terça-feira, 18 de julho de 2017

QUEM NÃO VÊ O VALOR DOS OUTROS NÃO O RECONHECE EM SI MESMO.





O tema é espinhoso e deve ser entendido como uma forma de convidar o leitor amigo, à reflexão honesta e desprovida de julgamentos negativos.

É muito comum o choque de opiniões, as dificuldades de convívio entre familiares e colegas de trabalho, justamente por causa do orgulho nauseabundo que só adoece, assim como a teimosia e a arrogância que é sui generis e fazem estragos em nossa vida de espíritos ainda infantis.

Não reconhecer o valor alheio implica em não o reconhecer em si mesmo. Temos como parâmetro nós mesmos e sempre enxergamos a vida do nosso ponto de vista e não do ponto de vista alheio, isto é fato. Se não vemos beleza na vida, não a vemos dentro nós. Se não compreendemos o nosso parceiro de caminhada evolutiva com suas ideias próprias, significa que somos muito duros  para conosco, que há uma cobrança excessiva e desequilibrada para com nós mesmos.

Quando não valorizamos as pequenas atitudes positivas e ações daquele que está ao nosso lado, sempre cobrando-o e criticando-o, significa que estamos em desarmonia espiritual. Há uma dificuldade que não quer ser trabalhada, provocando mal estar, medos, ansiedades, mau humor, azedumes, entre outros sintomas patológicos de um psiquismo desajustado. É também sintoma de um egoísmo profundo, já que o egoísta tem dificuldade de agradecer os favores que recebe no decorrer da vida e tem mais dificuldade ainda em ajudar os outros, em doar-se. Podemos observar também que quem não sabe ou não quer reconhecer em seus parceiros de caminhada evolutiva, as virtudes e valores especiais, os talentos e méritos alcançados e a competência em determinadas áreas, tem dificuldade de olhar para si próprio, isto é, não se reconhece competente, não se vê positivo, não se enxerga criativo e capaz, atrasa dessa forma sua evolução.

Não enxerga o valor dos outros quem intimamente deixa de se considerar bom o bastante. O orgulhoso e o arrogante sempre se sentem superiores, acreditam ser melhores que os outros e muitas vezes tendem a diminuir o seu próximo por ciúmes, por inveja e por desprezar-lhe os talentos que não possui e que não deseja possuir, já que detesta esforçar-se para ser igual aos outros, isto é, fazer parte de um grupo de indivíduos que têm características “iguais” em determinadas áreas e que por isso se afinizam na forma de pensar, de agir, de decidir e de criar (são simpáticos entre si).

Não podemos dar o que não temos. Não se colhe num cacto, uvas! Portanto ao identificarmos em nós estas falhas morais, devemos trabalha-las de forma a reduzi-las e transformar o que não é positivo para nós, em virtudes. A palavra de ordem é transformação!

Se um indivíduo não consegue ser gentil, se ele não sabe reconhecer o valor de seus amigos, familiares e até de seus colegas de trabalho a ponto de ser duramente criticado pelos companheiros de jornada, é porque seus problemas estão no campo da patologia e devem ser a contento tratados.

Não vivemos sós! Não somos nada, não chegamos a lugar nenhum sem o outro. Seja ele um estranho, um profissional, um amigo, ente querido, protetor espiritual, etc. Tudo no Universo está interligado, a energia é a mesma em qualquer lugar do Universo, os átomos também! Fomos programados por Deus para sermos felizes, mas até atingirmos esta fase será necessário o aprendizado constante. Ninguém no mundo consegue viver sem a interferência do outro, é necessário reconhecermos que existem pessoas preparadas para nos auxiliar e para nos servir, assim como também ao longo da nossa existência nos preparamos para servir.

Necessário se faz identificar em nós a aresta defeituosa e apara-la, fazermos a reflexão profunda sobre que feedback a vida nos dá.

Estamos sozinhos, infelizes, estamos alegres ou acompanhados daqueles a quem amamos... Estamos abandonados e esquecidos? Temos menos amigos e mais colegas? Somos simpáticos? Somos lembrados?

As pessoas nos procuram com frequência para um bate papo amigo? Estamos magoados com alguém por causa da distância que se criou? Ou estamos preferindo nos afastar? Como temos nos comportado com os nossos afetos? Como estamos sendo tratados pelas pessoas com as quais convivemos? E, finalmente, como tratamos as pessoas? Nós realmente as valorizamos ou não?



Reflitamos!



Letícia E. Gonçalves

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