PAIS SUPER PROTETORES – JONELSON QUER SER OUVIDO!

A história de hoje retrata uma realidade que atormenta milhares de jovens pelo mundo. Os pais super-protetores impedem o “crescimento” natural e a maturidade de seus filhos que são na verdade, espíritos reencarnados necessitando evoluir na senda das experiências terrenas. Espíritos esses que envelhecem no corpo físico muitas vezes sem maturidade, profundamente frustrados, infelizes e antipatizados com as atitudes infantis e exageradas de seus genitores.
Longo é o percurso que nos conduz ao equilíbrio e ao amor que deixa viver, que nada pede para si e que  dá amorosamente.
Filhos frustrados, inexperientes e imaturos, pais super-protetores, controladores e ansiosos...

Jonelson é um rapaz de aparência agradável, porém muito tímido. Tem poucos amigos, sai para se distrair esporadicamente, trabalha e faz cursinho.

É filho único de um casal de pais ansiosos e pessimistas, que o sufocam com seus medos e anseios...

O moço é virgem ainda! Não conseguiu namorar sério porque a mãe implica com todas as “amigas” que ele leva em casa pra ela conhecer. _ “Essa não presta! Essa outra é velha pra você! Esta aí vai te fazer sofrer, conheço esse tipo! Deixa que a mamãe vai arrumar pra você a mulher certa!”

Não entrou pra faculdade ainda porque está indeciso, quer ser musicista, mas o pai é contra e diz que o melhor para sua vida é fazer engenharia! _ “Já pensou que orgulho vai dar para o papai tornando-se um engenheiro civil? E os meus amigos o que vão dizer? Tenho certeza que vão morrer de inveja!

O rapaz vive triste, mas disfarça porque é filho amoroso, sonha com a independência para sair de casa logo, mas é sabotado o tempo todo pelos pais em atitudes infantis.

As tias velhas de Jonelson sempre dizem que ele já pode até se casar, mas enfrentam a cara feia de dona Fátima, mãe do nosso inseguro personagem, que afirma que o “menino” é um “bebê” ainda!  
Maior de idade, ainda precisa comunicar aos pais com quem está e onde vai , e a maioria das vezes só sai em companhia de seus genitores, sempre tímido, caladão e insatisfeito. Até tenta lhes dizer o que quer fazer da vida, sobre suas escolhas e desejos, mas é criticado e desacreditado, a mãe acha que vai dar errado e o pai diz que ele vai sofrer, sofre é pressão da família toda vez que toma decisão que os desagrada.

Dona Fátima diz que ele se casará com a mulher que ela escolher, e o pai afirma que fará Engenharia, profissão essa que Jonelson diz não ter a menor afinidade.

Amor demais nunca é exagero. O que deve ser ministrado junto a esse sentimento sublime em doses cavalares, é a confiança na capacidade intelectual dos filhos, na boa educação e nos bons exemplos dados dentro do lar. Acreditar que nossos filhos são seres capazes, dotados de inteligência e talentos, são meios eficazes que os pais têm de os permitir caminhar com suas próprias pernas. É imprescindível deixa-los descobrir a vida, dar espaço para que eles saibam administrar as experiências amargas no campo da vida que fatalmente terão.

As quedas, arranhões, decepções, sofrimentos acerbos, estão nos caminhos de cada um de nós, evitar que a prole amada sofra é construir para eles um mundo de ilusões e de dores que mais cedo ou mais tarde resultarão em revolta.

Reflitamos

Letícia Gonçalves