PERGUNTA: Podeis dar-nos maiores informações das vidas passadas do consulente que
afluem no psiquismo dos médiuns, como se estes estivessem vivenciando a experiência
traumática, e do atendido no grupo apométrico? Como são determinadas, pois entendemos
ser algo como procurar agulha num palheiro? Ou seja, o espírito milenar tem tantas
reminiscências em sua memória perene que entendemos ser impossível aos médiuns captar
aleatoriamente as corretas situações para liberação da condição sintônica do consulente!
RAMATÍS:
Os médiuns atuam como fiéis exaustores nessas
situações. Os sensitivos, tal qual instrumentos musicais afinados para
ressonarem ao mínimo acorde, experimentam em si um processo catártico intenso,
como eficaz medicamento purgativo, 'soltando" o consulente enfermiço do
quadro patológico mórbido de vidas passadas que o perturba e o aflige na
atualidade. Deveis entender que quando um assistido adentra no atendimento
caridoso de um grupo de Apometria moralizado e com retaguarda do Plano Espiritual
Superior, imediatamente temos acesso, em tela holográfica, espécie de monitor
de poderosos computadores plasmáticos do Astral que ainda não conseguimos vos
descrever pela dificuldade de encontrar palavras no vosso atual vocabulário, a
todo o encadeamento cármico das vidas pregressas do adoentado, até o exato
instante do vosso tempo em que ele se encontra em corpo presente para ser
atendido. Podeis entender as ressonâncias mais comuns somatizadas, como
"nós" traumáticos de existências pregressas que ainda repercutem consciencialmente
na vida dessa criatura. Nos casos em que há merecimento e não se contraria o
livre-arbítrio do cidadão assistido, autorizamos a captação por um médium, como
se fosse uma estação receptora televisiva que passará um filme de terror com
todas as sensações, dores, emoções, vivenciando a catarse que libertará o
doente do quadro repercussivo que o está aturdindo.
Certo
está que a maioria de vós não percebe tais sutilezas pela "rapidez"
desses procedimentos em vossa dimensão espacial. Disso, podeis inferir que é
inconcebível um trabalho de caridade com a Apometria sem o apoio participativo
do Plano Espiritual Superior. Deixai de lado as discussões estéreis sobre os
animismos e não vos preocupeis exageradamente com
as críticas. O fato de determinadas técnicas do abençoado bálsamo, Apometria,
que foi materializada na Terra por determinações dos Maiorais sidéreos, serem
de cunho a explorar vossas capacidades da alma, não deve vos desanimar sob
nenhuma hipótese, pois o ser anímico ou mediúnico é de somenos importância
diante da doação amorosa e do desinteresse pessoal, elementos que formam o
amálgama que dá condição de sustentação aos bons espíritos do "lado de
cá" aos vossos labores na seara do Cristo, como demonstramos neste pequeno
exemplo. São muito importantes esses comentários e esclarecimentos, para que
cessem os embates divisionistas alardeados pelos críticos zelosos das purezas
doutrinárias que, no fundo, denotam acomodação e um certo ranço sectarista por
tudo que difere um pouco do diapasão usual a que se acomodaram passivamente.
PERGUNTA: Para nosso melhor entendimento, solicitamos outros exemplos de
"nós" de vidas passadas que aturdem e desequilibram o encarnado na
vida presente.
RAMATÍS:
- Podemos afirmar que esses "nós" das vidas
anteriores, que repercutem negativamente na vida presente de um encarnado, são
como resíduos cármicos, espécies de fragmentos da aplicação justa da Lei de
Causa e Efeito diante das vivências na carne do espírito imortal.
