1 - Allan Kardec já tratou o assunto deste
capítulo com bastante clareza e sensatez no capítulo XVIII, denominado
"Inconvenientes e Perigos da Mediunidade",
do "Livro dos Médiuns", assim como Ramatís também ventilou rápidos apontamentos na sua obra "Mediunismo". No entanto, desejando maiores esclarecimentos desse assunto, efetuamos a Ramatís mais estas perguntas, seguindo o mesmo roteiro adotado por Allan Kardec.
do "Livro dos Médiuns", assim como Ramatís também ventilou rápidos apontamentos na sua obra "Mediunismo". No entanto, desejando maiores esclarecimentos desse assunto, efetuamos a Ramatís mais estas perguntas, seguindo o mesmo roteiro adotado por Allan Kardec.
PERGUNTA: O médium pode ser considerado
uma criatura anormal?
RAMATÍS: - Anormal não é propriamente o termo, mas trata-se de um indivíduo
incomum. É criatura inquieta, receptiva e algo aflita, que vive, por
antecipação, certos acontecimentos. Sua hipersensibilidade perispiritual atua
com veemência na fisiologia do sistema nervoso e endocrínico. Alguns são
pacatos e sem qualquer característica excepcional, mas isso resulta de que a
sua mediunidade é menos sensível no campo psíquico. Estão neste caso os médiuns
sonâmbulos ou de efeitos físicos, cuja mediunidade é de caráter fenomênico, só
identificada durante o transe.
PERGUNTA: - Por que nem todos são saudáveis,
apesar de cumprirem seus deveres mediúnicos?
RAMATÍS: - Geralmente, o médium também é um espírito em débito com o seu
passado e a faculdade mediúnica ajuda-o a redimir-se o mais cedo possível, no
serviço espiritual em favor do próximo. A sua situação lembra as pessoas que,
depois de arrependidas dos seus desbaratos, empreendem atividades benfeitoras,
a fim de compensarem o seu passado turbulento. Então, além de suas obrigações
cotidianas, sacrificam o seu repouso habitual e cooperam nas iniciativas
filantrópicas, nos movimentos fraternos, atendendo a parentela pobre, aos
amigos em dificuldades, aos presidiários e aos deserdados da sorte. Sob tal
disposição, fundam instituições socorristas, participam de agremiações
educativas e auxiliam sociedades de proteção aos animais. Mas é óbvio que, apesar dessas atividades
filantrópicas, os médiuns não se livram dos imperativos biológicos do seu corpo
físico. Malgrado o seu esforço socorrista elogiável, e as atividades religiosas
ou caritativas, também estão submetidos ao trabalho comum e sujeitos igualmente
ao instinto animal e às tendências ancestrais da família terrena.
A sua faculdade mediúnica não é
privilégio, nem os isenta das vicissitudes e das exigências educativas da vida
humana. Em conseqüência, a saúde ou a doença não dependem especificamente do
fato do homem ser ou não ser médium.
O espírito que já renasce na Terra
comprometido com o serviço mediúnico, que o ajudará a reduzir o fardo cármico
do seu passado delituoso, deve cumprir o programa que ele mesmo aceitou no
Espaço. Deste modo, o espírito que em vida anterior zelou pelo seu corpo físico
e viveu existência sadia, sem vícios de paixões deprimentes, obviamente há de merecer
na vida atual um organismo sadio e de boa estirpe biológica hereditária, que
lhe permita gozar boa saúde. Mas aqueles que, no passado, esfrangalharam o seu
equipo carnal e o massacraram na turbulência viciosa, gastando-o na consecução
dos apetites inferiores, esses terão um corpo físico cujas funções orgânicas
são precárias.
O médium, portanto, em face de sua
sensibilidade psíquica enfrenta uma existência mais gravosa do que o homem
comum, cumprindo-lhe cuidar desde a alimentação, assim como sofre mais
facilmente os efeitos das alterações climáticas. Além de sua saúde física ser
frágil, ele sofre mais intensamente os dissabores e as preocupações da vida
humana, pois o seu psiquismo é demasiadamente excitável.
Do livro: “Elucidações do Além” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do
Conhecimento.
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