- Dr. Inácio, alguns amigos dizem que se o senhor não fosse tão
crítico em seus livros, eles poderiam vender bem mais do que vendem...
- Talvez, sim, pudessem vender mais do que vendem, mas, então, eu estaria vendendo com eles a minha própria consciência.
- Se, porventura, algo pudesse retificar em algum dos livros que, até o presente, o senhor escreveu e publicou, retificaria?...
- Sequer abrandaria o seu estilo?...
- Mais ainda?! Caso viesse a fazê-lo, viraria “maria-mole”... Aliás, como doce, é muito gostoso, mas como estilo literário...
- A campanha contra os seus livros tem sido acirrada...
- A verdade sempre incomoda os... acomodados! Lamento o incomodo!
Desculpem o mau jeito... na coluna dorsal de seu personalismo!...
- O senhor é proibido em muitas livrarias...
- Se algo eles tivessem escrito, teriam feito o mesmo com Sócrates e
Jesus Cristo – portanto, estou em muito boa companhia, você não acha?! A
um deram uma taça de cicuta, e ao Outro deram uma cruz... A mim, por
enquanto, apenas censura – não mereci mais do que isto!...
- Dizem que o senhor é um espírito baixo...
- De fato, mas como é que um espírito tão baixo quanto sou pode
perturbar a quem se coloca em patamar tão elevado?! Desconfio, portanto,
que essa turma está no mesmo nível em que me encontro, ou seja: ao rés
do chão, e... comendo pó!...
- O senhor sempre foi assim? Quer dizer: quando encarnado, o senhor era exatamente assim?...
- Eu vou pedir a Dorival Caymmi alguns de seus versos emprestados: “Eu
nasci assim/ Eu cresci assim/ Eu sou mesmo assim/ Vou ser sempre
assim...”
- Dizem que, quando encarnado, o seu estilo literário era outro...
- De fato. Acho que estou melhorando... Segundo o meu amigo revisor,
Prof. Fausto De Vito, apenas continuo cometendo os mesmos erros de
Português! Realmente, estou precisando estudar...
- O senhor se comunicaria por outro médium?
- Não tenha nada contra, não, mas, cá entre nós, eu custei amansar este
cavalo... Agora que ele está manso de coçar, cheio de cicatrizes das
esporadas que levou, e só relincha para me cumprimentar quando chego
para subir em seu lombo e me deixar cavalgar como quero...
- Dizem que os seus livros são muito apreciados na Umbanda...
- Oxalá, meu Pai! Se eu souber que vou contrariar um pessoal aí, essa
gente do Elitismo, eu arranjo uma bengala, acendo um cachimbo, pego uma
dor na lombar, me curvo em 45 graus, sento num banquinho e aprendo a
falar mizifio...
- Outros dizem que o senhor é um “câncer” no Espiritismo...
- Sim, eu dou muitas metástases! Além do mais, sendo do mês de julho, o
meu signo é de Câncer... Dizia o já mais que desencarnado Omar Cardoso,
que uma das qualidades do canceriano é a tenacidade! Talvez, no meu
caso, seja mera coincidência...
- O que o senhor escreve é supervisionado pelo Dr. Odilon Fernandes, Irmão José, ou outro espírito?...
- Todos esses são muito bons amigos, dos quais, sinceramente, eu não sou
digno de desatar as sandálias, mas quem me supervisiona é Jesus Cristo!
O dia em que Ele me vetar, eu estou vetado! Enquanto isto não
acontecer, sinto, mas muita gente vai ter que me aguentar!...
- Suas considerações finais.
- Em minhas considerações finais, vou evocar o espírito do grande
humorista Chico Anysio: - “Eu sou aquele que vem do aquém do além,
adonde que véve os mortos! Tomou, papudo? Não creu neu, se finouce.
Minha vingança será malígrina!...”
Por: Inácio Ferreira
Fonte:Cantinho De Francisco
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