!
Amigos, percebamos o quanto somos tolos e o quanto precisamos abrir os
olhos para as verdades que não aceitamos porque muitas vezes somos arrogantes e
orgulhosos!
Ora, muitos de nós não admitimos que um espírito cuja inteligência é
usada para o mal, possa ser culto, fazer-se belo na forma, mais que um anjo,
por exemplo! Que possa ser capaz de arquitetar planos fantásticos, porém
diabólicos para destruir pessoas, grupos e instituições inteiras e vejam só,
usando das armas mais comuns, isto é, das nossas falhas morais. Para tanto,
basta que sejamos um tantinho assim orgulhosos, hã?
É como falei alhures, mexer em vespeiro sem conhecimento e boa retaguarda
espiritual é tolice ou loucura!
Façamos o seguinte: estudemos mais buscando também pela reforma íntima, busquemos
a simplicidade com Jesus e acima de tudo a caridade verdadeira, aquela que se
reveste do amor incondicional. Sejamos inteligentes e mansos, nada de irmos
para as reuniões cheios de orgulho de sermos espíritas, umbandistas, etc. Nada
de agirmos como estúpidos e ingênuos tentando disciplinar magos negros,
cientistas do inferior, não, não! Este é um erro que precisamos deixar de
cometer.
E quanto ao sentimento que falseamos ter pelos marginais do inferior, pensemos
um pouco. Como no estágio em que estamos podemos amar com sinceridade um ser
repugnante que leva o outro à loucura, à falência e às doenças, através da
obsessão espiritual? Como podemos amar um ser das trevas que instala aparelhos
parasitas, que coloca espíritos desencarnados enfermos, cheios de feridas
fétidas e pútridas, acoplados no encarnando para adoecê-lo? Como podemos
sinceramente dizer que amamos um psicopata desencarnado, se não amamos nem o
encarnado?
Ora, meus amigos, deixemos de ser hipócritas e sejamos mais honestos, no
planeta em que vivemos (provas e expiações) estes pseudosentimentos só nos
reforçam a máscara!
Só Jesus
amou incondicionalmente a todos nós!
Portanto meu caro leitor se somos nós os psicoterapeutas que atuam nas
sessões de desobsessão cometendo estes erros é bom que busquemos a emenda moral
o quanto antes.
Axé!
Letícia
Gonçalves.
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