Deus!...
Sou eu que Te falo! Eu me proponho a ler este livro, já sabendo que ele trata
de assuntos altamente incômodos à minha personalidade. Pelo sumário e pelo
título, nota-se o quanto temos de nos esforçar como médicos de nós mesmos,
fazendo diariamente a nossa cirurgia mental, de modo que ela restabeleça o
equilíbrio espiritual em nosso coração, juntamente com os sentimentos.
Conheço
as minhas falhas, sei que os meus pés têm pisado em terreno que não é próprio
aos pés de um verdadeiro discípulo de Jesus. No entanto, estou disposto a mudar
de direção, para fazer a Tua vontade e não a minha, em todos os objetivos de
servir que começam a nascer em meu íntimo.
Quero
confiar em Teu amor... Ajuda-me!
Quero
sentir a Tua presença na minha vida... Ajuda-me!
Quero
facilitar o livre trânsito do amor no meu mundo interno... Ajuda-me!
Divino
Senhor! Não deixes que eu ocupe o tempo precioso vendo os defeitos alheios. Não
permitas que a minha boca sirva de escândalos para alimentar a vingança, o
orgulho e a vaidade. Livra-me do ambiente de discórdia e de maledicência.
Deus de
eterna bondade! O Teu amor conforta-me o coração! Eu Te peço que me ajudes a
melhorar, porque somente Tu sabes das minhas enfermidades morais. Estou
disposto a operar-me no mesmo hospital em que vivo diariamente, onde o maior
enfermo sou eu. Mas quero que me ajudes em tal disposição, para fechar os olhos
aos erros de quem anda comigo no mesmo caminho, para ver com clareza o que
tenho de pior, para que o bisturi da boa vontade trabalhe em mim sem o
impedimento da vaidade e do amor próprio. Ajuda-me a ajudar!
Senhor, eu Te peço para me lembrares, ao ler páginas de autoeducação,
do que tem de ser corrigido em meus caminhos, agradecendo aos outros pelos exemplos
que me ofertam no silêncio da própria vida.
Lembra-me,
meu Deus, para que eu não imponha as minhas ideias nos corações dos que me
cercam e vivem comigo.
Lembra-me, Senhor, para que eu adquira a obediência e a autoeducação.
Lembra-me, Senhor, para que eu adquira a obediência e a autoeducação.
E quando
eu tiver cultivado alguma virtude, não critique quem ainda não teve tal
oportunidade.
Sei que o
amor não ofende, não maltrata, não enxovalha, não fere e não exige. Porém, na
hora em que o bem-estar invade o meu coração, pela Tua misericórdia, eu faço
tudo isso, pelo prazer de diminuir o próximo, exaltando-me naquilo que não
possuo. Quero Te pedir para me ajudar a combater o egoísmo que veste, dentro de
mim, variadas roupas, disfarçando-se em modalidades diversas para que eu me
engane a mim mesmo, deixando imperar o orgulho.
Ajuda-me,
Senhor, a ajudar a mim mesmo, na escala em que permaneço, sem ofender os outros
e sem diminuir a quem quer que seja.
Abençoa-me, e a todos, mostrando-me o que devo fazer, sem desculpas,
dentro de mim mesmo.
Fonte: “Cirurgia Moral” João Nunes Maia/Lancellin
– Fonte Viva.
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