terça-feira, 4 de agosto de 2015

O PRANA



PERGUNTA: Em diversas obras espiritualistas de procedência oriental, temos encontrado habitualmente a palavra Prana e que, por vezes, também mencionais em vossas mensagens. Poderíeis dizer-nos alguma coisa sobre a natureza dessa força ou energia e qual a sua ação no intercâmbio entre o espírito e a matéria?



RAMATÍS: - Entre as inúmeras forças que emanam do Sol, fertilizando e interpretando as próprias energias dos orbes físicos que compõem o seu sistema planetário, a pedagogia espiritual do Oriente destaca três que são as mais importantes e úteis ao conhecimento da humanidade atual. São elas: "Fohat", que é conhecido no Ocidente por eletricidade, e que pode transformar-se em calor, magnetismo, luz e força ou movimento; "Cundalini", ou fogo serpentino, energia solar muito vigorosa, que se concentra no seio da Terra e depois flui violentamente para a periferia, ativando as coisas e os seres num impulso dinâmico de alto poder transformativo e criativo; finalmente, a terceira força ou elemento é o "Prana", cuja energia ou Vitalidade em potencial é responsável por todas as manifestações da vida no Universo.

O Prana está em todos os fenômenos do mundo exterior da matéria, assim como também nutre a vida no mundo oculto espiritual, mental, astral e etéreo. Essas três manifestações energéticas emanadas do Sol, que é o centro principal da Vida na Terra, conhecidas no Oriente por "Fohat", "Cundalini" e "Prana", jamais se transformam noutras formas de energias, pois tais elementos são tipos específicos, à parte, que atendem exclusivamente às necessidades e funções que mencionamos. Aliás, Prana é palavra de origem sânscrita e traduzi da textualmente, quer dizer "sopro de vida", ou energia vital. Para os orientais e principalmente entre os hindus ela possui significação mais ampla, sendo considerada a manifestação centrífuga de um dos poderes cósmicos de Deus. Para a escolástica hindu só há uma Vida, o Prana, tido como a própria Vida do Logos. Prana é a vida manifestada em cada plano de atividade do Espírito eterno; é o sopro vital de cada coisa e de cada ser. Na matéria ele é a energia que edifica e coordena as moléculas físicas, ajustando-as de modo a comporem as formas em todos os reinos, como o mineral, o vegetal, o animal e o hominal. Sem Prana, sopro indispensável, não haveria coesão molecular nem a conseqüente formação de um todo definido, pois é ele que

congrega todas as células independentes e as interliga em Íntima relação sustentando as formas. A coesão celular formada pelo Prana assegura a existência de uma consciência vital instintiva, garantindo uma unidade sensível e dominante, que atua em todos os demais planos internos da Vida.

O Espírito, ao "baixar" do seu mundo espiritual para formar sua individualidade consciente no mundo material, submete-se a um processo gradativo ou inerente a cada plano da vida, sendo um fenômeno uniforme em todo o Universo. No mineral, essa "consciência" em formação permanece estática e adormecida, mas depois evolui para a irritabilidade de "consciência" do vegetal ainda em "sonho"; em seguida, vivendo novos estágios de adaptações, ela alcança o estado de consciência instintiva animal; e, finalmente, atinge o raciocínio glorioso do homem. Entretanto, em todo esse modelamento progressivo e demorado, o Prana, energia vital, é o fio dadivoso que une as contas de imenso colar de moléculas para plasmar as múltiplas formas da Vida.


Recorrendo a rude exemplo, diríamos que assim como o cimento une os tijolos de um edifício, o Prana é a liga, o elo vital, ou o elemento oculto, que associa os átomos, as moléculas e as células para compor o Universo.



Do livro: “Elucidações do Além” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.