quarta-feira, 14 de maio de 2014

Refletindo sobre a Presunção


Meus queridos irmãos, convido-lhes a refletir comigo sobre as armadilhas do espiritismo, isto é, sobre as armadilhas que pegam os médiuns presunçosos e orgulhosos, aqueles que se acham importantes demais para a humanidade, cujo serviço redentor da caridade ficaria mais pobre sem seus préstimos! São os que acreditam ser imprescindíveis para a espiritualidade, que estão acima e em melhores condições de “servir” do que os milhares de médiuns existentes no planeta.
Infelizmente esses irmãos já estão a serviço dos espíritos inferiores, estão obsidiados e iludidos, afundados em sua vaidade.
Longe de fazer desse texto um amontoado de críticas antifraternas aos irmãos citados acima, o que desejamos é mostrar os perigos a que todos estamos sujeitos, quando não nos investigamos diariamente e quando não buscamos uma filosofia de vida mais saudável, simples e desprovida dos falsos brilhos do orgulho e da vaidade.
Fiz parte de um grupo de “apômetras” há anos e foi a pior experiência da minha vida. Quando entrei para esse grupo, confesso que não sabia nada sobre apometria, estudava com afinco, mas estava longe de compreender a seriedade e o conhecimento, o autocontrole que esta ciência exige.
Graças a Deus há anos não faço mais parte desse grupo, só sobraram lembranças desagradáveis. O certo é que quando não nos sentimos bem nos grupos religiosos que escolhemos fazer parte devemos buscar por  outros caminhos, saindo da melhor forma possível.
De lá levei comigo uma pasta (que me foi dada), espécie de formulário contendo “fórmulas matemáticas” com indicações de cores, entre outros para o “tratamento” dos corpos sutis durante o atendimento “apométrico”. Me disseram na época que essas fórmulas foram dadas pelos espíritos de “Escol” que cuidavam da segurança daquelas pessoas que intitulavam-se apômetras.  E tem mais, esses mesmos espíritos “protetores” disseram a esses irmãos que entre eles estavam os que vieram de um “orbe evoluído” para missionar aqui na Terra...
Meus irmãos, muito cuidado com os excessos, com a vaidade e com os orgulhos camuflados pelo ego. Cuidado com as certezas absolutas, pois elas são o oposto da prudência. Mais atenção ainda com a ideia de que as pessoas (consulentes) não precisam saber que estão sendo tratadas espiritualmente, o respeito ao livre arbítrio é um dos requisitos para que os verdadeiros espíritos benevolentes possam dar cobertura aos médiuns trabalhadores.

Tem muita gente enveredando por caminhos obscuros, acreditando estar servindo a espíritos caridosos, mas na verdade servem aos inferiores das trevas!
Esse formulário de tratamento a meu ver (opinião pessoal), não passa de números, sinais, cores e frases que para nada servem e se tiverem alguma serventia poderá ser para prejudicar. As tais fórmulas são acompanhadas por contagem e estalar de dedos, as cores são “aplicadas” no corpo astral do consulente e assim eles creem que através de algumas sessões podem “curar” os doentes, que são levados até eles desdobrados. Mas atenção! 90% das pessoas tratadas por esse grupo não sabem ou não deram autorização para tanto.
Pensem meus amigos, se fosse fácil assim, se fosse algo em que se pudesse confiar, por que os mentores do Alto beneficiariam apenas um pequenino contingente de pessoas? A caridade não é para todos? Estes irmãos seriam então privilegiados? Obviamente que não!
Sabemos que cada casa, templo, igreja, tem sua política de funcionamento, normas a serem seguidas e respeitadas, muitas vezes estabelecidas pelos bons espíritos, que visam auxiliar os medianeiros e os consulentes. Impossível crer que estes mesmos espíritos benevolentes deem preferência a uns em detrimento de outros. Portanto façamos uma reflexão sobre a presunção que mora dentro de cada um de nós, em alguns é quase morta em outros vive abundantemente!

Reflitamos

Letícia Gonçalves







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