segunda-feira, 30 de junho de 2014

O melhoramento espiritual é fruto de auto-sacrifício...


O melhoramento espiritual é fruto de auto-sacrifício, e Deus não faz concessões levado por compungidos louvores de suas criaturas que, que no mais das vezes só à perspectiva de sofrimentos compulsórios, despertam a vontade adormecida. E o Espiritismo surgiu no momento psicológico exato, assim que o homem terrícola principiou a transpor as fronteiras da letargia das formas para atuar na intimidade da energia em liberdade. A magnanimidade do Criador só entreabriu as cortinas do milenário mistério às massas quando verificou a realidade do seu despertamento mental para as forças ocultas.
     A maturidade científica e a receptividade psíquica, sensibilizada nos milênios findos, recomendam que a mensagem do Espiritismo, em sua plenitude oculta, seja transferida para o entendimento cotidiano do homem comum. Cada homem deve ser o seu próprio fiscal na trama da vida de relações; há que vigiar severamente os seus atos e intercâmbio com os demais seres, pois em face da proximidade dos tempos das aflições, profetizados por Jesus, o cenário aberto do mundo profano já substitui as abóbadas severas dos templos iniciáticos. O exaustivo entrechoque de ideias e o crescimento do conflito emotivo, entre as criaturas cada vez mais dominadas pela cobiça, o egoísmo e oportunismos anticrísticos, significam as provas que devem graduar os discípulos para as glórias do "Eu Superior". E o Espiritismo, embora para alguns se afigure apenas um conjunto de princípios reduzidos, do mundo oculto, é realmente a porta entreaberta para as almas dotadas de ânimo, coragem e perseverança, decididas a encontrar a "pedra filosofal" da purificação interior e que, diante do umbral do Templo, repleto de sugestões equívocas e seduções perigosas, não temem em levantar completamente o decantado "Véu de ísis", da tradição iniciática.
     Mas, recordando as severas advertências do passado, dir-vos-emos que, se o Espiritismo significa a porta do Templo de Revelação Espiritual, é preciso que o seu adepto deixe as sandálias impregnadas da poeira do mundo ilusório, para então ali ingressar ao encontro da divina "voz sem som" do Cristo e conhecer a realidade do "Caminho, a Verdade e a Vida".

RAMATÍS -  A SOBREVIVÊNCIA DO ESPÍRITO.

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