"Neste texto referimo-nos única
e exclusivamente aos irmãos adeptos do espiritualismo ou espiritismo, que
pregam a paz e incentivam as pessoas a educarem-se interiormente, mas não
abandonaram os vícios, próprios dos que ainda dormem preguiçosos."
A maioria dos que se dizem espiritualizados
passam longe do homem equilibrado, pois esquecem-se de que a transformação interior
deve ser total e verdadeira e livre dos equívocos e das máscaras.
O homem espiritualizado está consciente de sua passagem
rápida pelo cenário físico. Toma ciência de sua posição no universo e
transforma-se mesmo encarnado, em criatura livre. Significa que esta liberdade
está associada à forma de ver o mundo, ou seja, como irá lidar com as
inferioridades oferecidas no campo terrestre e as hostilidades tão próprias dos
mundos inferiores, a que estamos todos sujeitos.
Sua índole moral é como se fosse a “roupa de couro”
confeccionada para poder andar sobre o espinheiro, seria o mesmo que afirmar
que o homem de moral elevada não pode ser atingido pelas impurezas deste orbe,
em sua contextura espiritual.
Os encarnados que o digam, pois ligados ao mundo da matéria, têm
dificuldades justamente em envergar o fardo físico e de libertar-se dos vícios.
Em todos os aspectos poderemos encontrar dificuldades, mas ao que tudo indica,
estas dificuldades são mentais e não físicas, pois tudo acontece primeiro em
nossa mente. É ela que pode ser ou não influenciada tanto pelos aspectos
positivos quanto pelos negativos, a adesão a certas ideias só se dará pela
nossa simpatia em maior ou em menor grau.
O ser espiritualizado mesmo de posse momentânea do fardo físico,
afasta-se das inferioridades e dos costumes negativos, defendidos pela
sociedade terrena que ainda dorme. Ele em missão sacrificial abdica das coisas
mundanas e inferiores que em nada podem auxiliá-lo em sua caminhada evolutiva.
Torna-se um indivíduo equilibrado, mas para chegar a este resultado, trabalha e
transforma incessantemente sua índole.
Nas festas natalinas é comum vermos as pessoas iludidas com um
momento que nada tem a ver com as coisas puras.
O que deveria ser motivo para profunda meditação à necessária
transformação é mais uma ilusão que milhares de pessoas compram.
As mesas de muitos que equivocadamente dizem-se espiritualizados
estão cobertas com a carne dos animais, ricamente temperados, enfeitados e
assados para serem degustados prazerosamente.
Os animais são nossos irmãos menores e que são mortos muitas das
vezes não para saciar a fome, mas sim para saciar os desejos inferiores
(alimentação carnívora em excesso). São mortos em nome das mais fúteis
comemorações, que a cada ano afastam as criaturas da sensatez e do equilíbrio.
Preparam as ceias e abarrotam o estômago com alimentação
pesada, com os suínos assados e enfeitados de forma horrenda, com uma maçã na
boca. Os lombos e pernis continuam sendo a cada fim de ano finamente
preparados com ervas cheirosas para disfarçar o odor sui-generis da carne
suína.
Os carneiros são assados e devorados. E os perus? Estes não
podem faltar nas ceias e há os que dizem fazê-los ingerir cachaça para que a
carne se faça macia, etc.
Contudo não estamos aqui para julgar os irmãos que ainda mantém a
alimentação carnívora, cada um faz o que está de acordo com sua consciência e
entendimento, entretanto, desejamos sinalizar de forma despretensiosa os irmãos
que afirmam e até tomam certa postura em público, dizendo-se espiritualizados.
Ora, o ser que realmente quer harmonizar-se sabe que deve abandonar os vícios e
as paixões deste mundo, e isso deve começar pela alimentação. Devem abrir mão
do carnivorismo para sempre, buscando por alimentos saudáveis e leves, mais
condizentes com sua mentalidade e com os ensinamentos adquiridos. Passa a
compreender o ser estudioso e disciplinado, que está no mundo da matéria para
aprender e melhorar-se.
É oportuno dizer que um ser inferiorizado e com energias
densas não está liberto em sua alma, ainda necessita do despertamento moral.
Neste texto referimo-nos única e exclusivamente aos irmãos
adeptos do espiritualismo ou espiritismo, que pregam a paz e incentivam as
pessoas a educarem-se interiormente, mas não abandonaram os vícios, próprios
dos que ainda dormem preguiçosos.
A mesa das pessoas verdadeiramente espiritualizadas em
todos os meses inclusive nas ceias de fim de ano, estão repletas de frutas,
vegetais, massas e dos sucos de frutas naturais de todos os sabores e cores.
Jamais se vê alimentação grosseira (carnívora) nestas mesas. Tudo equilibrado e
delicioso, sabores nobres, suaves, excitantes e saudáveis que alimentam não só
o corpo físico, como também proporciona bem estar e elevação espiritual aos
corpos sutis.
O natal comemorado hoje por muitos, é um emaranhado de ilusões e
sonhos que impedem as pessoas de despertarem para sentidos maiores e mais
sublimes.
Saúde e paz!
Autoria: Letícia Gonçalves
Autoria: Letícia Gonçalves
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