Quase todo o presente
é ligado a ações anteriores, só que se apresentam por reações, frutos dos quais
nos amoldamos na conjuntura familiar e social, dentro da comunidade. Notam-se
grandes dificuldades, no tocante a problemas individuais e, às vezes,
coletivos, para que a solução estabeleça a paz. E não é outra coisa senão a
força do passado cumprindo a lei da justiça ou seja, o carma, na sua valiosa
função de nos educar. O livre arbítrio desaparece em determinados prismas,
porque já foi usado anteriormente, sem que no presente possa interferir.
É bom que na chamada
livre escolha, meditemos com mais interesse, para atingirmos o espírito da
letra. A sutilidade do livre arbítrio individual é grande demais para os
estudantes ainda trôpegos na área da ciência do espírito, junto da lei. A
vontade da alma, quando certa, alinha-se paralelamente à vontade de Deus.
O Senhor já era
consciente do que deveríamos fazer, para o nosso bem. Assim, a liberdade nossa
é escolher o que realmente a lei nos indica, e toda escolha certa é fruto de
grandes experiências, oferecidas a nós pela dor, problemas e sacrifícios.
Quando reencarnamos,
o inconsciente limpa uma área, fração diminuta do seu todo, para nos servir de
consciente, na lavoura imensa, cujas terras hão de ser cultivadas no labor de
cada dia. No entanto, esse consciente está completamente ligado à fonte mãe,
donde promanam as reações de um passado distante, ou passados sucessivos,
entregando-nos as contas erradas, que fizemos em eras remotas, para serem
corrigidas e, no mesmo momento, colhermos na vida mais experiências que, ao fim
do labor terreno, serão novamente entregues à consciência profunda, para
aumentar o arquivo do saber e do amor.
Não cansamos de
repetir esta máxima de Jesus, que se enquadra em muitas conversações:
"Conhecereis a verdade e ela vos tornará livres". Quando a nossa maturidade
nos alista na escola da verdade, começamos a nos libertar das peias da
ignorância. E atos e fatos que apoiávamos como certos no passado, deixamo-los por
completo de lado, substituindo-os por outros que nos garantem a paz.
Somente erramos por
ignorância, sendo que esse estado de alma se ajusta em uma escala infinita,
porque todos somos mais ou menos inconscientes do que fazemos, partindo da
premissa de que a perfeição, só Deus tem. Até os espíritos superiores estão
corrigindo coisas que não devem ser feitas no futuro. No entanto, em relação a
nós outros, são almas purificadas. Em se comparando com os erros humanos, os
deles não se configuram como tais.
Existem dois meios de conhecer a verdade que suportamos: pela teoria e pela prática. Quem conhece determinada verdade e não obedece suas linhas, é porque vive somente na faixa da teoria, razão por que ainda erra. Quando atinge a prática, nunca mais comete tais infrações contra a lei. E ela se aproxima do homem, geralmente pelos métodos dedutivos, para que depois se materialize nos fatos.
Existem dois meios de conhecer a verdade que suportamos: pela teoria e pela prática. Quem conhece determinada verdade e não obedece suas linhas, é porque vive somente na faixa da teoria, razão por que ainda erra. Quando atinge a prática, nunca mais comete tais infrações contra a lei. E ela se aproxima do homem, geralmente pelos métodos dedutivos, para que depois se materialize nos fatos.
O passado está no
presente, mas de maneira sutil, de modo a não nos prejudicar com lembranças
contínuas daquilo que fizemos. Ele surge com acontecimentos inesperados, que a
intuição nos mostra serem frutos das nossas invigilâncias ou processos
evolutivos de todas as criaturas - esquema montado pelo Todo Poderoso.
Medite-mos sobre isso: nada se faz sem a Sua aquiescência.
A missão do
espiritualismo mais puro é colocar o homem consciente de certas verdades, para
que ele, com isso, sinta mais a vida e seja feliz. Como já dissemos, a mente é
uma lavoura de grandes recursos. Se quereis fazer uma colheita abundante no
futuro, não desprezeis o presente. Arrancai as ervas daninhas e selecionai as
sementes que plantardes na atualidade. A vossa mente é o vosso laboratório de
lazer. Podereis criar nele monstros que, no futuro, avançarão contra vós
mesmos, como também, forças amigas, que certamente circularão para sempre em
vossa defesa. Usai bem o poder da mente, para que a Mente Divina vos outorgue
poderes maiores na vida. E essa vida vos responderá com a paz.
DO LIVRO: “HORIZONTE DA MENTE” MIRAMEZ/JOÃO NUNES MAIA –
EDITORA FONTE VIVA.
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