PERGUNTA: - Mas não lhe parece que a nossa Medicina tem curado
satisfatoriamente diversas moléstias da pele?
RAMATÍS: -
Certamente, pois a Medicina é uma instituição sacerdotal protegida pelo Alto, a
fim de que os médicos - os sacerdotes da saúde - proporcionem ao homem, pelo menos,
as condições mínimas de vida capaz de permitir-lhe manter-se equilibrado no ambiente
terrícola onde se encontra.
PERGUNTA: - Por que alguns benzedores usam o galho da
pimenteira-brava, no ato de efetuar os benzimentos de "cobreiros" ou
eczemas?
RAMATÍS: Apesar de a medicina oficial ironizar o empirismo do benzedor ou do
curandeiro, em sua terapêutica exótica, esta chicoteia e desintegra os fluidos
virulentos que alimentam os vírus de certas infecções da pele. Inúmeras pessoas
podem comprovar-vos que lograram a cura de eczemas e cobreiros renitentes, mediante
o processo do benzimento, da simpatia ou do exorcismo.
Aliás, o eczema, o cobreiro e certas infecções características
da epiderme, que se alastram de forma eruptiva, também queimam como brasas ou
fogo. Assim, consoante a lei de que os "semelhantes atraem os
semelhantes", os benzedores usam o galho verde da pimenteira-brava ou de
outros vegetais cáusticos, para efetuarem sua tarefa benfeitora. Sob a vontade
treinada desses curandeiros, a aura etérica dos vegetais tóxicos e queimantes,
como a pimenteira-brava, chicoteiam com violência o
fluido mórbido e ardente que sustenta o eczema
ou cobreiro, desintegrando-o pelos seus impactos magnéticos.
É óbvio que, depois de extinto o terreno
mórbido fluídico, que alimenta os germens infecciosos, estes desaparecem por
falta de nutrição apropriada. Aliás, é tradição dos benzedores mandarem os
pacientes enterrar o galho da pimenteira que eles usaram nos benzimentos,
assegurando que o cobreiro ou o eczema desaparecerá assim que o dito galho secar.
Embora essa providência pareça ridícula ou fruto de qualquer superstição tola,
trata-se de um processo eficiente de magia oculta, em que a contraparte etérica do galho da pimenteira
usado no benzimento ainda continua ligada à aura etérica do eczema ou cobreiro, arremessando-lhes fluidos dispersivos que
atacam a sua base morbígena. O galho da pimenteira-brava, à semelhança de um
"fio-terra", depois do benzimento, continua a precipitar para a
intimidade do solo terráqueo os fluidos tóxicos que alimentam esse tipo de doença
eruptiva.
PERGUNTA: - Podeis dar-nos algum exemplo a respeito da
predisposição ou imunização do homem quanto aos fenômenos ocultos, responsáveis
pelas infecções eczemáticas e que, conforme dizeis, a sua causa reside na
matriz ou duplo etérico do paciente?
RAMATÍS: -
Efetivamente, há criaturas que são propensas às infecções da pele; enquanto
outras são refratárias às mesmas. E algumas - embora sejam casos raros - são
quase imunes a todo gênero de tais infecções, mesmo até às que resultam de
picadas de bichos, insetos ou répteis venenosos. A disparidade do fenômeno, em
seus efeitos, tem sua causa ou origem no padrão psíquico das criaturas. Em tais
condições, as pessoas muito coléricas, irascíveis, de temperamento exaltado,
que vivem sobrecarregadas de fluidos agressivos produzidos pelos seus estados
emotivos e violentos, são mais dispostas à infecção dos venenos injetados pelos
insetos e répteis; e também ao contágio das moléstias, cujos vírus se afinam
com o tipo de toxinas psíquicas de maior carga residual no seu corpo. No entanto,
os homens pacíficos, mansos de coração, humildes e resignados, refratários às
emoções da violência ou da injúria, são naturalmente mais resguardados ou
imunes às afecções cutâneas de caráter rebelde.
Aliás, a respeito da predisposição às infecções da
pele, há um fenômeno (no setor vegetal) de efeitos alérgicos singulares. É o
seguinte: - Existe uma árvore conhecida pelo nome de "pau-de-bugre", (10) a qual,
devido às irradiações magnéticas, deletérias e inflamáveis emanadas do seu
"éter físico", causa afecções edemáticas em certas criaturas quando
passam debaixo dela. A infecção que ela produz tem
sido confundida com o "edema de Quink", doença resultante da ingestão de amendoim, pinhão,
chocolate e outros afrodisíacos ofensivos às
pessoas alérgicas. Mas a terapêutica de dessensibilização muito usada pelos
médicos, no caso do "edema de Quink",
principalmente à base de gluconato de cálcio injetável,
é de completo insucesso para solucionar a alergia provocada pelo estranho
vegetal "pau-de-bugre", em que a pessoa
contamina-se ao passar sob sua aura magnética, embora sem tocá-lo.
10 - Nota do Médium: A árvore
"pau-de-bugre" é muito conhecida no sul do Brasil, e, principalmente,
no Paraná. Em Curitiba, há 35 anos, mais ou menos, a Prefeitura plantara um
"paude- bugre"na Rua Iguaçu, confundindo-o com outro vegetal de arborização
pública. Lembramo-nos de inúmeras pessoas que foram infestadas pelo mesmo, até
que o derrubaram evitando novos casos de alergia. Em nossa família já vimos
parentes adoecerem pelo simples toque num fragmento dessa árvore virulenta.
Conhecemos, também, casos surpreendentes de pessoas que são atacadas de alergia
do "pau-de-bugre", apenas ouvindo outros referirem-se a esse arvoredo
tóxico, da mesma forma como certos "sujets" entram logo em hipnose,
só em ouvirem o nome do objeto, da coisa ou palavra, isto é, do
"signo-sinal" ou "chave", que foi fixado pelo hipnotizador
durante o transe hipnótico. Aliás, no Rio Grande do Sul o
"pau-de-bugre" é mais conhecido por "aroeira-brava", cuja infusão
é boa para curar úlceras, tal qual o chá de urtiga queimante serve para algumas
moléstias da pele. O pitoresco da "aroeira-brava" da terra gaúcha é
que as pessoas antigamente alérgicas deixam de ser infeccionadas novamente,
caso tornem a passar debaixo do arvoredo e o "cumprimentem" com
expressões contrárias, ou seja: - se é dia, dirão boa-noite! e se for noite,
dirão bom-dia! E o caso ultrapassa a idéia de sugestão ou superstição, pois nós
conhecemos pessoalmente criaturas que se imunizaram definitivamente contra o
"pau-de-bugre" do Paraná, usando tal "cumprimento ou simpatia"
adotado pelos gaúchos.
No Brasil, país tão vasto e sem assistência médica nas
zonas mais afastadas, o benzimento da preta velha ou do caboclo experiente,
ainda é a medicina mais eficaz para eliminar o surto infeccioso do
"pau-de-bugre". O contágio mórbido processado pela ação do éter
físico exalado do orbe através desse vegetal, combinado com outras energias do
próprio arvoredo, produz-se na forma de um chicoteamento sobre a aura das
criaturas e na intimidade do seu duplo etérico, resultando em alterações
posteriores no metabolismo dos sistemas endocrínico, linfático e sangüíneo.
(Origem:
Do Livro “Mediunidade de Cura” – Ramatís/Hercílio Maes – Editora do
Conhecimento)
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