PERGUNTA:
Qual o processo que os espíritos trevosos julgam mais eficiente para conduzir
os encarnados ao desregramento completo na senda dos vícios? Servem-se
exclusivamente da intuição malévola, ou é bastante sua presença junto das
vítimas para estimularem-nas ao desregramento?
RAMATÍS: - Em face da Lei de correspondência vibratória, que
rege as afinidades ou a simpatia entre os seres, são os próprios encarnados que
criam a receptividade favorável tanto para a presença angélica como para a
produção do clima eletivo para a penetração perigosa das forças das sombras.
Elevando-vos, criareis o ambiente vibratório receptível às emissões de ondas
espirituais das altas hierarquias superiores; rebaixando-vos pela prática das
paixões indignas e dos vícios degradantes, sereis então campo aberto às
investidas solertes do astral inferior.
Os malfeitores e os viciados do Além rebuscam todas as zonas
morais e mentalmente vulneráveis das criaturas de tendências viciosas; então
passam a explorá-las e infernar-lhes a existência, acrescendo-a de
vicissitudes, desenganos e ingratidões do mundo, ao mesmo tempo que lhes
insuflam sugestões malévolas para que busquem compensação no vício ou no
desregramento moral. Interessam-se muitíssimo pelas criaturas negligentes,
ociosas, levianas e adversas à oração ou à meditação superior acercam-se
perfidamente dos homens obscenos e sarcásticos, especialistas no anedotário que
degrada a mulher, pois estes oferecem pouca resistência para sintonizar a sua
freqüência psíquica com as forças deletérias que, pouco a pouco, os moldam às
suas condições inferiores. Avaliam todas as debilidades de caráter e
probabilidades de aviltamento sob determinado vício perigoso, enquanto técnicos
experimentados nas organizações do astral degradado efetuam cuidadosa operação
de auscultamento em torno dos encarnados invigilantes, baseando-se nas suas
irradiações magnéticas ou nas cores variáveis de seus halos mentais em torno do
cérebro. Pesquisam todo vício oculto, toda tendência perturbadora ou paixão
perigosa, fazendo prognósticos e medindo a reação daqueles que oferecem
perspectivas de se tornarem comparsas no repulsivo círculo vicioso que é o
intercâmbio funesto entre vivos e mortos para a mútua satisfação das sensações
pervertidas da verdadeira vida espiritual.
O seu profundo conhecimento, treinado há séculos, faz com que
esses técnicos malignos explorem psicologicamente todo o campo emotivo e mental
da provável vítima, a fim de conseguirem a rigorosa afinidade e sintonia, que é
de lei vibratória, entre os perispíritos a serem conjugados para o vício. Após
focalizarem os seus "médiuns" eletivos, para a produção da
fenomenologia viciosa e enfermiça do mundo carnal, o processo então se lhes
torna cada vez mais fácil, salvo quando, por motivos justos, ocorrem súbitas
intervenções de hierarquias superiores, que salvam em tempo o candidato à
humilhante função de "repasto vivo" das sombras.
Do livro: A Vida Além da Sepultura.
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