domingo, 20 de outubro de 2013

LENDAS “ESPÍRITAS”? – QUEM DESENCARNA COM CÂNCER “NÃO REENCARNA MAIS”. SERÁ?




“Qualquer doença por si não purifica uma alma, o que melhora o espírito é a mudança de caráter.”

  

Há alguns adeptos do espiritismo que creem que quem sofre com o câncer e desencarna em virtude dele, liberta-se do ciclo das encarnações.
Não acreditamos nisso de forma alguma, pois esta grave moléstia é apenas o expurgo a que estamos sujeitos devido nossas faltas passadas e desregramentos.
Alguns afirmam que o sofrimento imposto através desta doença é tão grande que o espírito fica “liberado” de novas experiências no campo da matéria, porque purificou-se. Entretanto, sabemos que depois das graves enfermidades que enfrentamos em nossa jornada evolutiva, enfermidades estas, que nos impedem momentaneamente, de seguirmos usando o nosso livre-arbítrio, pois se de acordo com as mais graves (câncer em estágio avançado) ficamos na maioria das vezes em cima de uma cama definhando ou mui debilitados nos tratando. Ou seja, poderemos continuar nossa jornada evolutiva com novas reencarnações e isto só se dá, até onde sabemos, com a permissão de nossos tutores espirituais, pois para quem não sabe existe organização Superior do “lado de lá”.
O certo é que não podemos afirmar categoricamente a veracidade destas afirmações feitas por alguns irmãos espíritas e por que não? Porque cada vivência nossa é uma experiência ímpar. Será então possível afirmar, por exemplo, que hoje, em pleno século XXI, nós que somos espíritos já com “alguns” milênios de idade, nunca tenhamos desenvolvido câncer em nossas existências anteriores como seres encarnados! Será que não? Será possível isso? Então, suponhamos que seja verdade, por exemplo, se hoje desenvolvemos câncer, significa que como espíritos milenares que somos (e põe milenar nisso!) é a primeira vez que adoecemos desta forma? Deste mal? Desculpem-nos os mais crédulos, mas isto em nossa humilde opinião não pode ser possível.

As enfermidades que desenvolvemos ao longo de nossa existência são na verdade o efeito daninho e colateral das energias inferiores que produzimos através do nosso pensamento desorganizado e consequentemente, das nossas ações nefastas no campo da vida...

 “O homem, pois, nem sempre é punido, ou punido completamente, na sua existência atual; mas não escapa nunca às consequências de suas faltas...” (página 111,  Bem aventurados os aflitos - Allan Kardec – “O Evangelho Segundo o Espiritismo”).

Pois claro está que, as ações positivas só nos fazem bem enquanto que as más, as negativas, nos prendem aos círculos viciosos das dores, dos medos e das culpas. O que quer dizer isto? As deformidades no campo psíquico produzidas por nossa mente migram de nosso corpo astral (densa energia inferior) instalando-se em nosso duplo etéreo e finalmente materializam-se (escoamento necessário) em nosso corpo físico como doenças das mais diversas...

“Os sofrimentos devidos a causas anteriores à existência presente, como os que se originam de culpas atuais, são muitas vezes a consequência da falta cometida, isto é, o homem, pela ação de uma rigorosa justiça distributiva, sofre o que fez sofrer aos outros...” (página 111,  Bem aventurados os aflitos - Allan Kardec – “O Evangelho Segundo o Espiritismo”).

As atitudes infelizes que temos para conosco e para com nosso próximo vão se aglutinando como energias pesadas em torno de nosso campo áurico e quanto mais ódio, por exemplo, sentirmos, mais “presos” ficaremos nesta “névoa” espessa, de energias pútridas e enfermiças, que acabam por impedir-nos de nos nutrir das benéficas e sutilíssimas energias superiores. Com isso, amigos leitores, nossos órgãos físicos vão ficando saturados do “veneno” psíquico, produzido por nós mesmos e o que acontece é uma desorganização celular que por certo poderá culminar num câncer. A região em que esta doença se instalará terá ligação com o órgão mais afetado, isto é, com aquele órgão que recebe de nós as enxurradas de energias pútridas e doentias criadas por nossa mente, de acordo com o que sentimos, pensamos e das nossas ações em detrimento alheio.

“Assim se explicam pela pluralidade das existências e pela destinação da Terra, como mundo expiatório, as anomalias que apresenta a distribuição da ventura e da desventura entre os bons e os maus neste planeta. Semelhante anomalia, contudo, só existe na aparência, porque considerada tão só do ponto de vista da vida presente. Aquele que se elevar pelo pensamento, de maneira a apreender toda uma série de existências, verá que a cada um é atribuída a parte que lhe compete, sem prejuízo da que lhe tocará no mundo dos Espíritos, e verá que a  justiça de Deus nunca se interrompe.” (página 111,  Bem aventurados os aflitos - Allan Kardec – “O Evangelho Segundo o Espiritismo”).

O que acontece? A dor e o sofrimento se instalam e nós padecemos acreditando que fomos vítimas da vontade (ira) de Deus! O que não pode ser justo, pois está comprovado que somos nós os imprudentes e insensatos, que através de nossa mente indisciplinada e doentia arregimentamos um exército de pensamentos desordenados e infelizes que culminam na grande maioria das vezes, em ações nefandas!
Portanto, caros amigos e leitores, não cremos na possibilidade do espírito ter câncer somente uma vez e, pelo sofrimento imputado pela doença, ficar livre ao ponto de depurar-se por completo e de não mais precisar nascer na carne.
Qualquer doença por si não purifica uma alma, o que melhora o espírito é a mudança de caráter.
Acreditamos que por muitas vezes sofreremos repetidas vezes com as “mesmas mazelas” físicas, dentro das várias encarnações a que estivermos sujeitos, de acordo com a nossa necessidade de sentir dor, com os resgates cármicos, etc. A dor é ajuste necessário para o espírito ignorante.
As doenças em geral se desenvolverão em nossos corpos físicos sempre que houver necessidade de escoamento das energias putrefatas, geradas por nossa mente doentia e de acordo com a necessidade de crescermos espiritualmente através da dor. Vencido isto, seremos espíritos libertos das dores morais e físicas, não mais necessitaremos nascer para expiar.

Axé, muita paz e luz!

Letícia Gonçalves.



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