Reunião pública de 5/2/60
Questão nº 30
Abraçando na
Doutrina Espírita o clima da própria fé, lembra-te de Jesus, a frente do
povo a que se propunha servir.
Não se localiza o Divino Mestre em
tribuna garantida por assessores plenamente identificados com os seus princípios.
Ele e alguém que caminha diante da multidão.
Chama açoitada pela ventania das circunstâncias
adversas...
Árvore sublime batida pelas varas da exigência
incessante...
Ninguém o vê rodeado de colaboradores
completos, mas de problemas a resolver.
E, renteando
com os doentes e aflitos que lhe solicitam apoio, todas as personalidades que
lhe cruzam a senda representam atitudes diversas, reclamando-lhe paciência.
João Batista
duvida.
Natanael
questiona.
Nicodemos
indaga.
Zaqueu
observa.
Califás conspira.
Judas
deserta.
Pedro nega.
Pilatos
finge.
Antípas escarnece.
Tome
desconfia.
Apesar de
tudo, Ele passa, sozinho e imperturbável, como
sendo o amor
não-amado, ensinando e ajudando
sempre.
Assim também, na instituição em que transitas, encontraras
em quase
todos os companheiros oportunidades de aprender ou de auxiliar.
A cada
passo, encontraras os que te pedem amparo...
Os que te
rogam alívio...
Os que te
suplicam consolo...
Os que
esperam entendimento...
Não te faltarão, contudo, igualmente, os que te
desafiam a
calma...
Os que te
zombem dos ideais...
Os que te
complicam as horas...
Os que te
criam dificuldades...
Os que te
ferem o coração...
Entretanto,
se conheces o caminho exato, e preciso ajudes aos que se transviam; se te
equilibras, e preciso socorras os que se perturbam; se te manténs firme, é preciso sustentar os que caem, e,
se já entesouraste leve migalha de
luz, é preciso auxilies os que se
debatem nas trevas.
Desse modo, não te faças distraído quanto à orientação que nos é comum, porquanto o espírita verdadeiro, diante do mal, e
invariavelmente chamado a fazer o bem.
Emmanuel –
Seara dos Médiuns
Psicografado por: Chico Xavier.
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