"Flutuam" aos milhares junto à superfície consciencial, pois nem todos
são deletérios e ruins, a maioria é benéfica e boa. São contidos no grande
oceano do inconsciente milenar que jaz em vosso psiquismo de profundidade, nos
escaninhos do Eu Espiritual. Um
exemplo: uma esposa é depressiva e irrequieta no relacionamento amoroso com seu
esposo, a ponto de entrar em crises de choro compulsivo descontrolado. Ao mesmo
tempo, o companheiro a sufoca, não depositando nela o mínimo de confiança. No
atendimento apométrico, um médium se vê como sendo ela em vida anterior, presa
em uma torre de um castelo medieval, torturada pelo atual marido, que também era
seu companheiro no passado. A desequilibrada de hoje está presa num quarto
escuro e é regularmente espancada pelo esposo, que não a perdoa pelas inúmeras
infidelidades sexuais cometidas com os guardas do palácio. Noutro
caso, uma jovem sofre de colite, sem causa aparente nos diagnósticos médicos realizados.
No grupo de Apometria autorizamos um médium a sintonizar o problema e ele verifica
a ocorrência pregressa de envenenamento em campo de concentração e tortura
nazista. Desfaz-se
essa expressão de horror residual que repercutia na vida presente, sem causa aparente.
Em
outro ainda, um homem de meia-idade padece de tosse crônica, insuficiência respiratória
e constante inflamação nos olhos. Tendo sido um sacerdote maia da época das invasões
espanholas, foi obrigado a assistir à queima de toda a sua aldeia e seus
habitantes, desencarnando sufocado no meio da fumaça durante tal tragédia, na
época da Inquisição.
São
muitos os exemplos. Esses casos têm o mérito de demonstrar-vos que sois
afetados pelo estado único de espírito, e que não dependeis exclusivamente da
roupa física que estais vestindo num determinado momento existencial. Não nos preocupamos
em coletar o máximo de detalhes históricos dos consulentes suscetíveis a
servirem de exemplos. O que nos motiva são o bem-estar e as curas propiciadas,
embora alguns irmãos de outras lides espiritualistas sejam ferrenhamente
contrários a esse tipo de abordagem curativa. Prefeririam deixar o doente tomar
conta de si, com os desequilíbrios psíquicos, emocionais e mentais que o
sufocam, afetando o discernimento, a ponto de esses molestados da alma não
conseguirem fonetizar uma prece.
Como iniciar a indispensável reforma íntima, se não conseguis articular
verbalmente uma pequena oração? É
importante que compreendais quem cada um de vós é. Esse aprendizado deve ser
uma opção individual. Sois espírito, a soma de tudo do passado e do presente,
que, por sua vez, determinará o vosso futuro.
PERGUNTA:
- Mas o encadeamento cármico, dentro das Leis de Causa e Efeito, não
"impõe" que depende da pessoa expurgar essas nódoas de vidas passadas
que lhe repercutem da individualidade imortal? Não há um desrespeito ao carma
individual?
RAMATÍS:
- Como falamos alhures, nos casos em que há
merecimento e não se contraria o livre-arbítrio do cidadão assistido,
autorizamos a captação por um médium, que vivenciará a catarse que libertará o
doente do quadro repercussivo que o está aturdindo. Há de se comentar que a Lei
do Carma não é sádica nem torturante. Existem fatores que determinam uma
conexão entre as várias pessoas que se relacionam com o consulente em
desequilíbrio e que estruturam um grupo evolutivo encarnado, no mais das vezes
exigindo uma justa intercessão do "lado de cá" em auxílio a esse ente
que está procurando auxílio. Do contrário, não havendo essa assistência
socorrista, haveria um mal maior aos seus filhos e parentes, colegas de
trabalho e vizinhança, que não podeis dimensionar na carne, e que nos dá o
direito cósmico de assim procedermos, em prol do bem-estar da coletividade que
o cerca e que dele depende de alguma forma. Os desdobramentos das mazelas do
atendido num determinado instante existencial podem não estar previstos por uma
imposição da malha cármica, o que nos autoriza atuarmos em prol da imediata
recuperação do enfermo.
Do livro: “Evolução No Planeta Azul” Ramatís e Vovó
Maria Conga/ Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento.
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