O Nascimento
Poderemos agora abordar proveitosamente o estudo do duplo etérico,
em relação com o nascimento e a morte do corpo físico.
Quem tenha estudado o mecanismo da reencarnação, sabe que, no caso
do corpo etérico, intervém um fator que não atua no caso dos corpos astral e
mental. O duplo etérico destinado ao Ego reencarnante é antecipadamente
construído por um elemental, que é a forma-pensamento conjunta dos Quatro
Devarajas, cada um dos quais governa um dos quatro subplanos etéricos da matéria
física. A principal tarefa deste elemental construtor é preparar o molde
etérico no qual se formarão as partículas físicas do novo corpo a nascer.
A forma e a cor deste elemental variam nas diferentes fases. Na
primeira, ele exprime a forma e
a dimensão do corpo que deve construir. Ao ver esta espécie de
pequeno boneco no princípio, ao redor e depois no interior do corpo da mãe, os
clarividentes tomaram-no, algumas vezes, erradamente, pela alma da criança; na
realidade é o molde de seu futuro corpo físico. Quando o feto encheu
completamente o molde e está pronto para nascer, começa o desenvolvimento da
forma na nova fase, apresentando as dimensões, o tipo e as condições do corpo,
tal como será no momento em que o elemental o deixará, depois de terminada a
sua tarefa. Após a partida do elemental, todo o crescimento ulterior do corpo
estará a cargo do próprio EGO.
Em ambos os casos o próprio elemental serve de molde. Suas cores
representam, em grande parte, as qualidades requeridas no corpo a construir, e
sua própria forma é também, em geral, a destinada ao corpo. Ao terminar o seu
trabalho, cessa a energia que mantinha a coesão de suas moléculas, e o
elemental desagrega-se.
Para
determinar a qualidade de matéria etérica que entrará na constituição do corpo
etérico, dois pontos devem ser considerados: primeiro, o tipo de matéria, encarado
sob o ponto de vista dos Sete Raios ou divisões verticais,
a seguir, a qualidade de matéria, encarada sob o ponto de vista de
delicadeza ou grosseria, divisões horizontais. O
primeiro tipo, o do raio, é determinado pelo átomo físico permanente, no qual
estão impressos o tipo e o sub-tipo. O segundo é determinado pelo karma passado
do indivíduo; o elemental construtor está encarregado de produzir um corpo adequado
aos requisitos da pessoa. Em suma, o elemental representa a porção de karma (prârabda)
individual que deve ser expresso no corpo físico. Da seleção operada pelo
elemental construtor dependem, por exemplo, á intligência natural ou a
estupidez, a calma ou a irritabilidade, a energia ou a indolência, a
sensibilidade ou a inércia do corpo. As potencialidades hereditárias estão
latentes no óvulo materno e no espermatozoide paterno; o elemental estrai deles
os elementos necessários ao caso.
Embora
o elemental esteja, desde o início, encarregado do corpo a construir, o EGO não
entra em relação com sua futura habitação senão mais tarde, pouco antes de seu
nascimento físico. Se as características a impor pelo elemental são poucas, ele
pode retirar-se logo, e deixar o corpo a cargo do Ego. Pelo contrário, se for
preciso muito tempo para desenvolver as limitações exigidas, o elemental pode
permanecer com o encargo do corpo até o sétimo ano.
A
matéria etérica para o corpo da criança é estraída do corpo materno; daí a
importância de a mãe só assimilar elementos muito puros. A não ser que o
elemental esteja encarregado de obter um resultado especial nas feições, como a
beleza excepcional ou o contrário, o principal trabalho neste sentido serão os
pensamentos da mãe e as formas-pensamentos que flutuam ao redor dela.
O
novo corpo astral é posto em relação com o duplo etérico logo na primeira fase,
e exerce grande influência sobre sua formação; por intermédio dele também o
corpo mental age sobre o sistema nervoso.
Do livro: “O Duplo Etérico” Major Arthur E. Powell – Editora Pensamento.
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